O suspiro recebido pelos mercados emergentes ontem ainda não significa uma melhora de contexto, ou seja, pode ter sido somente um respiro, o mesmo que pode se repetir ainda hoje.
Tudo ocorreu apesar da forte realização de lucros em empresas de tecnologia nos EUA e reiteramos nossa análise do retorno dos investidores de maneira mais completa após o feriado do Labor Day, onde o apetite pelo prêmio de maior risco tende a se elevar com o cenário econômico mais positivo.
Apesar desta série de indicadores acima das expectativas nos EUA, os fundamentos começam a se tornar problemáticos com o imbróglio político, onde um recente artigo do NY Times de uma fonte interna da Casa Branca cita que a equipe de Trump faz de tudo para contornar o comportamento errático e as vezes infantil do presidente, de modo a evitar maiores danos.
Todavia, os problemas em países emergentes são fundamentalmente mais preocupantes no curtíssimo prazo do que a conduta de Trump e a busca por tais mercados demanda uma propensão considerável à especulação, principalmente após a alta de juros na Argentina.
Dois pontos importantes hoje na agenda econômica são o mercado de trabalho americano, principalmente a produtividade e o custo de mão de obra e no Brasil, IGP-DI e IPCA, os quais devem colocar a inflação em espectros opostos, por conta dos preços no atacado e a dificuldade em repasse, devido à atividade econômica parada.
CENÁRIO POLÍTICO
O Ibope de ontem começa adesenhar um cenário mais concreto em termos eleitorais, apesar das fortes incertezas que ainda marcam o pleito.
A redução de indecisos é um ponto importante a se notar, assim como a ausência do ex-presidente, que teve hoje de manhã confirmado o impedimento de sua candidatura por Fachin, o mesmo que votou em favor do relatório da ONU no último plenário.
Com tais movimentos, a melhor definição dos agentes deixa mais claras as possibilidades de primeiro e segundo turnos e a partir daí começam as reações do mercado financeiro.
Começaram as eleições.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY operam em alta, mesmo com o fechamento negativo nos EUA.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com as preocupações com mercados emergentes.
O dólar opera em alta queda a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vértices.
Entre as commodities metálicas, altas consistentes, com destaque ao cobre.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, com os furacões no golfo do México paralisando a produção e sanções no Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 0,9%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1459 / -0,34 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,034%
Dólar / Yen : ¥ 111,29 / -0,215%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,225%
Dólar Fut. (1 m) : 4140,62 / -0,64 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 8,02 % aa (-0,31%)
DI - Janeiro 20: 8,82 % aa (-0,45%)
DI - Janeiro 21: 10,10 % aa (-0,10%)
DI - Janeiro 25: 12,49 % aa (0,16%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,51% / 75.092 pontos
Dow Jones: 0,09% / 25.975 pontos
Nasdaq: -1,19% / 7.995 pontos
Nikkei: -0,41% / 22.488 pontos
Hang Seng: -0,99% / 26.975 pontos
ASX 200: -1,12% / 6.160 pontos
ABERTURA
DAX: -0,060% / 12033,19 pontos
CAC 40: 0,097% / 5265,32 pontos
FTSE: -0,142% / 7372,79 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 75367,00 pontos
S&P Fut.: 0,028% / 2889,10 pontos
Nasdaq Fut.: -0,066% / 7526,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,33% / 82,94 ptos
Petróleo WTI: 0,09% / $68,78
Petróleo Brent:0,25% / $77,46
Ouro: 0,73% / $1.205,52
Minério de Ferro: 0,87% / $67,22
Soja: -0,60% / $15,67
Milho: 0,14% / $352,25
Café: -1,05% / $99,05
Açúcar: -0,46% / $10,80