Investing.com - Essas são as cinco principais notícias que você precisa saber nos mercados financeiros na sexta-feira, 21 de dezembro:
1. Ameaça de paralisação do governo dos EUA em foco
Embora a Câmara dos Representantes dos EUA tenha aprovado uma medida temporária de financiamento nesta quinta-feira que incluía financiamento para o muro fronteiriço, as chances de aprovação do Senado são baixas, causando temores de que um acordo não seria fechado para evitar a paralisação do governo antes do prazo da meia-noite de sexta-feira.
A Câmara aprovou uma lei para manter o governo funcionando até 8 de fevereiro, mas o Senado, que se reúne às 15h00 (horário de Brasília), provavelmente derrubaria a proposta precisamente por causa dos mais de US$ 5 bilhões em financiamento para o muro.
O Senado aprovou um projeto de lei para manter o governo funcionando, mas o presidente americano Donald Trump recusou-se a assinar porque faltava o financiamento para a segurança nas fronteiras.
“Qualquer medida que financie o governo deve incluir a segurança nas fronteiras”, insistiu Trump.
Se o financiamento temporário não for aprovado, nove departamentos do governo, incluindo a Departamento de Segurança Interna dos EUA, fecharão antes do feriado de Natal, de acordo com a Bloomberg.
2. Bolsas globais em declínio com o aumento da preocupação da paralisação do governo dos EUA
As bolsas globais continuavam em forte queda nesta sexta-feira devido ao aumento das preocupações de recessão global e a paralisação pendente do governo dos EUA continuou a influir no apetite ao risco.
O mercado de futuro dos EUA apontaram para uma abertura mais baixa nesta sexta-feira, com o mercado à beira de uma declínio com a possibilidade da paralisação do governo dos EUA à partir da meia-noite. Espera-se que a negociação seja pequena, já que muitos traders já fizeram as malas antes do feriado de Natal. Às 09h22, o blue chip futuros do Dow caía 96 pontos, ou 0,42%, os futuros do S&P 500 recuavam 11 pontos, ou 0,44%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 32 pontos ou 0,51%.
Do outro lado do Atlântico, bolsas europeias estavam majoritariamente em baixa, já que investidores se preocupavam com possibilidade de paralisação do governo estadunidense e o recente aperto da política nos EUA convenceram os investidores a remover o risco de seus portfólios.
Mais cedo, as ações asiáticas também compartilhavam a aversão ao risco. O Nikkei do Japão fechou em queda de 1,1%, a maior queda desde meados de setembro de 2017, após ter desistido de 5,6% nessa semana, ao passo que o Shanghai Composite da China encerrou em baixa de cerca de 0,8%.
3. Enxurrada de dados para manter os investidores atentos
Embora muitos traders estejam fazendo as malas para os feriados, há uma onda de dados econômicos surgindo antes dos feriados.
O Departamento de Comércio apresentará relatórios sobre pedidos de bens duráveis para novembro às 11h30.
Na média, os economistas esperam que os pedidos de bens não perecíveis tenham subido 1,6% em relação ao mês passado e que os pedidos de bens duráveis, que excluem automóveis, tenham subido 0,3%.
A medida final do terceiro trimestre GDP também será divulgada neste período, com previsões de que ela permaneça na estimativa anterior de crescimento a uma taxa anual de 3,5%.
Às 13h00, os dados de novembro sobre as despesas e rendimentos serão publicados, e ambos deverão ter aumentado 0,3%. O índice de preços do PCE básico, o medidor de inflação favorito do Fed, deverá atingir uma taxa anual de 1,9%, um pouco abaixo da meta do Fed.
Também terá a medida final do índice de percepção do consumidor da Universidade de Michigan para dezembro. Economistas esperam que subiu ligeiramente de sua medida preliminar para 97,6.
4. Nike salta 8% com os resultados superando o consenso
Os sinais de alta são poucos e distantes, mas os fortes ganhos da Nike após o fechamento desta quinta-feira podem dar ao mercado otimismo em relação à compra.
A Nike divulgou um lucro do segundo trimestre fiscal de US$ 0,52 centavos por ação sobre vendas de US$ 9,4 bilhões. Isso superou as estimativas de lucro de 46 centavos por ação e vendas de US$ 9,17 bilhões.
A margem bruta foi de 43,8%, superando a projeção de 43,5%.
As ações da Nike (NYSE:NKE) subiam quase 8% no pregão de sexta-feira.
5. Petróleo no caminho de 10% de queda na semana
Os ganhos ocorridos durante a noite evaporaram no comércio de manhã cedo desta sexta-feira, com a cotação do petróleo num declínio semanal acentuado.
Os contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam US$ 0,35 centavos ou 0,76%, atingindo US$ 45,53 às 09h03, enquanto o petróleo Brent era negociado com uma queda US$ 0,70, ou 1,29%, para US$ 55,65.
O petróleo havia recebido um impulso da notícia de que a Opep planejava liberar as cotas individuais para seu corte de produção, mostrando que a Arábia Saudita reduziria mais do que o esperado.
Mas o interesse de compra diminuiu no início da manhã, caindo ainda mais em relação ao pico em outubro, já que as preocupações com a demanda por petróleo aumentaram devido à desaceleração da economia global e aos sinais de excesso de oferta.
As preocupações com o excesso global de oferta permanecerão no centro das atenções nesta sexta-feira, com os investidores observando uma medida dos futuros EUA. Saída com os dados semanais da Baker Hughes às 16h00 .
Os Bulls esperam que o número de plataformas domésticas ativas de perfuração para petróleo registre seu terceiro declínio em linha reta, depois de cair na semana passada por quatro para 873, o menor desde meados de outubro.