Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 11 de abril, sobre os mercados financeiros:
1. Trump considera ataque militar à Síria
Donald Trump, presidente norte-americano, e aliados ocidentais discutem possíveis ações militares para punir Bashar al-Assad, presidente da Síria, devido a um suposto ataque com gás venenoso ocorrido no fim de semana em uma cidade controlada por rebeldes que há muito tempo insurgiram contra forças do governo.
Na terça-feira, Trump cancelou uma viagem planejada à América Latina para se concentrar em responder ao incidente sírio, afirmou a Casa Branca. Na segunda-feira, ele havia alertado sobre a possibilidade de uma resposta rápida e contundente uma vez que fosse estabelecida a responsabilidade da Síria pelo ataque.
Na terça-feira, a Eurocontrol, agência pan-europeia de controle de tráfego aéreo, alertou companhias aéreas para agirem com cautela no leste do Mediterrâneo devido ao possível lançamento de ataques aéreos na Síria nas próximas 72 horas.
A notícia afirmou que mísseis no sentido ar-solo e mísseis de cruzeiro podem ser usados nesse período, um movimento que poderia provocar uma resposta da Rússia.
2. Mercado futuro dos EUA indica abertura em baixa
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em baixa, já que a possibilidade de um ataque militar na Síria fez investidores realizarem uma pausa.
O índice blue chip futuros do Dow perdia 80 pontos, ou cerca de 0,3%, os futuros do S&P 500 recuavam 12 pontos, ou quase 0,5%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 27 pontos ou cerca de 0,4%.
Ações do Facebook (NASDAQ:FB) irão permanecer em foco uma vez que Mark Zuckerberg, diretor-executivo da empresa, irá passar o segundo dia enfrentando questões de legisladores no Congresso a respeito do escândalo da Cambridge Analytica.
As bolsas norte-americanas tiveram alta na terça-feira, com as três médias mais importantes registrando ganhos de quase 2% após a China apresentar uma posição menso agressiva em relação às tensões comerciais com os EUA, aliviando temores de uma guerra comercial plena.
Do outro lado do Atlântico, na Europa, as mais importantes bolsas do continente caíam um pouco em um amplo recuo, embora resultados sólidos da varejista britânica Tesco (LON:TSCO) e força entre papéis do setor de telecomunicações limitavam as perdas.
Mais cedo, na Ásia, a maior parte dos mercados na região fechou em alta modesta, acompanhando ganhos ocorridos durante a noite nos EUA e na Europa.
3. Todos os olhos voltados à inflação dos EUA
O Departamento de Comércio irá publicar os números da inflação de março às 09h30, com investidores atentos para ver se os dados serão melhores do que o esperado, como foram os de preços ao produtor no dia anterior.
Analistas do mercado esperam que os preços ao consumidor tenham subido 2,4% em comparação ao ano anterior, alta a partir de 2,2% em fevereiro.
O núcleo da inflação, que exclui alimentos e combustível, tem projeções de subir para 2.1%, um pouco mais do que os ganhos de 1,8% registrados no mês precedente.
O núcleo dos preços é visto pelo Federal Reserve como uma melhor aferição da pressão inflacionária de longo prazo porque exclui as categorias voláteis de alimentação e energia.
Uma alta na inflação pode ser um sinal de que o Fede teria que elevar as taxas de juros mais rapidamente caso comece a ficar acima da meta de 2%.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais moedas, tinha leve baixa e estava em 89,23, menor nível desde 28 de março.
No mercado de títulos, o rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos estava pouco alterado em 2,797%.
4. Atas da Reunião do Fed
Ainda na tarde de hoje, o Federal Reserve irá divulgar as atas de sua mais recente reunião de política monetária às 15h00, o que pode fornecer mais indícios sobre o ritmo de futuros aumentos de juros neste ano.
O banco central norte-americano elevou as taxas de juros conforme era esperado em 21 de março e manteve sua projeção de mais dois aumentos este ano.
Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou na semana passada que o banco central provavelmente irá precisar continuar a aumentar as taxas de juros neste ano para manter a inflação sob controle. Ele acrescentou que é muito cedo para saber se a questão comercial irá pesar sobre a economia norte-americana.
Esses comentários sinalizaram que os custos de crédito irão continuar a subir neste ano apesar da recente volatilidade no mercado causada pela disputa comercial.
Operadores de futuros apostam em cerca de 90% de chances de aumento da taxa de juros em junho, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com. Apostas de um terceiro aumento em dezembro estão em cerca de 75%.
5. Relatório semanal da EIA em foco
Investidores de petróleo aguardam novos dados semanais sobre os estoques comerciais de petróleo bruto dos EUA para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo e a rapidez com que os níveis de produção irão continuar a subir.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial dos estoques de petróleo às 11h30, em meio a expectativas de redução de 0,2 milhão de barris.
O Instituto Americano de Petróleo afirmou na terça-feira que os estoques de petróleo dos EUA tiveram aumento de 1,8 milhões de barris na semana encerrada em 6 de abril. Frequentemente há fortes divergências entre os as estimativas do API e números oficiais da EIA.
A cotação do petróleo permanecia estável, com contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), negociados em Nova York, avançando US$ 0,10, para US$ 65,51 o barril, ao passo que contratos futuros de petróleo Brent tinham perdas de US$ 0,02 e o barril era negociado a US$ 71,02.
Ambas as referências tiveram ganhos de mais de 3% na terça-feira, com o Brent atingindo seu maior nível desde o final de 2014.
Embora a Síria não seja por si mesma um produtor significativo de petróleo, o Oriente Médio em geral é o mais importante exportador de petróleo do mundo e tensões na região tendem a deixar os mercados de petróleo apreensivos.