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Semana Tumultuada

Publicado 02.08.2021, 08:50
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Será mais uma semana tumultuada, no Brasil e no exterior. Por aqui, Bolsonaro deve continuar nos seus bate-bocas diários com a  “imprensa” e o STF, por causa do “voto impresso”, e recomeçam os trabalhos no Congresso. Na CPI da Covid, os senadores devem  ir em cima dos militares, dada a postura omissa em muitas situações e a suspeita de envolvimento, na Saúde, em casos de  corrupção. Na reunião do Copom o BACEN deve ter uma postura mais agressiva no ajuste da Selic, podendo ser elevada em 1  ponto, a 5,25%. No exterior, continua preocupando o “espalhamento” da variante Delta, num momento em que muitos países  começam a “desconfinar”. Soma-se a isso, o excesso de regulação na economia chinesa, em variados setores, “engessando ainda  seu dinamismo de mercado”. Nos EUA, atenção para os indicadores de mercado de trabalho de julho na quarta-feira (setor  privado, ADP) e na sexta-feira, payroll e taxa de desemprego.  

Nos Estados Unidos...  

Por lá, os mercados devem continuar atentos aos indicadores divulgados, sinalizando (ou não) a antecipação do tapering. Nesta  semana saem os dados de emprego citados, com o Fed esperando a taxa de desemprego ao nível de “pleno emprego”, em torno de  5% a 5,5% da PEA, para poder agir. No payroll, a expectativa é de que a economia tenha gerado 900 mil postos de trabalho em julho,  depois de 850 mil em junho (acima das expectativas). Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o mercado  de trabalho ainda tinha “algum terreno para avançar” antes do início da redução das medidas de estímulo, promulgadas na  primavera de 2020.  

Será uma semana também cheia de PMIs e de balanços. Mais de um quarto das empresas americanas, listadas no S&P500, saem na  semana. Na segunda-feira temos o PMI industrial do Institute for Supply Management (ISM), e na quarta-feira do setor de Serviços.  Espera-se que a PMI de manufatura permaneça em bom ritmo, mas destaquemos as tensões pelo lado da oferta na economia,  contribuindo para uma inflação mais alta. Em muitos setores ainda faltam insumos, o que vai “estrangulando” a capacidade das  empresas de responder à demanda pós Covid. Na terça-feira temos os dados sobre encomendas das fábricas e na quinta-feira o  relatório semanal sobre pedidos iniciais de seguro desemprego. Este últimos caíram muito desde o início do ano, em meio da  crescente demanda por mão de obra. Vários representantes do Fed também estão programados para falar durante a semana,  incluindo o presidente do Fed de Boston, Eric Rosegren, o vice-presidente do Fed, Richard Clarida , e o governador do  Fed, Christopepher Waller.  

No Reino Unido...  

No Reino Unido a semana será marcada pela reunião de política monetária, com o Bank of England sinalizando quando deverá  iniciar o seu aperto monetário, tal qual nos EUA e na Zona do Euro. O que esperar desta reunião? É provável que os dirigentes  elevem a sua previsão de inflação para este ano, mas as perspectivas de crescimento seguem incertas entre preocupações com a  variante Delta.  

No Brasil...  

Em destaque a reunião do Copom, variados indicadores e também os resultados de várias empresas, com destaque para os grandes  bancos.  

Na sexta-feira o Ibovespa “sentiu o tranco” da instabilidade política e da aversão global ao risco, recuando 3,08% (a 121.800 pontos),  com o dólar avançando a acima de R$ 5,20 (+2,53%, a R$ 5,2082) e os juros futuros “disparando”. Na semana passada, o índice  paulistano caiu 2,4% e no mês 3,8%, na primeira perda mensal desde fevereiro.  

Entre os indicadores divulgados, o desemprego, pela PNAD Contínua, se manteve elevado segundo o IBGE. A taxa no trimestre, finda em maio, foi a 14,6% da PEA, depois de 14,7% na anterior (abril). Na comparação com o mesmo período de 2020, houve  avanço de 1,7 ponto percentual. A população desocupada chegou a 14,8 milhões de pessoas e se manteve estável ante o trimestre  terminado em fevereiro de 2021. No entanto, subiu 16,4% (mais 2,1 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre móvel de 2020  (12,7 milhões de pessoas).  

Para o ministro Guedes, “a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE está muito atrasada metodologicamente.  Pesquisa feita por telefone. A metodologia do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) vem direto das  empresas. O IBGE ainda está na idade da pedra lascada. É baseada em métodos que não são eficientes". Mais polêmica à vista.  Incrível como este governo não se controla e se alimenta disso!  

Já o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 15,54 bilhões, reflexo da antecipação do 13º salário dos servidores  aposentados e a pressão nos gastos dos precatórios pela União. É aí no front fiscal que as preocupações passam a nortear o  mercado.  

Parece fato que o “teto de gastos” deve sofrer novos ataques, principalmente, do presidente, preocupado com a sua reeleição,  aproveitando para anunciar um “cipoal” de programas sociais, em claro “viés populista”. O último “rompante” aconteceu na última  sexta-feira, quando disse que “temos que nos endividar para atender aos mais necessitados até que a Economia volte”, uma clara  sinalização de aumento do novo programa social, talvez, “Auxílio Brasil” (em “substituição” ao Bolsa Família) para R$ 300 mensais, e  a extensão do auxílio emergencial. Este novo “Bolsa Família” deve ser recriado via Medida Provisória e enviado ao Congresso na  segunda semana de agosto. Para isso, o ministro Guedes terá que aprovar o “desenrolar” da reforma tributária e a taxação sobre  dividendos, um poderoso recurso para “sustentar” estes programas sociais.  

