Falas fora de tema de Paulo Guedes, o feriado e a agenda vazia na semana anterior foram o suficiente para incrementar a volatilidade dos ativos e à forte desvalorização do Real frente ao dólar, aliviada por uma firme atuação do Banco Central na divisa nos últimos dias da semana.
A guerra comercial e sua falta de avanços, tabelamento de juros e superávits fiscais também fizeram parte do escopo de uma semana agitada para o mercado local e sem grandes definições.
A China insiste que a queda das tarifações impostas em setembro ocorram antes de quaisquer avanços nas conversações com os EUA, porém um dos maiores problemas é exatamente a insistência de Trump em manter a elevação como forma de pressão, alimentando o impasse que se arrasta desde o ano passado, isso por que esta é tão somente a primeira fase da tentativa de acordo.
Para esta semana, a agenda pesa tanto no Brasil quanto no exterior, com o mercado de trabalho americano projetando melhora em relação às medições anteriores tanto na medida do setor privado (ADP), quanto na geral (Payroll).
A zona do Euro reserva dados de atividade econômica, com destaque às vendas ao varejo, desemprego e PIB.
Após a divulgação nesta madrugada do PMI Caixin Industrial na China, o qual registrou 51,8 pontos, ante 51,4 projetados e 51,7 anteriores, as atenções se voltam ao dado composto e de serviços durante a semana.
Para o Brasil, a agenda é cheia e dá rumo a diversas perspectivas, em especial para a inércia de diversos indicadores para 2020 e a política monetária.
Hoje a balança comercial deve registrar melhora no desempenho comparado ao mês anterior, com superávit de US$ 3,34 bi, conforme indicado na nossa agenda na segunda página.
Na terça-feira, o PIB deve confirmar a continuidade do crescimento trimestral de 0,5%, fechando o ano aos 1,06%.
Já a produção industrial do mês de outubro deve dar continuidade ao ritmo observado em setembro, com alta de 0,52%, como preparação para eventos como o Black Friday, o qual registrou em diversos indicadores diferentes um forte resultado quando comparado ao ano passado.
Na sexta-feira sai o IPCA, onde projetamos uma inflação de 0,5%, com impacto tanto de energia, quanto de alimentação, em especial de itens como carnes frescas e algumas commodities na cadeia, como milho e soja.
Para 12 meses, o índice deve se manter comportado aos 3,26%, porém o fechamento do ano pode se aproximar dos 4%.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com o PMI Chinês positivo.
Na Ásia, fechamento em alta como reflexo do PMI, mesmo sem avanços comerciais significativos.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao cobre e min. de ferro nos portos chineses.
O petróleo abre em alta, com perspectiva de melhora da atividade.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,24%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2371 / 0,59 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,045%
Dólar / Yen : ¥ 109,64 / -0,146%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,108%
Dólar Fut. (1 m) : 4235,10 / 0,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,48 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,70 % aa (0,21%)
DI - Janeiro 23: 5,89 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 6,52 % aa (-0,31%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,0525% / 108.233 pontos
Dow Jones: -0,3998% / 28.051 pontos
Nasdaq: -0,4561% / 8.665 pontos
Nikkei: 1,01% / 23.530 pontos
Hang Seng: 0,37% / 26.445 pontos
ASX 200: 0,24% / 6.862 pontos
ABERTURA
DAX: 0,714% / 13330,85 pontos
CAC 40: 0,428% / 5930,43 pontos
FTSE: 0,396% / 7375,65 pontos
Ibov. Fut.: -0,17% / 108359,00 pontos
S&P Fut.: 0,200% / 3150,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,324% / 8449,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,59% / 77,57 ptos
Petróleo WTI: 2,43% / $56,49
Petróleo Brent:2,40% / $61,88
Ouro: -0,54% / $1.456,80
Minério de Ferro: 1,25% / $86,01
Soja: -0,60% / $14,90
Milho: 0,54% / $373,00
Café: 1,07% / $118,55
Açúcar: 0,08% / $12,91