Num contexto onde os indicadores de atividade econômica começam a sinalizar a melhora do cenário e as inflações demonstram pressões sazonais, superando as medidas anteriores, cresce o risco relacionado à extensão do atual ciclo de política monetária.
Isto ocorre não pelo cenário econômico e sim político, pois as equipes tanto do Banco Central, quanto da Fazenda tem insistido constantemente na necessidade de aprovação da idade mínima e mais alguns pontos da reforma da previdência para garantir a continuidade do corte de juros.
Pior, o risco não reside somente na política monetária, pois as agências de classificação de risco soberano já indicaram que o adiamento das reformas pode levar a mais um rebaixamento da nota de crédito brasileira.
Sendo assim, não depende mais de uma equipe econômica competente ou de indicadores positivo e sim depende da classe menos confiável do Brasil.
CENÁRIO POLÍTICO
A celeuma aberta entre Maia e Temer se estende cada vez mais e continua a ameaçar o futuro da reforma mais do que enxuta da previdência no mês de novembro.
Mirando 2018, Maia tenta descolar sua imagem de Temer, porém em detrimento dos avanços econômicos que tanto dependem o país, dos quais também o atual presidente tenta se sustentar contra as denúncias.
A situação pode piorar com a delação de Joesley, o qual tenta implicar Temer ainda mais e se mostra “arrependido” de ter tentado usar a procuradoria em seu favor.
Nisto, deve envolver ainda mais o ex-procurador Marcelo Miller, apesar o mesmo dizer o contrário.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa positiva na sua maioria, com os futuros em NY em queda, na expectativa por resultados corporativos e com relativo “cansaço” das bolsas após mais um recorde.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o ouro e o cobre devolvem os ganhos, assim como a maioria do setor, com alta no minério de ferro e paládio.
O petróleo continua em alta em NY e Londres, com a luta pela retomada da cidade curda de Kirkuk, rica em petróleo pelo exército iraquiano, elevando as tensões na região.
Atenção aos resultados de Goldman Sachs, Harley-Davidson, IBM (NYSE:IBM), Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) e Morgan Stanley (NYSE:MS).
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1694 / 0,74 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,263%
Dólar / Yen : ¥ 112,13 / -0,053%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,030%
Dólar Fut. (1 m) : 3173,05 / 0,48 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,03 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,76 % aa (0,39%)
DI - Janeiro 21: 8,99 % aa (0,67%)
DI - Janeiro 25: 10,04 % aa (0,70%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,13% / 76.892 pontos
Dow Jones: 0,37% / 22.957 pontos
Nasdaq: 0,28% / 6.624 pontos
Nikkei: 0,38% / 21.336 pontos
Hang Seng: 0,02% / 28.697 pontos
ASX 200: 0,73% / 5.890 pontos
ABERTURA
DAX: 0,036% / 13008,39 pontos
CAC 40: -0,048% / 5360,30 pontos
FTSE: 0,035% / 7529,58 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 76927,00 pontos
S&P Fut.: -0,004% / 2556,10 pontos
Nasdaq Fut.: -0,037% / 6118,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,19% / 85,85 ptos
Petróleo WTI: 0,52% / $52,14
Petróleo Brent:0,61% / $58,17
Ouro: -0,45% / $1.289,90
Minério de Ferro: 0,87% / $61,16
Soja: -0,85% / $18,71
Milho: -0,21% / $349,75
Café: 0,16% / $123,90
Açúcar: -0,28% / $14,14