O resultado recente do PPI nos EUA pode ser ratificado pelo CPI hoje e concluir as perspectivas de elevação de juros americanos em 4 altas no total, ou seja, faltando mais duas até o final do ano.
Ainda que pareça haver uma precificação de tal movimento por investidores e analistas, o dólar continua a avançar em nível mundial e coleciona a maior alta em 13 meses, frente à uma série de divisas.
Tensões geopolíticas estão se alastrando diariamente, notadamente a questão da prisão de um pastor americano na Turquia tem ganhado foco mais recentemente, porém, eventos como as sanções ao Irã, problemas entre Rússia e EUA de diversas ordens, guerra comercial com a China mantém a tensão latente no cenário.
Localmente, os ativos reagem quase concomitantemente aos eventos internacionais, mas com a roupagem eleitoral, ou seja, o contexto de volatilidade dos mercados mantém um componente local adicional, o qual pode levar a movimentos mais extremos.
Hoje a atenção, além do CPI, fica para as vendas ao varejo resultantes do período pós-paralisação dos caminhoneiros em maio.
CENÁRIO POLÍTICO
Entre STF buscando na caneta um generoso ajuste salarial, a dificuldade de avanço das pautas importantes no congresso, notadamente a cessão onerosa e movimentos jurídicos para discussão de prisão em segunda instancia, temos as eleições majoritárias.
O debate de ontem entre os presidenciáveis, talvez pelo tempo exíguo para maiores regressões e digressões, ficou ‘raso como um pires’ nos temas importantes ao país e não teve vencedor claro e aparente.
Alckmin é o mais traquejado no embate, mas seu usual carisma fala somente à sua audiência, sem grandes avanços.
Ciro, Bolsonaro e Boulos buscaram o discurso mais populista e Meirelles foi professoral, ou seja, com Alckmin, só falou à sua audiência.
A mesma síndrome de carisma e mono-tom sofre Marina e por fim, nenhum ‘vencedor’ declarado ou mesmo influência nas próximas pesquisas de intensão de voto.
A eleição mais incerta, estranha e chata da história brasileira.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY operam em queda, com as tensões entre Turquia e EUA crescendo.
Na Ásia, o fechamento foi negativo na sua maioria, ainda pela guerra comercial.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, quedas generalizadas.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, as sanções dos EUA contra o Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 6.5%.
Destacam-se hoje aos resultados de Taurus, Indusval (SA:IDVL4), BRF (SA:BRFS3) e Alpargatas (SA:ALPA4).
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,801 / 0,76 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / -0,512%
Dólar / Yen : ¥ 110,89 / -0,171%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,437%
Dólar Fut. (1 m) : 3811,15 / 0,96 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,43 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,09 % aa (1,25%)
DI - Janeiro 21: 9,16 % aa (1,44%)
DI - Janeiro 25: 11,31 % aa (1,43%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,48% / 78.768 pontos
Dow Jones: -0,29% / 25.509 pontos
Nasdaq: 0,04% / 7.892 pontos
Nikkei: -1,33% / 22.298 pontos
Hang Seng: -0,84% / 28.367 pontos
ASX 200: -0,31% / 6.278 pontos
ABERTURA
DAX: -1,667% / 12464,74 pontos
CAC 40: -1,214% / 5435,48 pontos
FTSE: -0,443% / 7707,46 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 78766,00 pontos
S&P Fut.: -0,554% / 2838,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,535% / 7435,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,23% / 84,70 ptos
Petróleo WTI: 0,12% / $66,89
Petróleo Brent:0,39% / $72,35
Ouro: -0,12% / $1.211,06
Minério de Ferro: 0,19% / $68,94
Soja: -0,77% / $16,73
Milho: 0,00% / $369,00
Café: -0,74% / $107,05
Açúcar: -1,29% / $10,67