A tensão geopolítica cresce, devido ao recrudescimento da situação entre Irã e EUA, com a inteligência americana apontando evidências em vídeo do ataque com minas aos navios tanque por parte da guarda revolucionária.
Mike Pompeo culpou oficialmente Teerã e a escalada da tensão não foi maior, pois relatórios recentes indicam possível queda expressiva da demanda global por petróleo nos próximos anos e por dados chineses.
Neste contexto, a produção industrial chinesa abaixo das expectativas e a menor desde 2002 (5,0% vs 5,4%) tem seu impacto renovado na abertura dos negócios, ainda que as vendas ao varejo na China tenham superado as expectativas (8,6% vs 8,1%) e o desemprego continue estável aos 5%.
Em meio ao cenário mais tenso, os indicadores hoje de atividade economia, tanto no Brasil quanto nos EUA serão relevantes de modo a elevar a pressão pela retomada de um ciclo de afrouxamento monetário.
Ao Fed, a situação é mais fácil, pois a comunicação já se alinha no sentido de um corte em breve, ainda que não ocorra na atual reunião, ganhando força para julho, com expectativa média de 80% entre os analistas.
Localmente, a situação é mais delicada, pois o Banco Central tende a avaliar os efeitos estimulativos da aprovação da reforma da previdência, para então precificar a necessidade de um estímulo já em 2019 ou se a evidência deixará o movimento para 2020.
O texto da reforma, com economia projetada de R$ 915 bi ao menos é positivo na visão dos investidores e tende a impulsionar tanto a confiança dos consumidores, quanto dos investidores, em meio a um cenário de desalento econômico.
Resta agora aguardar as discussões daqui até o fim do mês e a votação em 2 turnos no plenário da câmara.
CENÁRIO POLÍTICO
O ministro Santos Cruz foi demitido por Bolsonaro, o terceiro em 6 meses de governo.
Já há algum tempo, fontes indicavam que havia uma desconexão ideológica do ministro com o restante do governo.
Parte disse, dizem ser a contrariedade com as privatizações, em especial a dos correios e outros pontos não citados.
Santos Cruz aparentemente fazia um bom “meio de campo” do governo com o setor privado, levando calma ao empresariado, porém não foi suficiente.
Que seja o mínimo de ruído, em dia de chamada de greve contra a reforma da previdência.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, as tensões no Oriente Médio.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, seguindo dados abaixo das expectativas na China e a crise com o Irã.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto pelo cobre.
O petróleo abre em queda, pela expectativa de menos crescimento e relatório com projeções de menor demanda nos próximos anos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8494 / -0,48 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,133%
Dólar / Yen : ¥ 108,24 / -0,129%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,260%
Dólar Fut. (1 m) : 3859,87 / 0,08 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,96 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,07 % aa (-1,94%)
DI - Janeiro 23: 7,01 % aa (-1,41%)
DI - Janeiro 25: 7,54 % aa (-1,18%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,46% / 98.774 pontos
Dow Jones: 0,39% / 26.107 pontos
Nasdaq: 0,57% / 7.837 pontos
Nikkei: 0,40% / 21.117 pontos
Hang Seng: -0,65% / 27.118 pontos
ASX 200: 0,18% / 6.554 pontos
ABERTURA
DAX: -0,927% / 12056,23 pontos
CAC 40: -0,570% / 5345,00 pontos
FTSE: -0,507% / 7331,51 pontos
Ibov. Fut.: 0,51% / 99799,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2894,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,824% / 7460,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,21% / 77,76 ptos
Petróleo WTI: -0,46% / $52,04
Petróleo Brent:0,20% / $61,43
Ouro: 0,84% / $1.353,62
Minério de Ferro: 3,20% / $106,29
Soja: 0,90% / $15,63
Milho: 1,02% / $446,50
Café: 0,10% / $97,45
Açúcar: -0,16% / $12,73