Por mais um dia, os investidores se encontraram reféns da agenda política e de discussões e ruídos desnecessários, em vista à reforma da previdência, ainda assim, o saldo positivo de postos de trabalho, puxado pela criação de vagas no setor de serviços e o investimento externo direto, ambos superando as expectativas médias dos analistas deixou claro uma coisa: o ‘dinheiro’ aguarda somente uma janela segura para voltar a circular no Brasil.
O excesso de volatilidade meramente política continua a se chocar com a estabilidade de vários fatores, em especial a inflação em nível global, num cenário inédito e ainda a se mensurar, de mudanças dos paradigmas macroeconômicos.
Daí a importância hoje da leitura da ata da última reunião do COPOM, pois entende-se ali um cenário em aberto ao corte de juros, aguardando a mesma janela de oportunidade mais segura para promover uma mudança na política monetária.
No exterior, como citamos ontem, o exagero na perspectiva recessiva tem também um elemento político importante, pois ao se contar com uma política monetária altamente estimulativa nas economias centrais, a necessidade de um comércio internacional despoluído de distrações também é um ponto essencial no curto prazo.
Na sessão de hoje, os investidores globais, diferentes de ontem, já não creem em uma recessão, porém contam com um natural crescimento mais modesto para os próximos anos, ainda que tal evento não signifique necessariamente uma redução no fluxo internacional de negócios.
Deste modo, atenção emergentes, pois o alvo de 2020 em diante está na alça de mira, basta os políticos não atrapalharem.
CENÁRIO POLÍTICO
Entre idas e vindas, o cenário parece se apaziguar lentamente.
Com todo o ruído gerado, poucos se lembram que os reais motivos do início de tal imbróglio foi o posicionamento ‘pouco elegante’ de Maia perante a Moro e seu projeto anticrime.
Como o foco das atenções se desviam bastante e filhos do presidente pouco adicionam em termos de apaziguar os ânimos, muito pelo contrário, a impressão passada foi de intransigência do governo e não do presidente da câmara.
Aos sinais emitidos ontem, passa-se a impressão de pretensa calmaria e foco na aprovação da reforma, com atenção à agenda positiva.
Isto mostra a importância amplificada de Guedes e da equipe econômica, o único ativo que mantem este governo de pé.
Nos vemos na próxima polêmica, pessoal.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a dissipação dos temores de recessão.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, puxado pelo Nikkei.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à prata.
O petróleo abre em alta, com novos cortes anunciados pela OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 3%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8549 / -1,34 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,097%
Dólar / Yen : ¥ 110,38 / 0,373%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,265%
Dólar Fut. (1 m) : 3864,89 / -0,62 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,45 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,02 % aa (-0,72%)
DI - Janeiro 23: 7,86 % aa (-1,26%)
DI - Janeiro 25: 8,39 % aa (-1,18%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,08% / 93.662 pontos
Dow Jones: 0,06% / 25.517 pontos
Nasdaq: -0,07% / 7.638 pontos
Nikkei: 2,15% / 21.428 pontos
Hang Seng: 0,15% / 28.567 pontos
ASX 200: 0,07% / 6.131 pontos
ABERTURA
DAX: 0,128% / 11361,13 pontos
CAC 40: 0,623% / 5293,42 pontos
FTSE: 0,158% / 7188,89 pontos
Ibov. Fut.: 0,10% / 93937,00 pontos
S&P Fut.: 0,495% / 2820,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,421% / 7386,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,12% / 82,01 ptos
Petróleo WTI: 1,28% / $59,57
Petróleo Brent:0,89% / $67,81
Ouro: -0,54% / $1.314,75
Minério de Ferro: -0,08% / $85,82
Soja: 0,62% / $16,15
Milho: 0,13% / $380,00
Café: 0,16% / $94,00
Açúcar: -0,16% / $12,41