Fique por dentro das principais notícias do mercado desta segunda-feira

Publicado 26.05.2025, 07:28
Atualizado 26.05.2025, 09:49
© Reuters

Investing.com – Os índices futuros das ações dos EUA operam em alta nesta segunda-feira, apesar de as bolsas de valores no país permanecerem fechadas hoje por conta do feriado de Memorial Day.

Os mercados na Ásia e na Europa repercutem o alívio momentâneo nas tensões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia, depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, adiou para julho a imposição de tarifas de 50% sobre produtos europeus.

Nos mercados de commodities, as atenções se voltam para um possível aumento de produção de petróleo na reunião da Opep+ e pelos desdobramentos das negociações nucleares entre EUA e Irã.

No Brasil, os investidores se preparam para uma semana repleta de dados econômicos importantes, com destaque para o PIB do primeiro trimestre.

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1. Índices futuros dos EUA em alta

Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em firme alta, após a decisão do presidente Donald Trump de adiar para julho a imposição de tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia.

Às 7 h de Brasília, o S&P 500 avançava 1,22%, o Nasdaq 100 subia 1,33% e o Dow Jones ganhava 1,08%, no mercado futuro, em um movimento que também reflete a expectativa pelos resultados trimestrais da Nvidia (NASDAQ:NVDA).

A gigante da inteligência artificial divulgará seu balanço após o fechamento de quarta-feira, com o mercado atento ao impacto das restrições às vendas de chips para a China e à resiliência da demanda por IA.

2. Bolsas da Ásia e da Europa

As bolsas europeias seguem o tom positivo, sustentadas pela sinalização de alívio nas tensões comerciais transatlânticas.

No momento da redação, o DAX, de Frankfurt, subia 1,4%, enquanto o CAC 40, em Paris, avançava 1%.

As ações das montadoras lideram os ganhos, com Mercedes-Benz e Volkswagen (ETR:VOWG) valorizando-se 1,7%, e BMW ganhando 1,3%, após a confirmação do adiamento das tarifas americanas sobre veículos europeus.

No setor de utilidade pública, os papéis da austríaca EVN AG dispararam 3%, após a companhia divulgar resultados robustos no primeiro semestre fiscal e reafirmar sua projeção de lucro líquido entre €400 milhões e €440 milhões.

Na Ásia, o desempenho dos mercados foi heterogêneo, em reação tanto à trégua comercial temporária quanto a novas ameaças comerciais.

As bolsas do Japão se destacaram, com o Nikkei 225 subindo 0,6% e o TOPIX avançando 0,5%, apoiadas na expectativa de progresso nas negociações comerciais com os EUA. A Nippon Steel (TYO:5401) saltou quase 4%, após sinalização favorável de Trump à aquisição da norte-americana U.S. Steel (NYSE:X).

Por outro lado, as ameaças tarifárias sobre iPhones derrubaram ações de fornecedores asiáticos da Apple (NASDAQ:AAPL), com quedas relevantes em papéis como AAC Technologies e Luxshare. Hong Kong recuou 0,2%, pressionado pela realização de lucros na BYD (SZ:002594), enquanto os índices chineses tiveram variações modestas e mistas.

3. Petróleo estável; ouro cai

O mercado de petróleo também reage à trégua tarifária, com os contratos futuros operando em leve alta.

O barril do Brent, referência internacional e para a Petrobras (BVMF:PETR4), subia 0,2%, a US$ 64,93, enquanto o barril do Texas (WTI) avança 0,3%, a US$ 61,69.

Apesar do alívio comercial, o avanço dos preços é limitado pela expectativa de que a Opep+ decida, na reunião de 1º de junho, elevar a produção em até 411 mil barris por dia, em meio a preocupações com excesso de oferta. Além disso, a possibilidade de avanço nas negociações nucleares entre EUA e Irã adiciona risco de aumento na oferta global de petróleo.

o ouro registra correção, após bater máximas históricas na semana anterior. O metal recua 1,02%, negociado a US$ 3.360,99 no mercado à vista.

Apesar do movimento de realização de lucros, o Citi elevou sua projeção de curto prazo para o ouro, agora estimando preços na faixa de US$ 3.100 a US$ 3.500 por onça, citando a combinação de incertezas geopolíticas, fragilidade fiscal dos EUA e deterioração do apetite por risco.

A platina e a prata acompanham a dinâmica positiva dos metais industriais, avançando 0,7% e 0,3%, respectivamente.

4. Dólar recua no exterior

O dólar opera em leve baixa contra as principais moedas, com o índice DXY recuando 0,1%, a 98,91 pontos, pressionado pela crescente preocupação com a situação fiscal dos EUA e pelo alerta do presidente do Federal Reserve de Minneapolis, Neel Kashkari, sobre os riscos de estagflação.

Kashkari indicou que o banco central deve manter os juros inalterados até, pelo menos, setembro, diante da combinação de incertezas macroeconômicas e choques de política comercial.

5. Semana de dados no Brasil

Os investidores locais se preparam para uma semana de dados econômicos importantes no Brasil, com destaque para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira.

As projeções para o PIB do 1º tri indicam crescimento entre 1,1% e 1,8% frente ao quarto trimestre de 2024, graças à recuperação do agronegócio, que avançou 6,1% segundo o IBC-Br e 12,2% conforme o Monitor do PIB da FGV.

Embora o setor agropecuário sustente o bom desempenho da atividade no início do ano, analistas apontam que a taxa Selic elevada, atualmente em 14,75%, tende a moderar o ritmo da economia nos próximos trimestres.

A expectativa oficial do governo é de crescimento de 1,6% no período, com consumo das famílias resiliente graças a políticas de transferência de renda, enquanto o mercado de trabalho segue aquecido, com taxa de desemprego no menor nível para o período desde 2012.

Os números do setor externo serão divulgados hoje, com déficit em transações correntes estimado por analistas em US$ 2 bilhões.

Na terça, teremos a divulgação do IPCA-15 de maio, com previsão de alta de 0,43% no mês, pressionado por energia elétrica, mas com alívio nos alimentos.

No dia seguinte, será a vez do mercado de trabalho, com possível avanço na geração de empregos e queda na taxa de desocupação, segundo diferentes projeções.

Na quinta, o banco central divulga o resultado fiscal de abril, projetando superávit mensal de R$ 11 bilhões, mas déficit de 0,1% do PIB em 12 meses, de acordo com o UBS BB.

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