Todas as atenções à decisão do FOMC, com grande expectativa do mercado, pois após a pressão por uma elevação de 1% na reunião anterior, devidamente rechaçada por membros do Fed, a dúvida fica se mesmo os 0,75% cabem na situação atual dos EUA, em meio à uma série de indicadores econômicos mais fracos.
Para confirmar tal premissa, ainda falta a perda de ímpeto do mercado de trabalho, este aquecido e com potencial de inflação de demanda, que adicionaria à inflação vigente, fortemente causada pelo excesso de liquidez provida pelo Fed.
Os eventos de cauda como China e Ucrânia, somente catalisadores da inflação já não podem ser utilizados como desculpa dos governos e autoridades monetárias, portanto, resta fazer a tal “lição de casa” e cessar a insistência em teses macroeconômicas sem comprovação econométricas e aplicar a necessária ortodoxia que o momento econômico demanda.
A inflação do IPCA-15 ontem, ainda que dentro de nossas projeções, trouxe um sinal de enorme relevância na perspectiva para o resultado fechado do mês, quando analisamos mais de perto o item alimentação.
Vimos com preocupação o crescimento das pressões do item, em especial de alimentação fora do lar, que perdurou até a captura da coleta da inflação oficial intermediaria, ou seja, por volta do dia 15.
Porém, a surpresa do resultado oficial foi uma inflação no lar mais modesta, retirando pressão do item e caminhando para uma descompressão maior, ainda que acima da medida do mês de junho.
Este era para nós o ponto de inflexão da curva inflacionária e esta menor pressão adicional garante que a deflação de julho no IPCA supere nossas projeções iniciais, ainda que não se aproximem das quedas próximas a -1%, como preconizado no início deste mês por diversos analistas.
No mais, a inflação extra-transportes, apesar de uma pressão de serviços, seria sensivelmente menor que a medida de junho, confirmando a tendência de queda e desafiando as pressões observadas nas curvas de juros por apertos adicionais.
Atenção hoje, além do FOMC, aos balanços corporativos e na agenda macroeconômica, pedidos de bens duráveis, estoques ao atacado e varejo, pedidos semanais de hipotecas, balança comercial e venda pendente de imóveis.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela reunião do FOMC e balanços de Boeing (NYSE:BA), Coca-Cola, McDonald’s, GM, Harley-Davidson e Spotify (NYSE:SPOT) antes da abertura e eBay (NASDAQ:EBAY) e Ford (NYSE:F) após o fechamento.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com exceção da China, em queda após o pior resultado do mercado imobiliário desde 2008.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e alta em Nova York, por temores de oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,94%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3497 / -0,17 %
Euro / Dólar : US$ 1,02 / 0,306%
Dólar / Yen : ¥ 136,64 / -0,168%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / 0,366%
Dólar Fut. (1 m) : 5358,00 / -0,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 14,03 % aa (0,19%)
DI - Janeiro 24: 13,78 % aa (0,33%)
DI - Janeiro 26: 13,09 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 27: 13,12 % aa (-0,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,4968% / 99.772 pontos
Dow Jones: -0,7143% / 31.762 pontos
Nasdaq: -1,8680% / 11.563 pontos
Nikkei: 0,22% / 27.716 pontos
Hang Seng: -1,13% / 20.670 pontos
ASX 200: 0,23% / 6.823 pontos
ABERTURA
DAX: 0,074% / 13106,58 pontos
CAC 40: 0,423% / 6237,75 pontos
FTSE: 0,412% / 7336,35 pontos
Ibov. Fut.: -0,54% / 100525,00 pontos
S&P Fut.: 1,04% / 3964 pontos
Nasdaq Fut.: 1,678% / 12314,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,38% / 119,79 ptos
Petróleo WTI: 0,94% / $95,87
Petróleo Brent: 0,53% / $104,95
Ouro: 0,35% / $1.723,80
Minério de Ferro: 0,12% / $112,25
Soja: 1,11% / $1.551,00
Milho: -0,13% / $596,25
Café: 0,12% / $213,55
Açúcar: 0,34% / $17,55