Moraes determina investigação sobre suspeita de "insider trading" em anúncio de tarifa de Trump
Não canso de repetir que “agenda vazia, oficina da volatilidade”, pois tal preceito se calça na reação que investidores costumam ter no início das sessões após a divulgação de indicadores econômicos relevantes, dando um norte para as operações de mercado.
Sem tal norte, a política é um dos fatores de maior visibilidade e imprevisibilidade deste momento e acaba por ganhar o palco principal das atenções dos investidores, catalisados pelo fim da a agenda local e internacional de resultados corporativos.
A semana inteira será assim e proximidade com as eleições majoritárias nos EUA e municipais no Brasil dão corpo às movimentações políticas mais exacerbadas, como de Trump e a China.
Esta semana, Joe Biden, ex-vice-presidente democrata e sua vice, Kamala Harris, de NY devem confirmar suas indicações do partido democrata à candidatura, oficializando a corrida presidencial, que termina em novembro.
Ainda que oscilem bastante, as pesquisas continuam a apontar a preferência por Biden, porém, em vista à última eleição, isto nem de longe garante a vitória do opositor de Trump, o qual tem o trunfo da economia e sua recuperação da pandemia na manga.
O alvo principal, a China, recebe novos golpes, com Trump emitindo uma ordem executiva na sexta-feira forçando a ByteDance a vender ou cindir seus negócios da TikTok nos EUA em 90 dias, citando "evidências confiáveis" de que ByteDance "pode tomar medidas que ameacem prejudicar a segurança nacional dos Estados Unidos."
Uma revisão do acordo comercial EUA-China planejada inicialmente para sábado foi adiada sem uma nova data acordada, até que a China compre mais produtos americanos.
Localmente, a citação de impeachment por Paulo Guedes abriu espaço para sua “fritura” dentro do governo, sendo que o ministro o fez para que se entendesse a gravidade de se tentar alterar o teto dos gastos, de forma a encaixar as demandas de outros ministros, como Rogério Marinho.
O sustentáculo fiscal, a figura de Guedes e a agenda de reformas são o tripé de apoio do mercado ao governo e todos sabemos como tripés funcionam.
Hoje em destaque ao IPC-S e nos EUA, índice NAHB do mercado imobiliário e atividade econômica do Fed de NY, além de compra de títulos do tesouro americano por estrangeiros.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com novas medidas da guerra comercial.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo com a queda acima das expectativas do PIB japonês no segundo trimestre
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, com destaque à prata.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, em meio aos temores da guerra comercial entre EUA e China.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,18%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4229 / 1,00 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,093%
Dólar / Yen : ¥ 106,34 / -0,244%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,168%
Dólar Fut. (1 m) : 5431,95 / 1,03 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,42 % aa (1,48%)
DI - Janeiro 23: 4,01 % aa (0,25%)
DI - Janeiro 25: 5,81 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 27: 6,83 % aa (-0,29%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,8888% / 101.354 pontos
Dow Jones: 0,1230% / 27.931 pontos
Nasdaq: -0,2101% / 11.019 pontos
Nikkei: -0,83% / 23.097 pontos
Hang Seng: 0,65% / 25.347 pontos
ASX 200: -0,81% / 6.076 pontos
ABERTURA
DAX: 0,043% / 12906,92 pontos
CAC 40: -0,035% / 4961,18 pontos
FTSE: 0,191% / 6101,68 pontos
Ibov. Fut.: 0,98% / 101516,00 pontos
S&P Fut.: -0,187% / 3361,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,593% / 11198,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,64% / 71,26 ptos
Petróleo WTI: -0,31% / $41,97
Petróleo Brent: -0,33% / $44,63
Ouro: 0,25% / $1.952,23
Minério de Ferro: 0,23% / $120,14
Soja: 0,92% / $904,75
Milho: 1,00% / $327,75 $327,75
Café: -0,57% / $113,55
Açúcar: 0,15% / $13,16