Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 23 de julho, sobre os mercados financeiros:
1. Trump adverte o Irã para nunca ameaçar EUA
As preocupações em torno da geopolítica voltaram à tona depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou o presidente iraniano, Hassan Rouhani, em um post no final da noite de domingo no Twitter para "nunca mais ameaçar" os EUA ou "sofrer consequências".
O tuíte foi publicado horas depois de Rouhani dizer a Trump que políticas hostis em relação a Teerã poderiam levar "à mãe de todas as guerras".
A administração Trump tem criticado duramente o Irã, retirando-se do acordo nuclear firmado entre o país e o Ocidente, e deve restabelecer sanções a partir de novembro.
Trump também ameaçou interromper as exportações de petróleo iraniano, o que poderia prejudicar a economia iraniana.
2. Escalada na retórica EUA-Irã impulsiona petróleo
A cotação do petróleo foi impulsionada pela escalada na retórica entre Washington e Teerã.
A referência global do petróleo, o petróleo Brent com vencimento em setembro, avançava 0,65, ou cerca de 0,9%, para US$ 73,75. Os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, tinham alta de US$ 0,38, ou cerca de 0,6% e eram negociados a US$ 68,64.
O Irã é um importante produtor de petróleo do Oriente Médio e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Qualquer interrupção nos suprimentos de Teerã poderia aumentar o potencial de estoques globais mais reduzidos.
3. Alphabet dá início a semana cheia de resultados
Cerca de 170 empresas constituintes do S&P 500 e 11 empresas constituintes do Dow deverão divulgar seus resultados financeiros nesta semana, que será a mais agitada da temporada de resultados do segundo trimestre.
A maior parte do foco estará sobre o grupo de ações FANG.
Analistas esperam que, após o fechamento desta segunda-feira, a Alphabet (NASDAQ:GOOGL), matriz do Google, apresente lucros por ação de US$ 9,66 com receitas de US$ 25,58 billion.
Entre outros nomes de alto perfil do setor de tecnologia que farão a divulgação nesta semana estão Facebook (NASDAQ:FB), Amazon (NASDAQ:AMZN), Twitter (NYSE:TWTR), Intel (NASDAQ:INTC), Spotify (NYSE:SPOT), AMD (NASDAQ:AMD), PayPal (NASDAQ:PYPL) e Qualcomm (NASDAQ:QCOM).
Entre os nome fora do setor de tecnologia, Boeing (NYSE:BA), McDonald’s (NYSE:MCD), 3M (NYSE:MMM), United Technologies (NYSE:UTX), Exxon Mobil (NYSE:XOM), Chevron (NYSE:CVX), Verizon (NYSE:VZ), AT&T (NYSE:T), Comcast (NASDAQ:CMCSA), Coca-Cola (NYSE:KO), UPS (NYSE:UPS), General Motors (NYSE:GM), Visa (NYSE:V), Mastercard (NYSE:MA), Ford (NYSE:F), e Starbucks (NASDAQ:SBUX) também estão em pauta nesta semana.
Até o momento, 87 empresas constituintes do S&P 500 divulgaram seus últimos resultados trimestrais, das quais 83% superaram o consenso das estimativas, segundo a FactSet.
4. Mercado futuro dos EUA indica abertura em baixa
O mercado futuro dos EUA parecia preparado para começar a semana com uma nota pessimista, com os principais índices a caminho de abrir com perdas modestas, já que investidores se concentravam no último lote de balanços corporativos.
Às 06h30, o índice de tecnologia de futuros do Nasdaq 100 indicava perda de 20 pontos, ou cerca de 0,3%, na abertura. O índice blue chip futuros do Dow e os futuros do S&P 500 também indicavam um início da semana em baixa em seus respectivos pregões.
Já na Europa, a maioria das principais bolsas da região estava em baixa, com quase todos os setores no vermelho. Ações do setor automobilístico tinham o pior desempenho, já que as preocupações comerciais pesavam sobre os ânimos.
Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam desiguais, com o Nikkei do Japão se saindo pior, pressionado pela força do iene.
5. Comentários de Trump sobre o Fed mantêm dólar em baixa
Saindo do mercado de capitais, o dólar norte-americano enfrentava dificuldades frente a seus principais pares, já que investidores continuavam a digerir comentários do presidente Trump sobre a força do dólar.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, estava pouco alterado em 94,31. Durante a noite, caiu para 93,98, nível mais baixo desde 11 de julho.
Enquanto isso, no mercado de títulos, os preços dos títulos do Tesouro dos EUA estavam mais baixos, o que faz com que os rendimentos subam de forma geral; o rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos, tomado como referência, avançava para cerca de 2,88%, ao passo que o rendimento do título com vencimento em 2 anos, sensível ao Fed, se aproximava de 2,59%.
A percepção permanecia frágil depois que Trump lançou um raro ataque ao Federal Reserve no final da semana passada, alegando que seus planos para elevar as taxas de juros corriam o risco de minar seus esforços para fortalecer a economia.
Ele também lamentou a força da moeda dos EUA em postagens no Twitter, além de ter acusado a China e a União Europeia de manipulação de moeda e de taxa de juros, algo que, segundo ele, colocou os EUA em desvantagem.
Com relação a dados, o calendário econômico de segunda-feira traz aos investidores o relatório de junho sobre as vendas de imóveis usados às 11h00.