ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira, após recuperação de Wall Street no primeiro dia de negociação da semana, enquanto a China e os EUA tentavam aliviar as tensões comerciais.
Em Tóquio, o Nikkei saltou 2,65%, para fechar em 21.317,32 pontos. O Topix mais amplo subiu 2,74%, como todos os setores avançando. O subíndice de petróleo e carvão liderou a alta, subindo 4,13%, enquanto setores de construção e máquinas também registaram ganhos substanciais.
O Kospi de Seul também subiu, com o benchmark adicionando 0,61% para terminar em 2.452,06 pontos, mesmo com o peso pesado Samsung Electronics caindo 0,6%. Os fabricantes de chips ficaram pressionados depois que o Financial Times informou que a China se ofereceu para comprar mais semicondutores dos EUA para aliviar seu superávit comercial com os EUA. SK Hynix caiu 3,1% no final da sessão.
Esse declínio foi compensado por ganhos em montadoras e financeiras. As siderúrgicas fecharam sem direção depois que o governo informou na segunda-feira que suas siderúrgicas sofreriam cotas de importação, mas sem aumento nas tarifas: Posco subiu 5,34% e Hyundai Steel saltou 3,56%, mas Seah Steel caiu 2,54%.
Na China, o dia foi de recuperação. O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,79%, para terminar em 30.790,83 pontos, devolvendo parte dos ganhos vistos no início do dia. As ações de tecnologia e telecomunicações sustentaram a alta do dia. No continente, o composto de Xangai avançou 1,04%, fechando em 3.166,29 pontos e o composto de Shenzhen subiu 2,2%, para terminar em 1.829,69 pontos. O índice das "small caps" Chinext teve um melhor desempenho, subindo 3,38%, enquanto o índice das "blue chip" CSI 300 subiu 0,86%.
Os lucros das empresas industriais chinesas aceleraram nos primeiros dois meses do ano em relação a dezembro, mas ainda ficaram aquém do crescimento médio registrado em 2017. Os lucros industriais aumentaram 16,1% em relação ao ano anterior, para 968,9 bilhões de yuans (US$ 154,57 bilhões) ), de acordo com o Bureau Nacional de Estatísticas da China. O ritmo de crescimento dos lucros aumentou de 10,8% em dezembro.
Na Australia, o ASX 200 acrescentou 0,72%, fechando em 5.832,30 pontos, com a maioria dos setores registrando ganhos. As mineradoras, que se beneficiam com o crescimento global, avançaram no comércio australiano, com o setor respondendo por 12 pontos no avanço do benchmark. BHP subiu 1,4%, para US$ 28,99, a Rio Tinto (LON:RIO) subiu 1,2%, para US$ 74,16. A South32 avançou 3,5%, para US$ 3,28. Entre as menores, Whitehaven saltou 4,7%, após um upgrade em suas ações, enquanto a Western Areas disparou 9,3% e Independence Group subiu 5,4%.
Nem todas as mineradoras subiram. A produtora de ouro Newcrest Mining parou para respirar após três sessões de fortes ganhos e caiu 1,7%, enquanto a produtora de minério de ferro Fortescue Metals recuou 0,7%, para 4,58 dólares, depois de dizer aos investidores que diminuiu suas expectativas para o preço de minério de ferro no ano fiscal de 2018.
Outros destaques de alta incluem a siderúrgica BlueScope, com alta de 4,3%. As ações da OZ Minerals subiram 1,1% depois de comprarem a produtora júnior de cobre Avanco Resources, em um acordo que valoriza a empresa em 444 milhões de dólares, subindo 101% para 15c. A Avanco Resources Limited é uma empresa australiana de exploração e desenvolvimento de projetos de cobre no Brasil. A companhia está listada na Bolsa de Valores da Austrália (ASX) e opera no Brasil por meio das subsidiárias AVB Mineração e Avanco Resources Mineração. A mineradora foi criada em 2007 e possui escritórios em Perth, na Austrália e no Rio de Janeiro e Parauapebas, no Brasil.
