Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 8 de fevereiro, sobre os mercados financeiros:
1. Banco da Inglaterra deverá manter taxas como estão e mercados esperam indicações sobre aumentos
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) anunciará sua decisão sobre a taxa de juros às 10h00 desta quinta-feira. O banco central também publicará seu relatório trimestral da inflação no mesmo horário.
Mark Carney, dirigente do BoE, participará de uma entrevista coletiva 30 minutos após o anúncio.
Parece quase certo que o Comitê de Política Monetária do BoE irá manter as taxas de juros em 0,50% para que possa pesar o impacto do aumento dos juros em novembro na economia com o Brexit chegando, mas investidores cada vez mais esperam que outro aumento aconteça logo. Embora o consenso das projeções espere uma decisão unânime para manter a política monetária como está, alguns analistas sugerem que um ou dois decisores poderão começar a se dirigir para um aumento.
Dito isso, futuros financeiros precificam atualmente uma chance de 50% de um aumento de 25 pontos base em maio, uma continuação relativamente rápida do aumento do BoE em novembro, que foi o primeiro em uma década. Alguns investidores acreditam que as taxas poderão subir duas vezes neste ano.
2. Ouro cai à mínima de cinco semanas enquanto dólar se fortalece
A cotação do ouro estava em baixa nesta quinta-feira, atingindo o menor nível em cerca de um mês pois à medida que o dólar se fortalecia com expectativas de mais aumentos de juros dos EUA neste ano.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de ouro chegaram à mínima de US$ 1.311,70, pior nível desde 10 de janeiro. A cotação era de US$ 1.312,90 às 08h55, queda em torno de 0,1%.
O ouro está sob pressão uma vez que o índice dólar e os rendimentos de títulos do Tesouro dos EUA tiveram ganhos, reduzindo a demanda pelo metal precioso.
A alta nos rendimentos de títulos também aconteceu em meio a notícias de que líderes do Senado norte-americano chegaram a um acordo orçamentário de dois anos para elevar os gastos governamentais em quase US$ 300 bilhões.
Enquanto isso, a tendência ascendente da moeda norte-americana continuava no início do pregão desta quinta-feira. Frente a uma sexta de seis principais moedas rivais, o dólar norte-americano avançava em torno de 0,2% para 90,34 às 08h55, seu valor mais alto em duas semanas, ao passo que os rendimentos nos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos estavam em 2,833%, pouco abaixo de 2,885%, pico de quatro anos atingido na segunda-feira.
Embora participantes do mercado irão estar atentos aos pedidos semanais de seguro-desemprego que serão divulgados às 11h30, eles também irão prestar atenção a aparições públicas de decisores do Federal Reserve na busca de indicações sobre a trajetória futura dos juros dos EUA.
Robert Kaplan, presidente do Fed de Dallas, afirmou em uma entrevista à Bloomberg nesta quinta-feira que mais três aumentos de juros neste ano seria algo apropriado e insistiu que a melhor forma de sustentar a expansão econômica seria continuar a remover a política acomodatícia.
Os diferentes dos Feds de Filadélfia e Mineápolis, Patrick Harker e Neel Kashkari, respectivamente, possuem apresentações marcadas ainda para esta quinta-feira.
3. Nervosismo permanece em bolsas globais em meio a oscilações selvagens
A recente operação de vendas em bolsas globais e o aumento da volatilidade no mercado mantinha investidores à flor da pele nesta quinta-feira. O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura desigual em seus índices, já que lutam na busca de direção em torno da merca de inalterado. Às 08h57, o blue chip futuros do Dow caía 57 pontos, ou 0,23%, os futuros do S&P 500 recuavam 5 pontos, ou 0,19%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 2 pontos ou 0,03%.
Do outro lado do Atlântico, bolsas europeias estavam sob pressão nesta quinta-feira, sentindo o peso de ações de empresas de commodities e do setor de tecnologia apesar de um desempenho positivo no setor financeiro e sustentação obtida com informações de fusões e aquisições.
Mais cedo, bolsas de valores asiáticas fecharam de forma desigual com o Nikkei em alta de cerca de 1,1% e Shanghai Composite da China com perdas de 1,4%.
4. Yuan tem maior queda desde agosto de 2015 após dados de balança comercial da China
Embora os dados comerciais chineses tenham traçado um cenário positivo da força subjacente da segunda maior economia do mundo, com exportações saltando 11,1% e importações subindo 36,9% em janeiro, a balança comercial do país foi atingida por um grande aumento em compras de produtos estrangeiros.
A volatilidade aumentou nesta quinta-feira e, de acordo com informações da Bloomberg, a diferenças entre taxas onshore e offshore triplicou ao se comparar com o mesmo horário na quarta-feira.
Antes da correção de quinta-feira do yuan, a moeda havia chegado à máxima de duas semanas frente ao dólar, o que aumentou expectativas de que os decisores políticos interviriam para controlar os ganhos.
5. Petróleo continua a cair devido a produção recorde dos EUA
A cotação do petróleo permanecia sob pressão nesta quinta-feira, já que investidores se preocupavam com o aumento na produção norte-americana. Dados do governo confirmaram no dia anterior que a produção norte-americana saltou para 10,251 milhão de barris por dia, em alta a partir do recorde anterior de 10,044 milhões de barris por dia em 1970.
A produção norte-americana teve aumento de mais de 20% desde meados de 2016, prejudicando os esforços da Opep e da Rússia para equilibrar o mercado e impulsionar os preços ao reduzir a produção.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,55%, atingindo US$ 61,45 às 08h59, enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,47%, com o barril negociado a US$ 65,20.