Um ameaça, no entanto, é o pagamento de precatórios no Orçamento de 2022 - cerca de R$ 90 bilhões -, o que levou à parte da ala  política do governo a considerar os gastos com o novo programa social “uma exceção à regra do teto”. O governo deve acionar a  Advocacia-Geral da União (AGU) para pedir conciliação e condições de pagamento com os detentores dos precatórios. Por isso, o  presidente do STF, Luiz Fux, intervindo neste contencioso, tentando uma “saída conciliada”, visando não impactar ainda mais os  cofres públicos. Ainda no Congresso, no Senado, Rodrigo Pacheco deve enviar a LDO ao presidente da República, para sancioná-la  ou vetá-la. O fundo eleitoral deve ser alterado, mas cortando muito pouco, de R$ 5,7 bilhões para R$ 4 bilhões, o dobro do anterior.  

Na reunião do Copom, deve ser sancionada a aceleração da elevação da taxa Selic, em 1 ponto percentual, de 4,25% para 5,25%,  elevando a magnitude de alta antes em 0,75 ponto percentual, devido à inflação persistentemente mais alta que o esperado, assim  evitando o risco de contaminar as expectativas para o IPCA de 2022. Esta é, aliás, uma preocupação do BACEN, trazer o IPCA para  3,5%, centro da meta, em 2022. As projeções neste ano para o IPCA já passam de 7,0% e no ano que vem, em torno de 3,8%. Já a  Selic SE APROXIMA DE 7% neste ano e no próximo.  

Na semana também teremos os dados do PMI industrial de junho, a balança comercial de julho, além do Boletim Focus na segunda feira. No dia seguinte, será a vez da inflação de julho do IPC-Fipe e a produção industrial de junho (PIM – IBGE). Na quarta-feira,  serão divulgados o PMI de Serviços e o Composto e o fluxo cambial estrangeiro.  

Na China...  

A recente repressão regulamentar afastou os investidores das ações chinesas e deixou as empresas de tecnologia operando num  ambiente de incerteza. A China vem fechando o cerco regulatório sobre a emissão de ações no exterior, depois de lançar uma  investigação no mês passado sobre a Didi Global, gigante de mobilidade urbana, poucos dias após a sua estreia em NY. Na sequência  de uma acentuada venda, as autoridades tentaram acalmar os mercados, criando um suporte para as ações e o iuan. Nas próximas  semanas, os investidores estarão atentos aos dados da PMI chinesa, em meio a preocupações crescentes sobre uma desaceleração  da segunda maior economia do mundo, que pode ser o próximo teste dos mercados.  

Balanços:  

(1) Norte-Americanos: em destaque, Eli Lilly, CVS Health e General Motors (NYSE:GM);  

(2) Brasil: maiores bancos do país são os destaques: Itaú Unibanco (SA:ITUB4), Cielo (SA:CIEL3) e Pague Menos (SA:PGMN3), Bradesco (SA:BBDC4), Banco do Brasil (SA:BBAS3), Petrobras (SA:PETR4),  Hering (SA:HGTX3) e Engie (SA:EGIE3).  

Nos mercados asiáticos...  

Nesta segunda-feira de madrugada, a abertura da semana foi alta forte no mercado japonês, Nikkei, avançando 1,7%, 27.753 pontos,  talvez refletindo algum otimismo com a evolução da Olimpíada e relativo controle com a pandemia na capital Tóquio. Na China, Shangai recuou 0,57%, a 3.378 pontos e Hang Seng 25.945 pontos. Boa parte desta queda se justifica pelo aumento da regulação do  estado chines sobre os setores da economia, como educação e tecnologia. Também contribuiu o recuo do PMI Caixin manufatureiro,  de 51,4 a 50,3 pontos, mostrando alguma acomodação da atividade.  

Boa semana a todos! E saudações aos nossos atletas, verdadeiros heróis nacionais sem apoio. São dez medalhas, duas de ouro,  três de prata e cinco de bronze.  

Últimos comentários

O mais engraçado é que tudo que vem ou tem a ver com o governo... é taxado de ilegal, imoral ou engorda ! Voto auditável... não pode. Corrigir uma metodologia de apurar um indice importante como o desemprego... não pode ! Privatizar estatais inchadas e obsoletas... não pode ! Não roubar dinheiro público... aí pode ! Esse mimimi todo, de quem estava acostumado a conchavos e se sustentar do dinheiro dos pagadores de impostos, não tem nada a ver com o pais, tem a ver consigo mesmo. A midia deixou de ser um serviços de utilidade publica, para servir ao interesse de seus donos. Só vejo uma saida de curto prazo... INTERVENÇÂO JÁ.
Bom dia. Parabéns Wagner. Concordo com você, acho até que está demorando demais. Já é hora de fechar o STF e Congresso. Pois um ajuda o outro e o povo que se ferra. Muito triste isso.
No Brasil criou-se uma situação que se justifica intervenção militar. O STF legisla, isso é ilegal. O STF solta bandidos condenados. O STF ignora que todo poder emana do povo e retira poderes do presidente da república. O STF prende opositores por crime de opinião/discurso. A imprensa desinforma (lembra do despiora?). Quando o presidente da república solicita eleições auditáveis, o STF, a imprensa e a oposição dizem que é ´"conversa fiada". Mesmo que seja. Todos tem direito a um recibo ao fazer uma compra, porquê na eleição isso é proibido? Por quê desejam uma eleição que não seja auditável? Será que fraudaram mesmo as eleições da Dilma? Justifica-se uma intervenção militar para se substituir os ministros do STF, o artigo 142 garante esse direito ao povo.
Concordo totalmente.
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