As ações da Whitehaven Coal subiram 4,7%, para US$ 4,46, depois de terem sido promovidas a "overweight" pelo Morgan Stanley (NYSE:MS), citando uma aumento nas projeções do preço do carvão e o forte balanço patrimonial da empresa. O UBS avaliou o case em US$ 6,25 por ação e representa uma vantagem de 46%, múltiplos que parecem convincentes e mais barato em relação a seus pares globais de carvão térmico.
EUROPA: As bolsas europeias avançam, tentando quebrar uma série de perdas, já que as preocupações sobre uma guerra comercial global diminuíram e os investidores europeus voltam seu foco para lidar com notícias regionais e outros desenvolvimentos corporativos.
O índice Stoxx Europe 600 sobe 1,48%, a caminho da sessão mais forte desde 7 de fevereiro. Todos os setores sobem, liderados pelos grupos de tecnologia e material básico. Na segunda-feira, o benchmark caiu 0,7% e marcou o quarto declínio consecutivo, atingindo uma baixa de um ano.
O índice FTSE 100 do Reino Unido sobe 1,94%, liderados por ganhos nos setores de saúde e de materiais básicos. Na segunda-feira, o índice recuou 0,5%, encerrando no menor patamar desde dezembro de 2016 e marcou a quarta perda consecutiva. A libra cai 0,8222% frente ao dólar, em US$ 1,4194, abaixo dos US$ 1,4230 da segunda-feira em Nova York.
Ações de empresas de mineração se recuperaram depois de boatos sobre alivio das tensões comerciais entre os EUA e China, que é um grande comprador de metais industriais e preciosos. Glencore (LON:GLEN) sobe 3,73%, Anglo American (LON:AAL) dispara 3,12%, enquanto a mineradora de minério de ferro Rio Tinto avança 2,55%, alta similar à BHP Biliton.
Erkki Liikanen, governador do banco central da Finlândia e membro do conselho do Banco Central Europeu, disse que os riscos políticos podem representar um potencial problema para a recuperação econômica na zona do euro e que poderia levar o BCE a estender seus programas de compra de ativos que atualmente deve finalizar em setembro.
EUA: Os futuros de ações dos EUA apontam para uma abertura positiva em Wall Street, se recuperando depois de cair na semana passada, com analistas atribuindo a recuperação ao enfraquecimento dos temores de uma possível guerra comercial global.
Na segunda-feira, o Dow Jones fechou em alta de 669,40 pontos, ou 2,84%, alcançando o terceiro maior ganho de pontos em sua história, assim como seu maior aumento percentual desde agosto de 2015. O S&P 500 subiu 2,72% e o Nasdaq Composite subiu 3,26%.
O índice Dow Jones recuou 3,3% em março, reduzindo seus ganhos nos últimos 12 meses para 18% após temores sobre uma possível guerra comercial pesarem sobre os mercados ao redor do mundo neste mês, mas tais preocupações pareciam diminuir na segunda-feira, graças às notícias de que Washington e Pequim estavam costurando um possível acordo.
No domingo, o Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse que estava "cautelosamente esperançoso" de que as duas maiores economias do mundo chegarão a um acordo para evitar tais tarifas, enquanto o primeiro-ministro chinês Li Keqiang disse acreditar que os dois países "tem inteligência suficiente para resolver o problema" em um comunicado oficial emitido na segunda-feira.
Na frente dos dados econômicos, o relatório de janeiro da Case-Shiller sobre os preços das residências nos Estados Unidos deve ser divulgado às 10h00 e os números para março do índice de confiança ao consumidor devem ser divulgados às 11h00. Economistas esperam uma leitura de 131,0 para o indicador de confiança, em comparação com 130,8 no mês anterior.
O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, fará comentários às 12h00 no Hope Global Forum 2018, um evento em Atlanta.
ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,44%
SP500: +0,50%
NASDAQ: +0,82%
OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.