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Rali de Julho nas Ações Americanas Pode Continuar, Mas Riscos Pairam no Ar

Publicado 01.08.2022, 11:16
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • As ações americanas subiram em julho, com os principais índices registrando seus melhores ganhos desde 2020. Mas o mercado ainda tem uma queda acentuada no ano.
  • O rali ocorreu apesar de o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) elevar a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual pela segunda vez neste ano. Muitos investidores estão apostando que o banco central dos EUA começará a flexibilizar as taxas no próximo ano.
  • A inflação continua prejudicando as ações, com os preços aos consumidores subindo 9,1% ano a ano em junho no país e pesando sobre o lucro de várias empresas.

Ao olhar o mercado americano após a primeira quinzena de julho, muitos investidores balançaram a cabeça em desânimo ao ver que todos os principais índices enfrentavam dificuldades para ficar no positivo.

As notícias sobre a inflação não eram nada boas. Tudo indicava que o Fed elevaria as taxas de juros, talvez em um ponto percentual. Havia rumores de uma recessão. O noticiário envolvendo a Ucrânia continuava horrível. O mercado imobiliário registrava forte desaceleração. Os preços das criptomoedas vinham caindo há meses, e seu ecossistema parecia enfrentar instabilidade.

De repente, indo de encontro com todas as notícias ruins, as ações alçaram voo na última quinzena do mês, auferindo os melhores ganhos desde 2020 nos principais índices. As criptos também repicaram.

É possível que o rali continue. A questão é: por quanto tempo?

O índice S&P 500 encerrou o mês de julho subindo 9,1%, assim como o Dow Jones Industrial, que avançou 6,7%, um dos melhores desempenhos para ambos os índices desde novembro de 2020. Já o Nasdaq Composite disparou 12,4%, em paralelo com seu irmão Nasdaq 100, que saltou 12,6%. Seus avanços foram os melhores desde abril de 2020.

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As criptomoedas, que tendem a rastrear o Nasdaq, não ficaram para trás. O Bitcoin se recuperou quase 30% no mês, depois de cair 41% em junho.

As compras na semana passada foram frenéticas, sobretudo após os balanços e as projeções acima das expectativas para empresas como Apple (NASDAQ:AAPL) (BVMF:AAPL34), Exxon Mobil (NYSE:XOM) (BVMF:EXXO34) e Amazon.com (NASDAQ:AMZN) (BVMF:AMZO34). Os ganhos da Amazon ocorreram após uma baixa contábil de US$ 3,9 bilhões decorrente do seu investimento na fabricante de veículos automotivos Rivian Automotive (NASDAQ:RIVN). (As ações da Rivian estão agora 56% abaixo do seu preço de IPO de US$ 78 em novembro).

A Exxon e outras empresas petrolíferas ainda estão apurando lucros enormes, com o petróleo girando em torno de US$ 100.

O S&P 500 evidencia quão frenéticas foram as compras em julho. No total 443 ações do S&P 500 registraram ganhos no mês, uma alta em relação a 57 em junho.

Das 443 ações vencedoras de julho, 217 tiveram ganhos maiores que 10%. A última vez em que isso aconteceu foi em novembro de 2020, de acordo com Howard Silverblatt, analista sênior de índices da S&P Dow Jones.

Em junho de 2022, apenas uma ação do S&P 500 subiu 10% ou mais, a Dollar General (NYSE:DG), com uma alta de 11,4%. (Em julho, sua valorização foi de 1,22%.)

Para se ter uma ideia melhor do cenário mais amplo, a principal ação do S&P 500 em julho foi a Enphase Energy (NASDAQ:ENPH), empresa que fabrica produtos de energia solar com foco no mercado residencial. A Enphase saltou 45,6% no mês e 55% no ano. A empresa também é a única, entre os 10 papéis com melhor desempenho em junho, a ficar no Top 10 de julho.

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A Bath & Body Works (NYSE:BBWI), varejista de produtos domésticos e de cuidado pessoal, teve a sexta melhor performance do S&P no mês, com uma alta de 32%, mas ainda assim acumula uma queda de 49,1% no ano. A ação caiu tanto porque foi a terceira pior do S&P 500 em junho, com um recuo de 34,4%.

Os mercados, sobretudo os acionários, estão enfrentando muita volatilidade em todas as partes. O que os investidores estão vendo é um desempenho consistente. É por isso que muitos estão céticos com o fato de que os ganhos de julho possam ser o início de algo maior.

Apesar do rali do mês passado, o S&P 500 acumula uma queda de 13,3% em 2022. A queda acumulada do Dow é de 9,6%, enquanto o Nasdaq recua 20,8%, ainda em território de bear market (mercado de baixa).

O índice alemão DAX tem um resultado acumulado de -15,1%, mesmo após a alta de 5,5% em julho. A economia da Alemanha enfrenta dificuldade por causa da disparada dos custos de alimentos e energia, um efeito colateral da guerra envolvendo Rússia e Ucrânia. O Índice Xangai Composto caiu 4,3% em julho e 10,6% no ano, refletindo em parte os reveses da China no controle da Covid-19.

