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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira

Publicado 29.02.2024, 05:54
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Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com – As atenções dos mercados estarão voltadas a importantes dados de inflação a serem divulgados hoje nos Estados Unidos e na Europa.

Em Wall Street, a queda dos principais índices acionários apontava para uma abertura no vermelho das Bolsas em Nova York, que devem, no entanto, encerrar o mês de fevereiro com ganhos. No âmbito corporativo, a diretoria da Open AI enfrenta uma possível investigação da SEC, Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.

No Brasil, ministros de Finanças do G20 discutem mais impostos para bilionários.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

1. Inflação em foco com dados do PCE na quinta-feira

O dado mais esperado da semana será o índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) de janeiro, que sai na quinta-feira e é o termômetro de inflação preferido pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).

Os números recentes da economia, especialmente o índice de preços ao consumidor (IPC), fizeram os investidores recuarem nas expectativas de cortes de juros pelo Fed ainda este ano. Eles vão ficar de olho para ver se o IPC de janeiro, que veio acima do esperado, terá reflexo no PCE, reforçando a cautela do Fed sobre o timing dos ajustes na política monetária.

A projeção é que a inflação anual do PCE, tanto a geral quanto a núcleo, recue para 2,4% e 2,8%, respectivamente, mas que os avanços mensais sejam robustos, de 0,3% e 0,4%.

Os futuros das bolsas americanas operavam em queda na quinta-feira, com os investidores à espera dos dados de inflação e também de mais balanços corporativos.

Às 7h59 (horário de Brasília), o contrato do Dow Jones futuro recuava 0,34%, o do S&P 500 futuro perdia 0,23% e o do Nasdaq 100 futuro cedia 0,23%.

Os três principais índices fecharam em baixa na quarta-feira, mas caminham para encerrar o mês com ganhos, após os resultados positivos da Nvidia (NASDAQ:NVDA) amenizarem as dúvidas sobre a sustentabilidade da recuperação baseada em inteligência artificial.

O Nasdaq Composto caminha para um ganho de mais de 5% no mês, o S&P 500 avançou 4,6% e o Dow Jones Industrial Average subiu 2,1%. Isso marcaria a primeira sequência de quatro meses de alta do DJIA desde maio de 2021.

Na quinta-feira, há mais balanços para analisar, incluindo os da Best Buy (NYSE:BBY), Hewlett Packard Enterprise (NYSE:HPE) e Bath & Body Works (NYSE:BBWI), além dos da Snowflake (NYSE:SNOW) e Salesforce (NYSE:CRM), que divulgaram os resultados após o fechamento de quarta-feira.

ACOMPANHE: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street

2. SEC apura crise na liderança da OpenAI

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) vai investigar a crise na liderança da OpenAI e a possibilidade de investidores terem sido enganados, segundo uma matéria do Wall Street Journal, que cita fontes próximas ao assunto.

A ação foi motivada pela decisão do conselho da OpenAI, em novembro, de demitir Sam Altman como CEO e tirá-lo do conselho, mas Altman voltou ao cargo poucos dias depois.

O regulador está de olho nas comunicações internas envolvendo Altman e também emitiu uma intimação à OpenAI em dezembro, de acordo com o relatório do WSJ.

A OpenAI ganhou notoriedade pública com o lançamento de seu software ChatGPT no final de 2022, que desencadeou uma corrida mais ampla pela inteligência artificial gerativa.

ENTREVISTA: Com boom da IA, veja os planos da Nvidia no Brasil e na América Latina

3. Inflação europeia em foco

Os mercados acompanham de perto os indicadores de inflação na Europa nesta quinta-feira, com a divulgação dos índices de preços ao consumidor (IPC) da Alemanha, França e Espanha, antecipando o resultado da zona do euro na sexta-feira.

A inflação no bloco monetário europeu está em queda, com o IPC de fevereiro recuando para 2,5% na comparação anual, ante 2,8% no mês anterior.

No entanto, os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) têm alertado que ainda é cedo para reduzir os juros na região.

O presidente do banco central alemão, Joachim Nagel, reforçou essa visão na quarta-feira.

"Não temos dados suficientes sobre a evolução salarial e a confirmação de que, com esses dados, conseguiremos trazer a inflação de volta a 2% em 2025", disse Nagel. "As projeções da próxima semana serão um ponto importante."

O BCE divulgará novas estimativas econômicas trimestrais na próxima quinta-feira.

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4. Petróleo recua com alta dos estoques nos EUA

Os preços do petróleo operam em baixa nesta quinta-feira, ampliando as perdas da sessão anterior, diante de um forte aumento dos estoques nos EUA, que aumenta as preocupações sobre a demanda no maior consumidor mundial.

Às 7h59, o petróleo WTI dos EUA caía 0,15%, para US$ 78,42 o barril, enquanto o Brent recuava 0,35%, para US$ 81,86 o barril.

Os estoques de petróleo bruto nos EUA subiram pela quinta semana seguida, avançando em 4,2 milhões de barris, para 447,2 milhões de barris na semana encerrada em 23 de fevereiro, segundo dados oficiais da Agência de Informação de Energia (EIA) divulgados na quarta-feira, reforçando as dúvidas dos investidores sobre o ritmo da economia e a demanda por petróleo no país.

Os investidores também ficam atentos aos dados de inflação dos EUA, que podem dar sinais sobre a atividade econômica futura, bem como aos acontecimentos no Oriente Médio e à possível prorrogação dos cortes voluntários na produção de petróleo do cartel Opep e seus aliados.

LEIA MAIS: Petróleo: Principal driver de preço deste ano é demanda, segundo este especialista

5. G20 no Brasil discute taxação global para super ricos.

Os ministros da economia e presidentes dos bancos centrais do G20, o grupo dos países mais ricos do mundo, seguem em conversas no Brasil para tratar do combate à pobreza e outros temas como financiamento sustentável, tributação justa, endividamento dos países e cooperação global. Nesta quinta, a discussão será em torno de uma taxação global para ricos.

Ontem, o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, criticou os super ricos, mencionando ainda a evasão fiscal e a flexibilização de leis trabalhistas. Para o ministro, os bilionários precisam pagar mais tributos para contribuir para a diminuição da desigualdade. “Precisamos admitir que ainda precisamos fazer com que bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos", disse Haddad em seu discurso ontem, ao lembrar que 1% das pessoas mais ricas do mundo possuem 43% dos ativos financeiros do planeta.

A nível local, o governo federal tem focado em medidas para aumentar a arrecadação para tentar equilibrar as contas públicas e vem fechando o cerco aos super ricos, com taxação de fundos exclusivos e offshore. Agora, a ideia é fomentar a criação de um imposto global para evitar a evasão de divisas.

Às 7h59 (de Brasília), o ETF (NYSE:EWZ) recuava 0,09% no pré-mercado.

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