Os temores de um crescimento mais modesto da economia global começam a ganhar contornos mais técnicos, com a série de indicadores econômicos mais recentes, a maioria abaixo tanto das medições anteriores, quanto das projeções médias dos analistas.
Em alguns casos, o resultado absoluta, ou seja, em caráter anual preocupa em diversos setores econômicos e a atividade industrial global tem dado os sinais mais claros de desgaste, pois a falta de uma conclusão da discussão comercial entre China e EUA tende a agravar ainda mais o contexto.
Os indicadores de confiança e inflação tem mostrado a maior resiliência, por conta de um mercado de trabalho que não sofreu totalmente os efeitos de tal movimento negativo, porém, sem expectativas de mudanças no curto e médio prazo.
Para o Brasil, dependente de um contexto local a internacional mais positivo, os desafios do próximo biênio são grandes e a político agora e no futuro terão papel preponderante na volatilidade dos ativos de mercado financeiro.
Ainda que não se espere um trâmite acelerado da reforma da previdência, o ideal seria que os parlamentares da base e que apoiam o texto evitassem “valorizar o passe” nas discussões da câmara e desse celeridade às votações.
A demanda por avanços é imediata, ao menos os sinais, pois o otimismo condicionado no Brasil tem prazo de vencimento curto e pode azedar.
Atenção hoje aos resultados de BTG Pactual (SA:BPAC11).
CENÁRIO POLÍTICO
Como era de se esperar, o Centrão já deu as caras e começa ameaçar o governo de obstrução, caso algumas ‘demandas’ não sejam atendidas no curto prazo.
A velha política fisiológica retorna com unhas e dentes, depois que o governo não loteou cargos na esfera federal, com a maior parte das indicações de caráter técnico e retirada de comissionados.
Para a velha política, sobram os quinhões estaduais e os cargos de visibilidade em nível municipal, como por exemplo, os ligados à administração de água em estados no NE.
Como quer se distanciar do presidencialismo de cooptação que imperou no Brasil desde a redemocratização, a dificuldade é de entender, em vista a um tema tão sensível como a reforma da previdência, como o executivo vai se comportar em vista às infelizes tradições legislativas brasileiras.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a expectativa pelas conversas entre China e EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com dados corporativos.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, alta generalizada, com exceção para o ouro.
O petróleo abre em alta, com os cortes da OPEP, mas crescimento econômico mais modesta pesa
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,763 / 0,87 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,044%
Dólar / Yen : ¥ 110,88 / 0,163%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,192%
Dólar Fut. (1 m) : 3753,24 / 1,00 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,43 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,08 % aa (0,14%)
DI - Janeiro 23: 8,19 % aa (0,12%)
DI - Janeiro 25: 8,71 % aa (-0,11%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,40% / 96.932 pontos
Dow Jones: -0,40% / 25.851 pontos
Nasdaq: -0,39% / 7.460 pontos
Nikkei: -0,18% / 21.426 pontos
Hang Seng: 0,65% / 28.816 pontos
ASX 200: 0,46% / 6.167 pontos
ABERTURA
DAX: 0,623% / 11494,47 pontos
CAC 40: 0,291% / 5211,23 pontos
FTSE: 0,394% / 7195,65 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 97664,00 pontos
S&P Fut.: 0,324% / 2783,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,508% / 7070,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,17% / 82,11 ptos
Petróleo WTI: 0,84% / $57,44
Petróleo Brent:0,73% / $67,56
Ouro: -0,05% / $1.323,00
Minério de Ferro: -0,49% / $88,03
Soja: 0,86% / $16,49
Milho: 0,33% / $376,75
Café: -1,49% / $96,10
Açúcar: 0,60% / $13,40