A volatilidade foi alimentada por quatro forças e os efeitos residuais da Covid-19.

  • O Federal Reserve está aumentando os juros para conter os efeitos da inflação na economia dos EUA. Após o Fed elevar as taxas básicas para a faixa de 2,25% a 2,5% na semana passada, o presidente da instituição, Jerome Powell, alertou que “grandes aumentos incomuns” ainda podem vir pela frente. Mas os investidores compraram as ações mesmo assim, pois consideram que o Fed voltará a flexibilizar as condições no ano que vem. A taxa do título de 10 anos do Tesouro americano caiu 5% na semana, para 2,64%. Em meados de junho, chegou a atingir quase 3,5%.
  • Inflação: Os preços mais altos do petróleo e dos produtos de consumo em geral, além de problemas contínuos na cadeia de suprimentos, estão atormentando os consumidores. Adicione a isso os preços elevados dos imóveis no país. Mas pode ser que haja um alívio, apesar do Fed e dos bancos centrais. O petróleo West Texas Intermediate, negociado a US$ 98,62 por barril na sexta-feira, acumula alta de 31,1% no ano, embora tenha caído 4,3% em julho. De acordo com dados da Associação Automotiva Americana, a gasolina no varejo custava em média US$ 4,255 por galão na sexta-feira, uma alta de 29,5% no ano. Trata-se de uma queda de 15,2% desde o pico de 16 de junho de US$ 5,016 por galão.
  • O dólar forte: O dólar registra alta de 10,6% contra as principais divisas, uma tendência relacionada tanto com a inflação quanto com o Fed. A força da moeda americana atingiu duramente muitos países, seja porque o petróleo é cotado em dólares, seja porque enfrentam dificuldades para produzir caixa destinado à compra de bens e serviços dos EUA.
  • Guerra na Ucrânia: A guerra gerou transtornos às cadeias globais de alimentos, porque os dois países são grandes exportadores de trigo e outras commodities agrícolas. E, evidentemente, é preocupante a perspectiva de que o conflito possa se estender.
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Além disso, os mercados estão sendo impactados por computadores programados para rastrear indicadores técnicos, como os níveis de MACD.

O Nasdaq 100 começou a ganhar força quando o MACD passou a sinalizar um fortalecimento de curto prazo na segunda quinzena de junho. Os índices Russell 2000 e S&P 500 começaram a exibir condições similares mais ou menos uma semana depois, abrindo espaço para o rali. Tudo o que precisavam era de resultados decentes e projeções otimistas, o que ocorreu na semana passada.

Neste momento, o MACD e outros indicadores técnicos sugerem que as ações devem continuar se valorizando, possivelmente até agosto.

Mas existe um risco. Se o rali continuar muito forte, o mercado acionário pode ficar sobrecomprado e reverter. O índice de força relativa do Dow, S&P 500 e Nasdaq estão agora na região dos 60. O IFR é uma medida de momento que sinaliza se uma ação ou índice está se movendo rápido demais para cima ou para baixo. Se os níveis do IFR atingirem os patamares intermediários de 70 ou mais, é possível que vejamos alguma correção.

A última vez em que isso aconteceu foi em novembro, quando os IFRs do Nasdaq, S&P 500 e Dow se moveram para a região dos 70. A venda ocorreu logo depois do ano-novo, à medida que o Fed começou a pressionar os mercados a ficarem prontos para juros maiores.

Portanto, tenha cuidado.

Uma visão rápida de como o rali aconteceu.

Vencedores e perdedores

Os principais setores de julho foram:

  • Ações de consumo discricionário, com uma alta de 18,9%. Destaques: Amazon, Lowe’s (NYSE:LOW), Chipotle Mexican Grill (NYSE:CMG) e a construtora Lennar (NYSE:LEN).
  • Ações de tecnologia, alta de 13,5%. Destaques: Apple, Advanced Micro Devices (NASDAQ:AMD), Nvidia (NASDAQ:NVDA), Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Texas Instruments (NASDAQ:TXN).
  • Ações de energia, alta de 9,6%. Destaques: ExxonMobil, Chevron (NYSE:CVX) (BVMF:CHVX34), APA Corporation (NASDAQ:APA), and Halliburton (NYSE:HAL).
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Quem ficou para trás foi:

  • Serviços de comunicação, alta de 3,5%. Destaques: a controladora do Google, Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (BVMF:GOGL34), a dona do Facebook, Meta Platforms (NASDAQ:META) (BVMF:M1TA34), Walt Disney (NYSE:DIS) (BVMF:DISB34), Twitter (NYSE:TWTR) (BVMF:TWTR34), além da News Corp. (NASDAQ:NWSA).
  • Serviços de saúde, alta de 3,2%. Destaques: UnitedHealth Group (NYSE:UNH), Amgen (NASDAQ:AMGN), Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (BVMF:JNJB34), Merck (NYSE:MRK) (BVMF:MRCK34) e Pfizer (NYSE:PFE) (BVMF:PFIZ34).
  • Consumo básico, alta de 3,1%. Destaques: Costco Wholesale (NASDAQ:COST) (BVMF:COWC34), Coca-Cola (NYSE:KO) (BVMF:COCA34), Kroger (NYSE:KR) (BVMF:K1RC34) e Walmart (NYSE:WMT) (BVMF:WALM34).

