Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 27 de março, sobre os mercados financeiros:
1. Futuros em baixa, curva de rendimento permanece invertida
O mercado futuro dos EUA, apontava para uma abertura cautelosamente em baixa, com os investidores mantendo os olhos nos movimentos do mercado de títulos, já que a curva de juros permaneceu invertida pela quarta sessão consecutiva.
Às 8h00, o índice blue chip futuros do Dow caía 86 pontos, ou cerca de 0,45%, os futuros do S&P 500 cediam 8 pontos, ou cerca de 0,3%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 indicava uma abertura com queda de 0,2%.
Os rendimentos dos títulos do tesouro continuaram a ditar o sentimento, com o papel de referência, o título com vencimento em 10 anos, situando-se em 2,36%, o seu nível mais baixo desde dezembro de 2017.
O rendimento do letra do Tesouro de três meses estava em 2,45%.
Uma inversão da curva de rendimento foi, no passado, um indicador confiável de recessão, especialmente se mantida por um longo período de tempo.
Com relação aos dados econômicos, os números do comércio internacional para janeiro serão divulgados às 9h30. Os dados de saldo da conta corrente do quarto trimestre serão publicados ao mesmo tempo.
Na Europa, as bolsas estavam em baixa no comércio do meio da manhã, com muitas das principais bolsas em toda a região em território negativo.
Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam em diferentes direções.
2. Boeing se reúne com pilotos e reguladores sobre correção do 737 MAX
É um grande dia para a Boeing (NYSE:BA), em sua tentativa de reconstruir a confiança após dois acidentes fatais com aviões 737 MAX.
A empresa vai se reunir de mais de 200 pilotos de linhas aéreas globais, líderes técnicos e reguladores sobre atualizações de software e treinamento para sua aeronave 737 MAX.
A sessão em Renton, Washington, faz parte de um esforço para alcançar todos os atuais e futuros operadores do 737 MAX e seus reguladores domésticos para discutir atualizações de software e treinamento para o jato, disse a Boeing em um comunicado.
O 737 MAX é o avião mais vendido da Boeing, com pedidos de mais de US$ 500 bilhões a preços de tabela.
3. 'Votos Indicativos' do Brexit
A primeira-ministra britânica, Theresa May, deve indicar uma data para deixar o cargo como preço para conseguir que seu acordo Brexit duas vezes derrotado seja aprovado, enquanto o parlamento tenta escolher sua própria alternativa de uma lista de múltipla escolha de opções que vão desde um alinhamento pós-saída muito mais próximo com a UE até sair sem um acordo ou revogar a separação.
Com a política britânica fervendo, May deve indicar uma data para sua renúncia em um confronto com legisladores do Partido Conservador em uma reunião do Comitê 1922 em Westminster, por volta das 14h.
Antes disso, os legisladores iniciam um debate sobre o tipo de divórcio da UE que a quinta maior economia do mundo deve procurar. Eles votarão às 16h00 em uma cédula de voto para quantas propostas quiserem. Os resultados serão anunciados após as 18h00.
A libra também estava pouco alterada, com o par EUR/USD em torno de US$ 1,32.
4. Draghi moderado
O Banco Central Europeu está disposto a adiar ainda mais um aumento planejado da taxa de juros, se necessário, e pode considerar medidas para mitigar quaisquer efeitos colaterais das taxas de juros negativas, disse o presidente do BCE, Mario Draghi.
"Assim como fizemos em nossa reunião de março, vamos garantir que a política monetária continue acompanhando a economia, ajustando nossas estimativas futuras de modo a refletir as novas perspectivas para a inflação", disse Draghi em uma conferência em Frankfurt.
Invertendo o curso no início deste mês em meio a uma desaceleração inesperada, o BCE colocou planos para "normalizar" a política em espera, oferecendo aos bancos liquidez ainda maior e atrasando um aumento nas taxas, de baixas recordes até o próximo ano.
O euro foi negociado a US$ 1,1285.
5. Relatório de estoques de petróleo da EIA
Em commodities, a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial de oferta de petróleo referente à semana encerrada em 22 de março, às 11h30, horário de Brasília. Analistas esperam que o EIA relate um declínio de 1,2 milhão de barris nos estoques de petróleo.
O Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) disse nesta terça que os estoques de petróleo cru nos EUA subiram 1,9 milhão de barris na última semana.
Os números do API e da EIA geralmente divergem.
Os contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate nos EUA caíram 42 centavos, ou cerca de 0,7%, a US$ 59,51 por barril.
Os contratos futuros de petróleo Brent estavam cotados a US$ 67,21 por barril, com queda de 22 centavos, ou 0,3%.
Os preços permaneceram apoiados enquanto o principal porto de exportação de petróleo da Venezuela, o Porto José, e seus quatro beneficiadores de petróleo não puderam retomar as operações após um blecaute na segunda-feira, o segundo em um mês.
- Reuters contribuiu com esta reportagem