Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 8 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. G7 sob observação para avaliar as tensões comerciais atuais
Participantes do mercado irão se concentrar na cúpula do G7, que começa nesta sexta-feira em Quebec, em meio a tensões entre os EUA e seus aliados do Grupo dos Sete.
A França e a Alemanha alertaram os EUA de que não assinariam um comunicado conjunto sem concessões, mas o principal assessor econômico dos Estados Unidos, Larry Kudlow, alertou nesta semana que o presidente do país, Donald Trump, não recuaria de sua dura posição nas relações comerciais.
"O presidente norte-americano pode não se importar em ficar isolado, mas também não nos importamos em assinar um acordo com seis países, se necessário", disparou o presidente francês Emmanuel Macron.
Trump não mostrou sinais de conciliação na noite de quinta-feira, quando acusou a França e o Canadá de "cobrarem tarifas massivas dos Estados Unidos e criarem barreiras não monetárias".
Trump também disse que estava "ansioso" por suas reuniões individuais com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e com o presidente francês, Emmanuel Macron, nos bastidores da cúpula.
Peter Altmaier, ministro alemão da Economia, pediu na sexta-feira que a Europa permaneça unificada diante do aumento das tensões comerciais com os EUA, dizendo que não está claro como uma cúpula do Grupo dos Sete países ricos terminará.
"Temos uma situação séria, não apenas desde a noite passada ou desta manhã, mas sim nas últimas semanas", disse Altmaier à emissora ZDF.
2. Bolsas globais em baixa devido a preocupações comerciais
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em baixa em Wall Street, já que investidores estavam mais cautelosos antes das tensões comerciais esperadas na cúpula do G7. Às 06h53, o blue chip futuros do Dow caía 162 pontos, ou 0,64%, os futuros do S&P 500 recuavam 17 pontos, ou 0,60%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 75 pontos ou 1,05%.
Do outro lado do Atlântico, as bolsas europeias refletiam a redução do apetite ao risco, operando em baixa nas negociações da metade do dia. Às 06h54, o índice pan-europeu Euro Stoxx 50 registrava redução de 0,9%, o DAX da Alemanha caía 1,1% e o FTSE 100 de Londres negociava em baixa de 0,8%.
Mais cedo, as bolsas asiáticas também compartilharam a operação de vendas, com o Nikkiei 225 do Japão fechando em baixa de 0,5%, enquanto o Shanghai Composite da China encerrou em queda de 1,4%.
3. Dólar quebra quatro dias seguidos de declínios
Em uma sessão sem grandes relatórios econômicos, o dólar se recuperava nesta sexta-feira, subindo depois de quatro sessões consecutivas no vermelho. Às 06h55, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, avançava 0,19% para 93,61.
O euro, em particular, acrescentou pressão negativa sobre o dólar depois que o economista-chefe do Banco Central Europeu, Peter Praet, disse na quarta-feira que as autoridades estão cada vez mais confiantes de que a inflação está voltando para a meta do banco e debaterão se irão começar a reduzir gradualmente seu programa de compra de ativos em sua reunião de política monetária na semana que vem.
Os investidores também estão se preparando para um aumento de juros dos EUA, esperado na semana que vem, quando o Federal Reserve irá concluir sua reunião de dois dias em 13 de junho. Com o movimento totalmente precificado nos mercados, investidores se concentrarão na entrevista coletiva após a reunião com o presidente do Fed, Jerome Powell, e as projeções econômicas atualizadas na busca de indicações sobre as perspectivas atuais para a política monetária e se o banco central planeja aumentar os juros em um total de três ou quatro vezes neste ano.
4. Petróleo em baixa com atenções voltadas à produção dos EUA
O petróleo estava em baixa nesta sexta-feira, já que investidores aguardavam a apresentação semanal da atividade de extração por parte da Baker Hughes nesta sexta-feira. O relatório fornecerá aos investidores uma nova visão sobre a produção e demanda de petróleo dos EUA, à medida que os investidores continuavam a se preocupar com o ritmo acelerado da produção dos EUA.
Dados da semana anterior mostraram que os exploradores dos EUA acrescentaram duas plataformas de petróleo na semana encerrada em 1º de junho, elevando a contagem total para 861, o nível mais alto desde março de 2015.
A produção de petróleo dos EUA saltou para um recorde de 10,8 milhões de barris por dia, informou a Administração de Informação de Energia dos EUA na quarta-feira.
Os contratos futuros de petróleo bruto nos EUA recuavam 0,39%, para US$ 65,69 às 06h56, enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,53%, com o barril negociado a US$ 76,91.
5. Déficit comercial EUA-China sobe para US$ 24,6 bilhões
A China manteve um sólido crescimento das exportações de 12,6% em maio, um pouco mais lento que em abril, mas ainda fornece boas notícias para os decisores de Pequim uma vez que lidam com duras negociações comerciais com Washington.
Os dados sobre relações comerciais divulgados na sexta-feira também mostraram que as importações da segunda maior economia do mundo também subiram mais do que o previsto em maio e no ritmo mais rápido desde janeiro.
No entanto, o superávit comercial da China com os EUA subiu 11,7%, para US$ 24,6 bilhões, e o número pode reforçar a determinação de Trump de impor novas tarifas contra a China já na próxima semana.