Apesar dos indicadores de mercado de trabalho americano tenderem a apontar para a alta de juros nos EUA, também demonstra uma robustez da economia, suficiente para sustentar balanços positivos das empresas listadas em bolsas.
Neste contexto, os mercados abrem positivos, com altas nas bolsas europeias, futuros em NY e fechamento positivo na Ásia, mesmo após o impeachment da presidente sul-coreana Park.
O dólar abre a sessão em franca descompressão contra a maior parte das divisas mundiais e os Treasuries tem abertura errática, sem rumo para todos os vencimentos.
Entre as commodities, o desalento continua. Entre as metálicas, somente a platina e o cobre sobem, enquanto o aço abre em franca queda. O petróleo abre positivo, porém quase estável com a preocupação pelo excesso de oferta.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
Dois indicadores de importância decisiva na agenda econômica hoje, principalmente para o cenário de políticas monetárias. Em vista à falta da divulgação de detalhes mais precisos sobre seu plano econômico, Trump leva o Fed a buscar os ativos praticamente nos índices do mercado de trabalho e atividade econômica.
Mesmo abaixo da medição anterior (nossa projeção é 223.000), o Payroll nestes níveis tende a adicionar um fator importante na decisão de juros na reunião do FOMC (comitê de política monetária) na próxima semana. Mais importante do que esta possível alta, que saiu de junho para março de maneira acelerada, é a sinalização do quão necessário e prolongado será o aperto. Daí entra a importante comunicação dos membros do Fed.
Por aqui, o IPCA também entra no jogo, na linha inversa. A surpresa do IGP-M semanal ontem, muito acima das projeções não muda as expectativas de um ciclo robusto de corte de juros no Brasil, o qual inclusive tende a ser intensificado, na busca por uma resposta mais acelerada da atividade econômica.
Mesmo com o processo de desalavancagem das famílias em curso, a renda permanece altamente comprometida com dívidas. Para isso, tanto as medidas microeconômicas, quanto a redução do spread bancário são eventos necessários para reverter a recessão atual.
CENÁRIO POLÍTICO
O cenário político ganha peso no Brasil, sempre que uma realização de lucros se avizinha.
No contexto de ontem, o peso das votações da previdência, ainda em aberto para o governo e a questão do TSE ganharam peso renovado, que não se via a meses no país.
Em breve, ao se passar a alta de juros nos EUA, o peso do contexto político brasileiro tende a se reduzir e poucos verão a possibilidade de descontinuidade do atual governo, aliás, das atuais reformas.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,193 / 0,71 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,331%
Dólar / Yen : ¥ 115,38 / 0,374%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,016%
Dólar Fut. (1 m) : 3208,36 / 0,88 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,25 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,80 % aa (0,62%)
DI - Janeiro 21: 10,20 % aa (0,79%)
DI - Janeiro 25: 10,53 % aa (0,77%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa : -0,21% / 64.585 pontos
Dow Jones : 0,01% / 20.858 pontos
Nasdaq : 0,02% / 5.839 pontos
Nikkei : 1,48% / 19.605 pontos
Hang Seng : 0,29% / 23.569 pontos
ASX 200 : 0,60% / 5.776 pontos
ABERTURA
DAX : 0,621% / 12052,78 pontos
CAC 40 : 0,553% / 5009,07 pontos
FTSE : 0,474% / 7349,66 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 65124,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2366,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,293% / 5382,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,03% / 84,61 ptos
Petróleo WTI : 0,47% / $49,51
Petróleo Bren t:0,38% / $52,39
Ouro : -0,38% / $1.196,73
Aço : -1,80% / $84,80
Soja : -0,83% / $19,07
Milho : -0,42% / $358,25
Café : -0,93% / $138,75
Açúcar: 0,22% / $18,03