Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta terça-feira, 30 de abril, sobre os mercados financeiros:
1. Queda da receita do Google pesa nas ações de tecnologia
A Alphabet (NASDAQ:GOOGL), matriz do Google viu suas ações despencarem quase 8% no pregão de terça-feira, depois que a empresa divulgou seus balanço trimestral.
A gigante da internet registrou seu crescimento de receita mais lento em três anos devido ao aumento da concorrência em publicidade e desafios no YouTube, plataforma na qual está lutando para garantir aos clientes que seus anúncios não patrocinem conteúdo adulto ou ofensivo.
A Alphabet informou que sua receita aumentou 17% no primeiro trimestre, para US$ 36,3 bilhões, diferente das previsões de US$ 37,3 bilhões e bem abaixo de um aumento anual de 26% visto nos três primeiros meses de 2018.
Isso aumentou a pressão sobre as outras ações de tecnologia, com índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 abaixo de 0,2% em comparação com as leituras do futuros do Dow e do futuros do S&P 500.
Os mercados terão mais resultados dos pesos pesados de tecnologia hoje, conforme a Apple (NASDAQ:AAPL) divulga seus números após o fechamento do mercado. Fora do setor de tecnologia, a General Electric (NYSE:GE), Mastercard (NYSE:MA), McDonald's (NYSE:MCD), Merck (NYSE: { {275|MRK}}) e Pfizer (NYSE:PFE) estão entre as empresas para prestar atenção antes da abertura.
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2. China relata fraca atividade industrial antes das negociações comerciais
A atividade industrial na China expandiu-se em um ritmo mais lento do que o previsto em abril, sugerindo que as medidas fiscais e de estímulo destinadas a revitalizar a economia ainda não foram totalmente bem-sucedidas.
O índice de gerentes de compra industrial, PMI, da China caiu para 50,1 este mês, ficando um pouco acima da marca de 50 que separa a expansão da contração economistas previam um aumento para 50,7.
A leitura mais fraca do que o esperado foi divulgada quando o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o secretário de comércio dos EUA, Robert Lighthizer, chegaram a Pequim para outra rodada de negociações comerciais com o vice-premier chinês Liu He, que continuarão na próxima semana em Washington D.C.
Mnuchin disse terça-feira que ele espera fazer progressos substanciais esta semana e na próxima, sem dar mais detalhes.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na semana passada que em breve receberia o presidente chinês, Xi Jinping, na Casa Branca. Uma reunião entre os dois líderes provavelmente os levaria a assinar um acordo para acabar com uma disputa sobre tarifas e acesso ao mercado.
3. O Fed dá início à sua reunião política em meio ao dados do consumidor e de habitação
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) inicia sua segunda-feira reunião de dois dias, em meio a expectativas de que as taxas de juros permaneçam inalteradas. Em sua reunião de março, o Fed indicou que vai adiar a elevação das taxas pelo o resto do ano, em meio a expectativas de um ritmo menor de crescimento econômico.
Embora os dados divulgados na semana passada tenham mostrado que o crescimento na economia dos EUA no primeiro trimestre, a expansão foi impulsionada por aumentos no comércio e nos estoques, que podem ser transitórios. O núcleo do índice de preços de consumo privado (PCE, na sigla em inglês), geralmente considerado o indicador de inflação preferido do Fed, diminuiu em março, apoiando os argumentos para uma pausa no aperto de política.
O presidente do Fed, Jerome Powell, fará uma coletiva de imprensa depois que a reunião terminar na quarta-feira.
Também no calendário econômico de terça-feira, os mercados avaliarão a leitura mais recente da força do consumidor com o índice de confiança do consumidor do Conference Board para abril.
No mercado imobiliário, a S&P/Case-Shiller lançará seu índice de preços de imóveis de fevereiro enquanto a Associação Nacional de Corretores de Imóveis publicará seu relatório sobre vendas pendentes de casas de março.
4. Trump processa Deutsche Bank e Capital One
O presidente dos EUA, Donald Trump, juntamente com seus três filhos mais velhos - Donald Jr., Eric e Ivanka - e sete de suas empresas, entraram com uma ação federal contra o Deutsche Bank (DE:DBKGn ) e Capital One (NYSE:COF) em uma tentativa de impedir que os bancos respondam a intimações do Congresso.
As intimações representam um aperto nas investigações no Congresso sobre o presidente, que ficou famoso com a tradição ao não divulgar suas declarações de imposto de renda durante a campanha de 2016. O processo alega que os pedidos de registro de comitês da Câmara controlados pelos democratas não servem a nenhum propósito legítimo ou lícito.
"As intimações foram feitas para perseguir o presidente Donald J. Trump, para vasculhar todos os aspectos de suas finanças pessoais, seus negócios e as informações privadas do presidente e de sua família", diz o processo.
5. Grande cliente da Boeing ameaça mudar para a Airbus
Na sequência de dois acidentes fatais que levaram à proibição dos jatos 737 MAX da Boeing, um dos principais clientes da empresa ameaçou encomendar aeronaves de seu concorrente Airbus (PA:AIR).
O diretor-presidente da FlyDubai, xeque Ahmed bin Saeed al-Maktoum, disse que buscará indenização pela proibição de 14 aviões 737 MAX e poderá buscar substitutos da Airbus, segundo um relatório do Financial Times.
A Boeing está lutando para apresentar uma solução de software e um novo pacote de treinamento de pilotos que convença os reguladores de que o avião é seguro para voar. A empresa admitiu na segunda-feira que um alerta na cabine de comando, notificando os pilotos sobre um mau funcionamento do sensor, não funcionou conforme deveria. O aviso só funcionava em um painel de indicadores separado que estava disponível com o pagamento de uma taxa.