Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 29 de agosto, sobre os mercados financeiros:
1. Coreia do Norte dispara míssil sobre o Japão
A Coreia do Norte disparou um míssil nas primeiras horas do dia na Ásia que sobrevoou o Japão e caiu no Oceano Pacífico a apenas 1.180 quilômetros da região norte de Hokkaido, em um agravamento agudo das tensões na península coreana.
A última vez que um míssil do país sobrevoou o Japão foi em 2009.
EUA, Japão, e Coreia do Sul solicitaram ao Conselho de Segurança da ONU uma reunião para discutir o teste, afirmaram diplomatas. Uma reunião dos 15 membros do Conselho de Segurança ocorrerá ainda hoje, afirmaram.
Os mercados de todo o mundo ficaram agitados no início desse mês após o presidente Donald Trump advertir que a Coreia do Norte encontraria "fogo e fúria se continuasse a fazer ameaças contra os EUA.
Pyongyang respondeu afirmando considerar um ataque a Guam, território norte-americano, embora tenha recuado de alguma forma mais tarde.
2. Bolsas de todo o mundo caem com míssil norte-coreano agitando os mercados
Mercados de ações de todo o mundo caíam com negociações avessas ao risco após o último ato de provocação de Pyongyang ter aumentado as tensões globais.
Bolsas por toda a Ásia encerraram em baixa, com referências em Tóquio e Seul caindo acentuadamente.
Na Europa, as bolsas recuavam quase 2% para seus menores níveis em seis meses, com quase todas as bolsas na região em território negativo.
Enquanto isso, o mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura fraca em Wall Street, com os índices de referência mais importante em queda entre 0,6% e 1%.
O VIX, também conhecido como índice do medo de Wall Street, saltava quase 24% para 13,98.
3. Investidores buscam portos seguros
Ativos tradicionalmente considerados portos seguros como ouro, iene e franco suíço estavam em demanda, já que as preocupações geopolíticas aumentavam após o último lançamento de um míssil feito pela Coreia do Norte.
Os preços do ouro saltavam em torno de 1,2% e atingiam US$ 1.330,62, nível não visto desde 9 de novembro.
Enquanto isso, o dólar caía em torno de 0,7% frente ao iene, cotado a 108,50, após tocar a mínima de mais de quatro meses de 108,34.
A moeda dos EUA também estava em baixa frente ao franco suíço, como par USD/CHF recuando 1,1% para 0,9450, mínima de um mês.
Investidores também corriam para a segurança dos títulos do Tesouro dos EUA, levando o rendimento do título com vencimento em 10 anos para a mínima de nove meses de 2,086%.
4. Euro sobe acima de US$ 1,20 pela primeira vez desde janeiro de 2015
O euro subiu ao seu nível mais alto desde janeiro de 2015, já que investidores continuavam a comprar a moeda única após Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, não expressar preocupação com o recente aumento da divisa em seu discurso em Jackson Hole.
O euro estava cotado a 1,2058 frente ao dólar, alta de 0,7%, após atingir a máxima de 1,2069 mais cedo, nível não visto desde janeiro de 2015.
Subiu a novo pico de oito anos frente à libra britânica, com o par EUR/GBP cotado a 0,9305.
Enquanto isso, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,6% para 91,62 após ter caído para 91,56 mais cedo, menor nível desde janeiro de 2015.
5. Mercados de energia continuam a processar o impacto do Harvey
Os preços do petróleo tinham dificuldades em se recuperar das grandes perdas da sessão anterior, ao passo que os contratos futuros de gasolina recuavam de seus maiores níveis desde julho de 2015, já que mercados de energia continuavam a ponderar os dados da tempestade tropical Harvey.
Inundações imensas causadas por Harvey forçaram o fechamento de várias refinarias ao longo da costa do Golfo do México nos EUA, enquanto fortes chuvas se espelhavam pela área da grande Houston, que já tinha sido atingida por enchentes catastróficas.
A tempestade, que atingiu a costa dos EUA na sexta-feira, está preparada para recuperar força antes de voltar à costa novamente perto da fronteira entre Texas e Louisiana na quarta-feira.
O petróleo dos EUA subia cerca de 0,2%, chegando a US$ 46,64 o barril após ter caído a US$ 46,15 na sessão anterior, mínima de cinco semanas, ao passo que o Brent, referência global, recuava em torno de 0,2% para US$ 51,30.
Enquanto isso, contratos futuros de gasolina, que saltaram mais de 7% para o pico de dois anos de US$ 1,779, perdiam 1% e eram negociados por US$ 1,568 o galão.