Passado o Payroll na semana anterior, onde os investidores encontraram o cenário perfeito para a realização de lucros em nível global, sob o pretexto de que o Fed vai fazer o que o Fed diria que iria fazer.
Ou seja, nenhuma novidade, até o próximo rally.
A decisão de juros nos EUA é carta marcada e o referencial de inflação nos salários, ao invés do CPI tão somente reitera o que a autoridade monetária americana repete há 3 anos.
Por aqui, a decisão de juros está igualmente difícil, porém o mercado e os analistas tendem a seguir o que tem sido também repetido à exaustão pelo BC, de que haverá um corte mais modesto de juros nesta reunião e que o ciclo se aproxima de seu limite.
As dúvidas restam em relação aos próximos (ou próximo) movimentos do COPOM, pois apesar de citar em diversas ocasiões o peso das reformas na continuidade do corte de juros, isso não deteve o ciclo até o atual momento, portanto finalizar 2018 em 6,5% não causaria nenhum espanto sequer.
Talvez por não ver de maneira concreta as reformas, o BC mantenha o estímulo monetário mais arrojado, por ser o único instrumento possível, dentro de um contexto fiscal desafiador.
CENÁRIO POLÍTICO
Com o “enterro” da reforma da previdência, por conta dos possíveis e somente 237 votos deve elevar o foco nas próximas semanas em Rodrigo Maia e no seu pretenso papel de interlocutor político com o mercado.
Esta pretensa proximidade será cada vez mais testada, quando o presidente da câmara deixar de pautar a reforma e tentar buscar as justificativas para a sua não ocorrência, apesar do mesmo tê-la defendido em diversas ocasiões.
Na disputa pelo planalto, Maia vê na economia um mote de campanha, mas que pode alimentar facilmente a atenção em Meirelles, pretenso candidato à atenção do Planalto para este ano.
Ao mesmo tempo, tucanos tentam colar Alckmin em Temer, na perspectiva de colher os mesmos louros da econômica, os quais Temer gostaria de vestir por mais 4 anos.
Brasil ainda sendo Brasil.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, com os futuros NY em queda com a falha de Merckel de montar um governo de coalisão. Na Ásia, o fechamento foi em queda, seguindo o pós-Payroll.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no negativo até os 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque para o minério de ferro nos portos chineses.
O petróleo em queda na abertura, após um dólar mais robusto por conta do payroll.
O índice VIX de volatilidade abre em alta próxima a 4%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2191 / 1,53 %
Euro / Dólar : US$ 1,25 / -0,024%
Dólar / Yen : ¥ 109,88 / -0,263%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / -0,028%
Dólar Fut. (1 m) : 3227,36 / 1,41 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,83 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,08 % aa (0,87%)
DI - Janeiro 22: 9,35 % aa (1,41%)
DI - Janeiro 25: 9,93 % aa (1,43%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,70% / 84.041 pontos
Dow Jones: -2,54% / 25.521 pontos
Nasdaq: -1,96% / 7.241 pontos
Nikkei: -2,55% / 22.682 pontos
Hang Seng: -1,09% / 32.245 pontos
ASX 200: -1,55% / 6.026 pontos
ABERTURA
DAX: -0,558% / 12713,86 pontos
CAC 40: -0,910% / 5316,18 pontos
FTSE: -0,880% / 7377,94 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 84187,00 pontos
S&P Fut.: -0,018% / 2756,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,007% / 6755,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,29% / 88,96 ptos
Petróleo WTI: -0,43% / $65,17
Petróleo Brent:-0,67% / $68,12
Ouro: 0,10% / $1.334,74
Minério de Ferro: 1,32% / $72,94
Soja: -0,82% / $18,14
Milho: -0,62% / $358,75
Café: -0,82% / $120,00
Açúcar: 0,51% / $13,69