Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 11 de outubro, sobre os mercados financeiros:
1. Liquidação em Wall Street aperta mercados globais
Os mercados acionários ao redor do mundo despencaram, continuando com as fortes perdas vistas no pregão anterior, à medida que crescentes temores sobre o crescimento econômico global e as contínuas tensões no comércio aumentaram a confiança dos investidores.
O sell-off começou em Wall Street na quarta-feira, com ambos Dow e S&P 500 alcançando suas maiores quedas em um dia desde o início de fevereiro, enquanto o Nasdaq marcou a maior liquidação em um único dia desde 24 de junho de 2016.
As coisas então se espalharam para a Ásia durante a noite, com todos os principais índices do continente sofrendo quedas maiores.
Na China, o Shanghai Composite caiu 5,2%, seu pior dia desde fevereiro de 2016, enquanto o Shenzhen composite despencou 6%. Os mercados do Japão também sofreu. O Nikkei caiu cerca de 4%.
O clima pessimista tomou conta da Europa, onde as ações caíram para o nível mais baixo em mais de 20 meses. Todas as principais bolsas da região estavam sendo negociadas no vermelho, com as ações de tecnologia carregando o peso da pressão de venda.
Em Wall Street, o mercado futuro dos EUA acumulava perdas antes da abertura de quinta-feira.
Às 06h30 (horário de Brasília), o índice blue chip futuros do Dow caía 260 pontos, ou cerca de 1%, os futuros do S&P 500 perdiam 24 pontos, ou cerca de 0,9%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 indicava um declínio de 54 pontos, ou aproximadamente 0,8%.
2. Trump aumenta ataques ao Fed
O presidente Donald Trump continuou seu discurso contra o Federal Reserve, colocando em cheque as decisões políticas do banco central e sugerindo que ele era o culpado pelo forte declínio do mercado na quarta-feira.
"Eu acho que ... o Fed está cometendo um erro. Eles são tão inflexíveis. Eu acho que o Fed ficou louco", disse Trump a repórteres antes de uma manifestação política na Pensilvânia na noite de quarta-feira.
O presidente também disse que a liquidação do mercado de ações de quarta-feira foi, de fato, uma "correção" aguardada.
"Na verdade, é uma correção que estamos esperando há muito tempo, mas eu realmente discordo do que o Fed está fazendo", acrescentou Trump.
O Fed elevou as taxas de juros no final do mês passado, o terceiro aumento da taxa este ano, e deve seguir com outro aumento antes do final de dezembro, levando a taxa básica de juros de 2,25 para 2,50%.
3. Dados da inflação à frente
Investidores receberão os principais dados sobre a inflação no período da manhã, com o relatório de setembro sobre os preços ao consumidor, que será divulgado às 09h30.
Os dados deverão fornecer sinais mais claros sobre o andamento da inflação e darão novas indicações sobre a frequência de aumentos das taxas de juros do Federal Reserve até o final do ano e além disso.
Espera-se que o índice de preços ao consumidor tenha subido 0,2% no mês passado e 2,4% no ano, de acordo com as estimativas.
O núcleo da inflação, que exclui os custos voláteis com alimentos e energia, está projetado para subir 2,3% em uma base ano após ano.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, estava 0,2% mais baixo, às 95,00.
No mercado de títulos, Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA estavam mais altos, o que faz com que os rendimentos caissem ao longo da curva; o rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos recuava para 3,16%.
4. Petróleo preparado para a pior queda de 2 dias desde julho
No mercado de commodities, o petróleo liderou a maior queda de dois dias desde julho, com uma queda nos mercados acionários globais abalando os investidores.
As preocupações com a oferta também diminuíram depois que um relatório da indústria mostrou que os estoques de petróleo cru subiram mais do que o esperado e, como Furacão Michael poupou as instalações de petróleo de danos significativos à medida que se espalhava pela Flórida.
Os futuros de petróleo caíam 1,8% em Nova York para atingir uma baixa de duas semanas de US$ 71,81 por barril, depois de recuar 2,4% na quarta-feira.
Enquanto isso, o petróleo Brent, referência global, estavam a US$ 81,41 o barril, uma queda de cerca de 2%. Mais cedo, eles chegaram a seu menor nível desde 28 de setembro com US$ 81,31, após fechar 2,2% menor na sessão anterior.
Olhando para o futuro, a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial de oferta de petróleo referente à semana encerrada em 5 de outubro. Às 12h00 (horário de Brasília).
Os dados saem um dia depois do habitual devido ao feriado do Dia de Colombo, observado na segunda-feira.
5. Bitcoin cai enquanto as criptomoedas juntam-se à liquidação global de ativos
O bitcoin e outras criptomoedas juntam-se à liquidação vista em outros ativos, com quase US$ 13 bilhões de valor sendo eliminados em questão de horas.
O bitcoin, a moeda digital mais valiosa do mundo foi negociado em baixa de cerca de 4,2% em US$ 6.307,10, na corretora Bitfinex, o menor nível desde 19 de setembro.
O ethereum, segunda maior criptomoeda em termos de capitalização de mercado, recuava 1% para US$ 1.321.
Enquanto isso, o XRP foi negociado a US$ 0,41224 uma queda de aproximadamente 12,2% durante o dia, enquanto o litecoin caía 10,4%, para US$ 51,34.
A queda ocorre em meio a novas advertências das autoridades financeiras sobre o rápido crescimento das moedas digitais e a ameaça potencial à economia.
"O rápido crescimento contínuo dos ativos criptográficos pode criar novas vulnerabilidades no sistema financeiro internacional", disse o Fundo Monetário Internacional em um relatório recente.