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Selic: Taxa de juros pode subir se não houver trégua entre Planalto e BC

Publicado 01.07.2024, 23:02
Atualizado 02.07.2024, 07:30
© Reuters.
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Investing.com - O dólar disparou novamente, com um novo estresse na curva de juros, nesta segunda-feira (01), após nova entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual critica o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e condiciona o indicado para suceder Campos Neto a estar alinhado com seu governo, além de não apresentar uma proposta de ajuste fiscal via corte de gastos. E caso não haja uma trégua, corre-se o risco do Copom ter que elevar a taxa Selic para conter uma maior deterioração na expectativa inflacionária influenciada pela alta do dólar - que já acumula avanço de 16,6% no ano, uma das 5 moedas mais desvalorizadas do mundo segundo a Austin Rating.

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Essa é a avaliação dos economistas Tony Volpon e André Perfeito. "Estamos contratando um choque inflacionário sem nenhuma razão", alerta Volpon, que já foi diretor do BC, em uma postagem no X (ex-Twitter). "Os economistas serão forçados a revisar tanto o IPCA quanto, principalmente, o IGP-M. Ambos já estão em alta no Focus e vão subir mais, provavelmente bem mais", aponta Perfeito, ex-economista-chefe da Necton Investimentos, em comentário para a imprensa.

Os economistas são enfáticos ao recomendar o fim do conflito institucional entre Palácio do Planalto e BC. "Membros do Copom com trânsito no Palácio do Planalto deveriam avisar ao governo que, se a escalada do dólar não for controlada, o BC terá que subir a taxa Selic em breve. Acho que seria bom evitar isso", sugere Volpon. "Parece que o BC não terá outra opção daqui a pouco que não seja iniciar um ciclo de aperto monetário", aponta Perfeito ao avaliar que o BC teria outros instrumentos para amenizar a escalada do dólar, como a intervenção no mercado cambial para controlar a volatilidade e a calibragem no comunicado para apaziguar os ânimos.

Mas, talvez a intervenção no câmbio não seja eficaz se o imbróglio continuar. "Membros do Copom com transito no Palácio do Planalto deveriam negociar uma trégua nessa “guerra de entrevistas” que está contribuindo para uma escalada destrutiva do dólar", prossegue Volpon na postagem do X.

Na avaliação de Perfeito, o BC não apresenta disposição em fazer a intervenção no mercado cambial, tampouco utilizar a comunicação para apaziguar os ânimos. "Como já sabemos o Copom se fez path dependent do Focus e assim não é difícil imaginar o que pode ocorrer", alerta Perfeito.

Não somente os economistas colocam na mesa a possibilidade de retomada do aperto monetário. A curva de juros fechou esta segunda-feira indicando alta da Selic já na reunião de 31 de julho, com 69% de possibilidade de alta de 25 pontos-base, de 10,5% para 10,75%. "Na curva de juros, já está no preço por volta de 150 pontos base de alta na Selic até janeiro de 2025, ou seja, a Selic sairia dos atuais 10,50% para 12%", diz Perfeito.

Foi a primeira vez que a precificação de uma alta da Selic este ano foi predominante. O início da precificação de retomada do aperto monetário começou no fim do pregão de 7 de junho após circulação no mercado de uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o governo mudaria o limite de despesas no arcabouço fiscal ao invés de promover corte de gastos, desmentida rapidamente pelo próprio ministro no mesmo dia.

CONFIRA: Curva de juros do Brasil

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