Mercados Globais
A semana de atividades dos principais bancos centrais do mundo terminou positivamente. Os mercados reagiram de forma quase neutra às suas decisões, indicando que elas vieram dentro do que se esperava. A forma de comunicação dos BCs e a evolução dos cenários foram extremamente favoráveis à estabilidade das expectativas. Esse estado da política monetária favorece o crescimento econômico de 2018 e elimina alguns dos riscos que poderíamos colocar no cenário do próximo ano.
O petróleo voltou a subir acima dos US$ 57, após o anúncio do aumento da produção global e, sobretudo, nos EUA. A produção americana continua a subir, a cada semana, renova o seu nível recorde; já os estoques de petróleo continuam a cair, o que é sustentado por uma demanda robusta. Veja no gráfico abaixo, a produção e os estoques de petróleo bruto nos EUA:
O mercado de petróleo ficará de olho na contagem de sondas Baker Hughes, que será divulgado às 16:00. Ainda no campo das commodities, subiu o minério de ferro a vista, negociado no porto de Qingdao. O minério de ferro com 62% de pureza passou dos US$ 71,5 a tonelada seca, suportado pelo aumento de transações envolvendo materiais de maior grau de qualidade.
Embora as bolsas asiáticas e europeias estejam em queda, os índices futuros dos Estados Unidos indicam uma abertura de alta. Atenção ainda ao índice Empire State de atividade industrial às 11:30 e aos números da produção industrial às 12:15.
Brasil
No Brasil, a abertura de queda é um reflexo da decepção com a reforma não se realizando ainda este ano. Para a Moody’s, a falta de um acordo para a votação neste ano é um fator de crédito negativo, e o governo deve articular para evitar qualquer rebaixamento de rating. O mercado agora deve vislumbrar um cenário com aprovação da reforma em fevereiro de 2018. No lado positivo, o mercado pode se beneficiar do fluxo de entrada de recursos, especialmente com a estreia de empresas como a BR Distribuidora e o Burger King.
