Investing.com - Leia as principais notícias que movimentam o mercado financeiro internacional nesta quinta-feira, 16 de maio.
1. Trump adia nova frente de batalha na guerra comercial
O presidente Donald Trump deverá adiar por mais seis meses a decisão de impor tarifas sobre importações de veículos produzidos no Japão e na Europa. Notícia da Bloomberg nesta quarta-feira mostrou que uma ordem executiva está sendo redigida e dá aos aliados dos EUA 180 dias para aderir voluntariamente a restrições.
A opção por adiar o conflito vem ao mesmo momento que a guerra comercial com a China se intensificou após o Departamento de Comércio banir a Huawei de vender equipamentos para redes 5G nos EUA e criou uma licença para que novas companhias possam entrar nesta área de tecnologia no país.
2. Wall Street aponta para abertura em alta
Os principais índices de Nova York operam com ganhos no pré-mercado, com investidores deixando de lado os dados fracos de indústria e varejo dos EUA e China divulgados ontem.
Às 8h00, os futuros do Dow tinha alta de 98 pontos, ou 0,3%, enquanto os futuros do S&P 500 avançavam 12 pontos, ou 0,4% e o contrato futuro do Nasdaq operava com ganhos de 30 pontos, ou 0,4%.
Antes da abertura do mercado, o gigante do varejo Walmart (NYSE:WMT) deverá publicar seu balanço do primeiro trimestre.
3. Quem tem medo de um sell-off das Treasuries mantidas pela China?
O rendimento nos títulos do Tesouro dos EUA continuam a ceder em meio à escalada da guerra comercial com a China aumentando a busca por portos-seguros. O rendimento no papel de referência com vencimento em 10 anos caiu para 2,37%. Os ganhos (yield) nos títulos do Tesouro americano caem de acordo com o aumento de sua demanda, e vice-versa.
Essa demanda por títulos ocorre mesmo com relatório do Tesouro dos EUA que mostrou, ontem, que a China vendeu papéis norte-americanos no ritmo mais forte em dois anos. Ao todo, o gigante asiático se desfez de US$ 20,5 bilhões em títulos.
O sell-off ocorreu antes de o presidente Donald Trump anunciar a elevação para 25%, de 10% das tarifas sobre US$ 200 bilhões de produtos chineses. A venda e a reação do mercado reduz um pouco o medo de que os chineses poderão usar a venda maciça de títulos dos EUA para elevar os juros da dívida e pressionar o país.
4. Petróleo avança com tensão no Oriente Médio e dados dos EUA
A commodity amplia seus ganhos nesta quinta-feira com o aumento das tensões no Oriente Médio e números dos EUA mostrando uma queda nos estoques de gasolina. Notícias indicando que a Rússia ainda não conseguiu se livrar da contaminação em um dos seus principais meios de exportação de petróleo para a Europa também apoiam a alta.
O WTI opera em alta de 1,1%, ou US$ 0,70, a US$ 62,71 o barril às 8h00, enquanto o Brent avança 0,9%, US$ 0,62, a US$ 72,39 o barril. Esse é um avanço de quase US$ 2 desde a mínima no intraday de segunda-feira.
Mais cedo nesta quinta-feira, a Arábia Saudita acusou formalmente os Houtis, grupo do Iêmen apoiado pelo Irã e contra quem trava uma guerra desde 2015, de usar drones para atacar suas instalações de petróleo. Isso ocorre apenas dois dias antes de reunião dos representantes da Opep e de grandes exportadores como Rússia para discutir o mercado de petróleo e preparar a posição do grupo sobre uma restrição ainda maior na oferta no encontro oficial do próximo mês.
5. T. Rowe Price se desfaz de participação na Tesla
Um dos maiores e mais antigos investidores públicos da Tesla (NASDAQ: TSLA), T. Rowe Price vendeu a maior parte de suas ações na fabricante de veículos elétricos no primeiro trimestre, de acordo com a divulgação do gestor do fundo.
A empresa cortou sua participação de ações da Tesla de 8,9 milhões de ações no início do ano para apenas 1,7 milhão de ações no final de março, de acordo com uma declaração da bolsa de valores.
A notícia parece deixar Tesla mais dependente do seu exército de investidores de varejo para mantê-la financiada enquanto tenta aumentar a produção e retornar à lucratividade.