Investing.com – Wall Street não conseguia manter os ganhos prévios porque papéis do setor de tecnologia pesavam mais uma vez no sentimento desta segunda-feira e investidores tinham pouco incentivo a partir dos dados macroeconômicos do dia.
Às 11h36 em horário local (12h36 em horário de Brasília), o Dow Jones avançava 24 pontos, ou 0,11%, o S&P 500 ganhava menos de um ponto, ou 0,01%, enquanto o Nasdaq Composite negociava em baixa de 30 pontos ou 0,47%.
Apesar de uma abertura inicial com ganhos sólidos nos três principais índices, o entusiasmo de compra diminuiu gradualmente conforme as negociações chegaram ao meio do dia.
O Nasdaq passou a ficar no vermelho porque ações do setor de tecnológica mais uma vez entraram em operação de venda, puxando para baixo o Dow, que chegou a ganhar 100 pontos, e levando o S&P de volta para a marca de inalterado.
No principal relatório econômico desta segunda-feira, investidores encontravam pouco alívio porque os pedidos de bens duráveis caíram mais do que o previsto e uma recuperação esperada na leitura do núcleo do índice foi mais fraca do que o consenso das estimativas.
O dólar caía frente a principais rivais nesta segunda, já que participantes do mercado assimilavam os dados e o mais recentes comentários de decisores do Federal Reserve (Fed).
No início da segunda-feira, John Williams, presidente do Fed de São Francisco, reiterou sua posição de que as taxas de juros devem subir gradualmente em esforço de manter o crescimento econômico sustentável.
Jerome Powell, dirigente do Fed, não fez comentários sobre política monetária ou perspectiva para a economia dos EUA em discurso que foi, em grande parte, uma repetição dos comentários da semana passada em que ele afirmava acreditar haver espaço para mais regulamentação sobre bancos.
William Dudley, dirigente do Fed de Nova York, continuava com seu clamor de mais endurecimento, explicando que a melhora nas condições financeiras justificava a remoção da política acomodatícia.
Embora os mercados esperam o discurso de Janet Yellen, presidente do Fed, sobre economia global na terça-feira para buscarem quaisquer novas indicações sobre o momento em que o Fed aumentará novamente os juros e/ou iniciará a redução de seu balanço patrimonial de US$ 4,5 trilhões, eles podem ter um aperitivo pois Ben Bernanke, ex-presidente do banco central norte-americano, fará um discurso intitulado "Quando o crescimento não é suficiente" às 14h30 (horário de Brasília).
Mercados continuam a discordar da projeção do Fed de que haverá mais um aumento dos juros este ano, com as apostas de outro aumento até dezembro em apenas 39% de chances, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
Em mercados de commodities, o ouro permanecia sob pressão nesta segunda-feira, embora o metal precioso tenha se recuperado da mínima da sessão.
Uma grande venda levou o ouro a cair 1,7% em apenas alguns segundos, embora a maioria dos analistas sugere que a negociação provavelmente foi um erro humano.
Enquanto isso, o petróleo tinha problemas para encontrar direção nesta segunda-feira, pois uma recuperação prévia após cinco semanas de perdas parecia diminuir pois o ouro negro continuava sob pressão do crescimento constante da produção de shale oil nos EUA.
Embora o Brent tenha conseguido retornar ao território positivo após perdas no início das negociações da manhã, tanto o barril de Londres quanto o barril West Texas Intermediate permaneciam longe da recuperação do início da sessão.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA subiam 0,37%, atingindo US$ 43,17 às 11h40 em horário local (12h40 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha aumento de 0,11%, com o barril negociado a US$ 45,80.