Investing.com – Após notícias na mídia de que o atual diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, cotado para ser o novo presidente da autarquia, teria sinalizado cautela sobre intervenção no câmbio, o ex-diretor do BC, Tony Volpon, disse que este é mais um exemplo de posição ortodoxa e que ele deve “esquecer tudo que escreveu”.
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Volpon, além de ex-diretor do Banco Central, é professor-adjunto da Georgetown University, em Washington, e coordenador acadêmico do Instituto Makros. Usando suas redes sociais, Volpon lembra que membros do governo vinham pedindo uma intervenção no câmbio diante da disparada da moeda americana frente ao real – chegando ao patamar de R$5,70. No entanto, Galípolo optou por se posicionar contrário a medidas deste tipo neste momento. Segundo Volpon, sua expectativa é de que a atuação de Gabriel Galípolo seja parecida com a do atual presidente, Roberto Campos Neto.
Em outra publicação, após notícia de que Galípolo seria confirmado como indicado, Volpon disse que ainda será preciso verificar como o atual diretor deve se posicionar em meio à deterioração das expectativas de inflação. “Espero que haja um incondicional compromisso com a meta de inflação. A ver”, pondera.
Em entrevista anterior ao Investing.com Brasil, Tony Volpon detalhou a decisão divida do Comitê de Política Monetária (Copom) em maio e apontou que o quadro apontado na época pelo colegiado era pessimista. O comitê vem reforçando o seu compromisso com o centro da meta, em 3%, e não com a banda, considerando o limite de 1,5 ponto percentual, em sua visão. Mesmo com a decisão dividida, Galípolo não teria articulado uma análise do cenário para justificar uma continuidade de corte de juros. A ata demonstrou os motivos da divisão: o guidance dado anteriormente. Na reunião seguinte, o Copom optou por manter os juros, de forma unânime, conforme esperado por Volpon.
Após o dado de inflação divulgado nesta quarta-feira, Tony Volpon disse que “a tragedia é que se não fosse todos os já conhecidos fatores piorando a perspectiva inflacionária, o BC poderia ainda estar cortando a Selic”. Segundo ele, “perdemos mais essa oportunidade”, lamenta.
Expectativa para anúncio
Economistas consultados pelo Investing.com Brasil avaliam que entre os motivos para elevação do prêmio de risco recentemente, estavam as críticas do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Banco Central, ao patamar da taxa de juros e ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Com a incerteza sobre a composição de um BC com novos indicados por Lula e a mudança do presidente, o mercado enxerga possível dificuldade na independência da futura gestão.
A expectativa é de que Galípolo seja confirmado como indicado em agosto, de acordo com o jornalista Lauro Jardim, colunista do jornal “O Globo”. Galípolo possui mestrado em Economia Política e graduação em Economia pela PUC-SP. Foi Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Conselheiro da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), CEO do Banco Fator e professor da PUC-SP.
Em entrevista à equipe, Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, disse que mesmo que uma eventual nova gestão seja mais heterodoxa, não haveria espaço para “invenção e aventuras”. Confira a entrevista completa com o economista.
Além disso, economista Paula Magalhães, doutora pela EESP-FGV, que já ocupou o cargo de economista-chefe da A. C. Pastore & Associados, de Affonso Celso Pastore, falecido neste ano, afirmou que “Galípolo precisará provar que não é leniente com a inflação”. Veja também a entrevista completa.
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