Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 28 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Dirigentes de bancos centrais continuam no centro das atenções dos mercados
Após uma série de decisores de políticas monetárias ter se pronunciado na sessão anterior, incluindo Janet Yellen, presidente do Federal Reserve (Fed), que declarou não esperar outra crise financeira "durante nosso tempo de vida", o movimento continuará na quarta-feira com membros de bancos centrais que estão no fórum do Banco Central Europeu (BCE) em Sintra, Portugal.
O destaque acontecerá no painel de discussões de política monetária marcado para as 10h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira, com a participação de Mark Carney, dirigente do Banco da Inglaterra, Mario Draghi, presidente do BCE, Haruhiko Kuroda, dirigente do Banco do Japão e Stephen Poloz, dirigente do Banco do Canadá, com moderação de Karnit Flug, dirigente do Banco de Israel.
No calendário econômico dos EUA, investidores se concentrarão na balança comercial e nas vendas pendentes de imóveis, referentes ao mês de maio.
2. Dólar atinge mínima de 8 meses com tensão política devido ao adiamento da votação do sistema de saúde
O dólar permanecia sob pressão nesta quarta-feira, atingindo a mínima de oito meses após líderes Republicanos do Senado postergarem a votação sobre a ampla reforma do sistema de saúde até depois do recesso de 4 de julho do Congresso, com o intuito de obter mais apoio para o projeto de lei.
O atraso reacendeu preocupações com a habilidade da administração Trump impor cortes nos impostos e planos de estímulos fiscais sem antes conseguir a provar o projeto de lei do sistema de saúde.
Às 06h56 (horário de Brasília, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, tinha queda de apenas 0,18% chegando a 96,01.
A queda no dólar também dava impulso aos preços do ouro nesta quarta-feira, já que a commodity cotada em moeda norte-americana fica mais barata para investidores utilizando outras divisas.
Contratos futuros de ouro com vencimento em agosto na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York avançavam US$ 6,32, ou 0,5%, para US$ 1.253,31 a onça troy às 06h57 (horário de Brasília).
3. Euro continua rali para máxima de 1 ano
A fraqueza do dólar contribuía para a continuação do rali do euro, com o par EUR/USD tendo atingido a máxima de 1,1388 na quarta-feira, valor mais alto desde 24 de junho de 2016.
A cotação era 1,1361 às 6h57 (horário de Brasília), alta de cerca de 0,2% no dia.
O par recuperou 1,39% na terça-feira, o maior percentual de ganho em um dia desde junho do ano passado, após comentários otimistas de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, alimentarem especulações de que o banco central possa logo reduzir seu programa de compra de ativos.
4. Petróleo em dificuldades antes dos dados dos estoques dos EUA
Os preços do petróleo lutavam para se recuperar nas negociações do início da manhã desta quarta na América do Norte, reduzindo as perdas conforme investidores aguardavam dados semanais dos estoques de petróleo bruto e produtos refinados nos EUA, previstos para o final do dia.
Após os mercados fecharem na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques norte-americanos tiveram aumento de 851.000 barris na semana que se encerrou em 23 de junho, surpreendendo quem esperava redução de 2,6 milhões de barris.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), divulgará seu relatório semanal oficial dos estoques de petróleo às 11h30 (horário de Brasília), em meio a expectativas de redução de 2,585 milhões de barris.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA recuavam 0,29% para US$ 44,11 às 06h01 (horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,02% com o barril negociado a US$ 46,91.
Investidores também estarão atentos, na próxima quinta-feira, aos detalhes do discurso de Donald Trump, presidente norte-americano, sobre energia.
5. Bolsas de todo o mundo seguem Wall Street em baixa pois o sentimento de risco permanece estagnado
Bolsas de todo o mundo seguiam o fechamento anterior de Wall Street, em baixa, enquanto o adiamento da votação da reforma sistema de saúde dos EUA e a operação de venda do setor de tecnologia continuam a mexer com os sentimentos.
As bolsas asiáticas caíram nesta quarta-feira após Wall Street ter sido fortemente atingida pelo adiamento da votação da reforma do sistema de saúde. O Nikkei do Japão fechou em baixa de 0,49%, ao passo que o Shanghai Composite encerrou com perdas de 0,56%.
As bolsas europeias também sofriam com os sentimentos negativos. Às 07h02 (horário de Brasília), a referência europeia Euro Stoxx 50 caía 0,58%, o DAX perdia 0,59%, o CAC 40 negociava em baixa de 0,42% ao passo que o FTSE 100 recuava 0,07%.
O mercado futuro dos EUA sugeria que o Dow e o S&P poderiam passar por uma leve recuperação, mas indicava a continuação da queda na Nasdaq. Às 07h03 (horário de Brasília), o índice blue chip futuros do Dow subia 0,07%, os futuros do S&P 500 avançavam 0,07% e os futuros do Nasdaq 100 recuavam 0,20%.