10 melhores ações do S&P 500 em julho

(Julho, acumulado do ano)

  • Enphase Energy (NASDAQ:ENPH) 45,55%, 55,34%
  • Etsy (NASDAQ:ETSY) 41,67%, -52,63%
  • United Rentals (NYSE:URI) 2, 84%, -2,90%
  • ON Semiconductor (NASDAQ:ON) 32,74%, -1,68%
  • Tesla (NASDAQ:TSLA) 32,38%, -15,64%
  • Bath & Body Works 32,02%, -49,08%
  • Ford Motor (NYSE:F) 31,99%, -29,27%
  • SolarEdge Technologies (NASDAQ:SEDG) 31,59%, 28,36%
  • Nucor (NYSE:NUE) 30,06%, 18,97%
  • Netflix (NASDAQ:NFLX) 28,61%, 62,67%

Piores ações do S&P 500 em julho

(Julho, acumulado do ano)

  • Newmont Goldcorp (NYSE:NEM) -24,12%, -26,99%
  • Cincinnati Financial (NASDAQ:CINF) -18,19%, -14,56%
  • Baker Hughes (NASDAQ:BKR) -11,01%, 6,77%
  • AT&T (NYSE:T) -10,40%, -23,66%
  • Verizon Communications (NYSE:VZ) -8,99%, -11,10%
  • Baxter International (NYSE:BAX) -8,67%, -31,66%
  • WR Berkley (NYSE:WRB) -8,39%, 13,84%
  • Charter Communications (NASDAQ:CHTR) -7,78%, -33,72%
  • Allstate (NYSE:ALL) -7,70%, -0,58%
  • Viatris (NASDAQ:VTRS) -7,45%, -28,38%

5 melhores ações do Dow em julho

(Julho, acumulado do ano)

  • Apple (NASDAQ:AAPL), 18,86%, -8,48%
  • Boeing (NYSE:BA) 16,52%, -20,87%
  • Chevron Corp (NYSE:CVX), 13,12%, 39,57%
  • Nike (NYSE:NKE) 12,45%, -31,05%
  • Walt Disney 12,39%, -31,50%

5 piores ações do Dow em julho

(Julho, acumulado do ano)

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  • Verizon Communications (NYSE:VZ) -8,99%, -11,10%
  • IBM (NYSE:IBM) -7,37%, -2,15%
  • Travelers Companies (NYSE:TRV) -6,17%, 1,45%
  • Procter & Gamble (NYSE:PG) -3,39%, -15,08%
  • Intel (NASDAQ:INTC) -2,94%, -29,50%

10 melhores ações do Nasdaq 100 em julho

(Julho, acumulado do ano)

  • Tesla (NASDAQ:TSLA), 32,38%, -15,64%
  • Netflix, 28,61%, -62,67%
  • Marvell (NASDAQ:MRVL) 27,91%, -36,36%
  • MercadoLibre (NASDAQ:MELI) 27,77%, -39,65%
  • Amazon.com 27,06%, -19,06%
  • Autodesk (NASDAQ:ADSK) 25,80%, -23,07%
  • Airbnb (NASDAQ:ABNB) 24,58%, -33,34%
  • NXP Semiconductors (NASDAQ:NXPI) 24,22%, -19,27%
  • Cadence Design Systems (NASDAQ:CDNS) 24,03%, -0,14%
  • PayPal Holdings (NASDAQ:PYPL) 23,90%, -54,11%

10 piores ações do Nasdaq em julho

(Julho, acumulado do ano)

  • Pinduoduo (NASDAQ:PDD) -20,70%, -15,93%
  • Baidu (NASDAQ:BIDU) -8,18%, -8,21%
  • Charter Communications (NASDAQ:CHTR) -7,78%, -33,72%
  • JD.COM (NASDAQ:JD) -7,35%, -15,08%
  • Comcast (NASDAQ:CMCSA) -4,38%, -25,45%
  • Zoom Video Communications (NASDAQ:ZM) -3,81%, -43,53%
  • Kraft Heinz (NASDAQ:KHC) -3,43%, 2,59%
  • Gilead Sciences (NASDAQ:GILD) -3,33%, -17,71%
  • Intel, -2,94%, -29,50%
  • Regeneron Pharma (NASDAQ:REGN) -1,60%, -7,89%

Aviso: O autor atualmente não possui nenhum dos ativos mencionados neste artigo.

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