Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 19 de abril, sobre os mercados financeiros:
1. Metais em alta devido a preocupações com sanções
O níquel ganhava fôlego nesta quinta-feira, subindo 4% devido a temores de que sanções norte-americanas à Rusal, importante produtora russa de alumínio, possam ser ampliadas e atingirem a Nornickel, importante fornecedora de níquel da Rússia.
Preocupações com um aperto no fornecimento global da commodity, que já está em déficit, fizeram com que o níquel subisse 20% apenas nesta semana, enquanto o alumínio, que também subia em torno de 2% nesta quinta-feira, acumulava ganhos de mais de 30% até agora neste mês.
2. Petróleo atinge máxima de três anos e meio antes de reunião da Opep
Em meio ao forte aumento das commodities visto nesta quinta-feira, a cotação do petróleo também atingia seu maior nível desde o final de 2014 enquanto investidores aguardam o resultado da reunião do comitê ministerial de monitoramento conjunto entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e países externos à organização.
O comitê poderá discutir novas metas de estoques que estenderiam seus cortes na produção para além deste ano uma vez que desejam eliminar o excesso de oferta.
A reunião será realizada em um cenário de redução dos estoques e das tensões geopolíticas que elevaram os preços.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA avançavam 0,82%, atingindo US$ 69,03 às 06h52, enquanto o petróleo Brent tinha ganhos de 0,87%, com o barril negociado a US$ 74,12.
3. Pedidos de seguro-desemprego, dados do Fed de Filadélfia e discursos de membros do Fed em pauta
O Departamento de Trabalho irá divulgar sua contagem do número de indivíduos que solicitaram assistência ao desemprego na semana encerrada em 13 de abril, o que deverá mostrar que os pedidos de seguro desemprego tiveram redução de 233.000 na semana anterior para 230.000. Os pedidos contínuos de seguro-desemprego têm projeções de queda de 1,871 milhão para 1,848 milhão.
O relatório sobre o mercado de trabalho está previsto para as 09h30, um dia após o Livro Bege do Fed ter mostrado que o aperto no mercado de trabalho ainda não aumentou a pressão de crescimento dos salários.
Também divulgado ao mesmo tempo, economistas preveem que o índice da atividade industrial do Fed de Filadélfia para abril apresente leitura de 20,8, um pouco abaixo da leitura de 22,3 vista em março.
Além disso, investidores estarão muito atentos a aparições públicas como as de Lael Brainard, diretora do Fed, às 09h, Randal Quarles, diretor do Fed, às 10h30 e Loretta Mester, presidente do Fed de Cleveland, às 19h45.
Os discursos de integrantes do Fed provavelmente serão monitorados de perto após James Bullard, dirigente do Fed de St. Louis, ter alertado que a curva de rendimentos pode inverter, o que seria um indicador prévio de recessão, dentro de seis meses.
Operadores de futuros apostam em cerca de 95% de chances de aumento da taxa de juros em junho, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com. Apostas de um terceiro aumento em dezembro estão em cerca de 85%.
4. Resultados corporativos irão continuar em foco
Resultados corporativos irão continuar a mobilizar preços de ações nesta quinta-feira, com Wall Street preparada para negociar com boas notícias, já que todas as seis empresas constituintes do S&P 500 que divulgaram após o fechamento da sessão anterior superaram estimativas.
Particularmente, American Express (NYSE:AXP) parecia preparada para ganhos sólidos após a emissora blue chip de cartões de crédito ter tido lucros que superaram o consenso uma vez que investimentos em recompensas de cartões e fortalecimento da economia norte-americana contribuíram para maiores gastos dos consumidores.
A temporada de resultados do primeiro trimestre está correndo bem, com 83% das 58 empresas constituintes do S&P que já divulgaram números superando tanto estimativas de lucros quanto de vendas, de acordo com The Earnings Scout.
Na pauta desta quinta-feira, Procter & Gamble (NYSE:PG), Bank of New York Mellon (NYSE:BK) (NYSE:BK), BB&T (NYSE:BBT), Blackstone (NYSE:BX) e Philip Morris (NYSE:PM) estão entre empresas que apresentarão seus balanços corporativos.
5. Bolsas preparadas para abertura fraca antes de resultados e dados
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em leve baixa nesta quinta-feira, já que investidores aguardavam balanços corporativos e dados econômicos para darem direção às negociações do dia. Às 06h54, o blue chip futuros do Dow estava inalterado, ou 0,19%, os futuros do S&P 500 recuavam 3 pontos, ou 0,09%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 3 pontos ou 0,04%.
Do outro lado do Atlântico, bolsas europeias perdiam a força na sequência de dois dias de rali com a maioria das bolsas mais importantes apresentando pouca alteração. O FTSE 100 era uma exceção notável, negociando em alta de 0,2%, já que o rali de commodities impulsionava ações em gigantes mineradoras e produtoras de petróleo.
Mais cedo, bolsas asiáticas encerraram em alta devido ao sentimento otimista em ações de recursos.