O CMN manteve os juros de longo prazo (TJLP) em 7% ao ano e reduziu as metas de inflação para o biênio de 2019-2020, conforme citamos ontem.
A importância do sinal emitido pela autoridade econômica ainda não foi mensurada pelos investidores, porém coloca a questão fiscal mais do que nunca no fiel da balança para os juros brasileiros.
No contexto inédito de inflação recessiva e cenário climático favorável, a redução de foco nos preços ajudou à discussão, porém arma uma “bomba” futura, caso o fiscal não esteja minimamente ajustado. Em resumo, agora vai, ou vai.
Nos EUA, outro cenário inédito é o inverso de estagflação (estagnação econômica com inflação, algo comum nos anos 80 e 90 no Brasil), onde os sinais de aquecimento econômico se proliferam, enquanto os de inflação resistem em se manter baixo.
A preocupação é tanta que Bullard, membro do FOMC diz que as altas de juros são muito agressivas em vista aos indicadores econômicos. O maior temor do Fed é uma explosão de preços, baseados no aquecimento do mercado de trabalho.
O problema é que este medo já dura alguns anos e nunca acontece.
CENÁRIO POLÍTICO
O avanço de Temer com a vitória na CCJ ainda se contrapõe com a denúncia sendo apresentada na câmara e Maia indicando que não deve unifica-las, levando ao cenário que o planalto não desejaria.
Já nos tramites mais avançados, além da absolvição de Vaccari na segunda estancia, Fachin tirou agora de Moro o processo de Mantega, o que aparentemente começa a desmontar os desígnios da operação lava-jato.
Deste modo, os esforços de autopreservação da classe política continuam ativos e mais fortes do que nunca, apesar dos avanços e muitas vezes, tropeços, do judiciário.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, com o avanço de empresas do setor químico. Os futuros em NY abrem positivos ainda na leitura do PIB americano acima das expectativas, divulgado ontem.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, revertendo a tendência da abertura, enquanto os Treasuries operam com alta no rendimento nas curvas curtas e queda no rendimento das curvas longas.
Entre as commodities metálicas, o minério de ferro continua no ritmo de recuperação, principalmente no porto de Qindao, acompanhado pela platina, enquanto o restante opera em leve queda.
O petróleo mantém o ritmo de recuperação e opera em alta em NY e Londres, com o maior ganho semanal desde meados de maio.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3029 / 0,70 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,271%
Dólar / Yen : ¥ 111,98 / -0,178%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,284%
Dólar Fut. (1 m) : 3304,89 / 0,43 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 8,99 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 8,99 % aa (0,67%)
DI - Janeiro 21: 10,18 % aa (0,49%)
DI - Janeiro 25: 10,85 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,36% / 62.239 pontos
Dow Jones: -0,78% / 21.287 pontos
Nasdaq: -1,44% / 6.144 pontos
Nikkei: -0,92% / 20.033 pontos
Hang Seng: -0,77% / 25.765 pontos
ASX 200: -1,66% / 5.721 pontos
ABERTURA
DAX: 0,299% / 12453,33 pontos
CAC 40: 0,660% / 5188,36 pontos
FTSE: 0,318% / 7373,66 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 63008,00 pontos
S&P Fut.: 0,219% / 2425,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,398% / 5675,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,30% / 81,57 ptos
Petróleo WTI: 0,78% / $45,28
Petróleo Brent:0,55% / $47,68
Ouro: -0,13% / $1.243,92
Minério de Ferro: 0,16% / $55,79
Soja: 0,28% / $17,56
Milho: 0,83% / $363,50
Café: 1,63% / $124,75
Açúcar: 1,65% / $13,52