A escolha de Jerome Powell para a presidência do Federal Reserve no próximo mandato reforça o plano de Trump de máximo estímulo econômico, sem necessariamente se preocupar com as consequências inflacionárias.
O plano de afrouxamento fiscal e redução de tributos teve seus primeiros pontos divulgados, porém inclui uma série de “minas terrestres” que podem dificultar bastante sua aprovação, principalmente com os democratas.
Um deles são os limites na dedução fiscal estadual e municipal, instrumento bastante utilizado pelos entes federativos para atrair novos investimentos e limites à dedução de juros de hipotecas populares.
O plano também quase duplica o valor para a dedução padrão, o que significa que menos contribuintes discriminariam e usariam a dedução de juros da hipoteca.
Ou seja, a corda estourando do lado mais fraco.
Assim, a dificuldade em aprovar o plano pode novamente frustrar Trump.
CENÁRIO POLÍTICO
Entre a pretensa calma do feriado (estendido para políticos), declarações de que Ilan poderia se candidatar ao pleito majoritário, seja no comando ou como vice e as declarações de trabalho escravo da ministra dos direitos humanos o cenário político se volta ao exterior.
Por aqui, um dos pontos importantes é a declaração de Raquel Dodge favorável à condenação em segunda estância, reforçando assim o ponto de vista que pode ser crucial às eleições de 2018.
Nos EUA, os avanços cada vez mais constantes das investigações de Mueller contra Trump preocupam os republicanos que ainda apoiam o presidente, principalmente às vésperas da votação do polêmico plano de cortes de impostos a ser testado no congresso.
Há uma calma, porém não duradoura na escolha de Powell para o Fed, porém o avanço das investigações eleva às dúvidas sobre a capacidade de término do atual mandato.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa positiva, com os futuros em NY em queda, após mais um recorde nas bolsas americanas com a escolha de Powell.
Na Ásia, o fechamento foi positivo na maioria, com alta dos fornecedores da Apple.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas a queda é generalizada, com alta dos estoques de minério de ferro na China.
O petróleo opera com ganhos em ambas as praças, com a confirmação em compliance dos cortes de produção pela OPEP.
Atenção aos resultados de Banco ABC e PDG. No exterior, os destaques são para Cinemark, Moody’s e Sotheby's.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,266 / -0,16 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,069%
Dólar / Yen : ¥ 114,09 / 0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,061%
Dólar Fut. (1 m) : 3279,00 / -0,43 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,98 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,87 % aa (0,51%)
DI - Janeiro 21: 9,26 % aa (0,87%)
DI - Janeiro 25: 10,29 % aa (1,08%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,65% / 73.824 pontos
Dow Jones: 0,35% / 23.516 pontos
Nasdaq: -0,02% / 6.715 pontos
Nikkei: 0,53% / 22.539 pontos
Hang Seng: 0,30% / 28.604 pontos
ASX 200: 0,47% / 5.960 pontos
ABERTURA
DAX: 0,264% / 13476,36 pontos
CAC 40: -0,002% / 5510,37 pontos
FTSE: 0,236% / 7573,15 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 74362,00 pontos
S&P Fut.: 0,054% / 2578,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,313% / 6255,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,15% / 86,87 ptos
Petróleo WTI: 0,62% / $54,88
Petróleo Brent:0,28% / $60,79
Ouro: -0,03% / $1.275,72
Minério de Ferro: 1,42% / $59,45
Soja: 0,63% / $18,67
Milho: 0,07% / $350,50
Café: 0,47% / $127,10
Açúcar: -0,07% / $14,28