Investing.com – Os principais índices acionários futuros dos Estados Unidos operavam em baixa nesta segunda-feira, 8, com os investidores cautelosos antes da divulgação dos dados de inflação da maior economia do mundo, previstos para esta semana.
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Além disso, as ações da Boeing (NYSE:BA) despencavam quase 8,50% antes da abertura das bolsas em Nova York, após a fabricante de aeronaves e as autoridades norte-americanas entrarem em conflito sobre os critérios para inspeções de segurança, em vista de uma perigosa ruptura na fuselagem de um 737 Max em pleno voo.
Na Ásia, um executivo da divisão de veículos elétricos da Evergrande da China (OTC:EGRNY) foi preso sob suspeita de crimes.
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1. Futuros dos EUA recuam à espera de dados de inflação
Os futuros dos índices acionários dos Estados Unidos operavam em baixa nesta segunda, com os investidores cautelosos antes da divulgação dos dados de inflação da maior economia do mundo, previstos para esta semana. Os dados podem influenciar a forma como o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) conduzirá a política monetária em 2024.
Às 8h20 de Brasília, o S&P 500 recuava 7,7 pontos ou 0,16%, o Nasdaq 100 perdia 43,50 pontos ou 0,26%, e o Dow caía 199 pontos ou 0,53%, no mercado futuro.
A atenção dos mercados se volta para a publicação do índice de preços ao consumidor (IPC) dos EUA pela agência de estatísticas do trabalho (Bureau of Labor Statistics) na quinta-feira, 11, que deve mostrar que a inflação geral acelerou levemente para 3,2% em dezembro, ante 3,1% em novembro. Na comparação mensal, a expectativa é que o IPC avance 0,2%.
Mas o núcleo do IPC, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, é projetado para desacelerar para 3,8% na comparação anual e 0,2% na comparação mensal.
O comportamento da inflação pode afetar as expectativas de mercado para as taxas de juros dos EUA nos próximos meses. As esperanças de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) reduza os custos de empréstimos no início deste ano diminuíram recentemente, especialmente após as atas da última reunião do Fed mostrarem que os dirigentes acreditavam que as taxas poderiam permanecer elevadas "por algum tempo" para ajudar a trazer a inflação de volta à meta de 2%.
Evidências de que o Fed está enfrentando dificuldades para conter os aumentos de preços poderiam reduzir ainda mais o otimismo que prevalecia entre os investidores nas últimas semanas do ano passado.
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2. Boeing sob pressão
As ações da Boeing sofriam no pré-mercado de Nova York de hoje, após a fabricante de aeronaves e as autoridades dos EUA entrarem em conflito sobre os critérios para inspeções de segurança, depois de uma perigosa ruptura na fuselagem de um 737 Max em pleno voo.
Na sexta-feira, uma tampa de uma porta de emergência se soltou do lado esquerdo de um jato Boeing 737-9 Max logo após a decolagem de um voo da Alaska Airlines de Portland, Oregon para Ontario, Califórnia. Os pilotos retornaram e pousaram o avião. Vários passageiros foram tratados por ferimentos leves, mas não houve mortes relatadas.
A Federal Aviation Administration (FAA, a agência de aviação civil dos EUA) ordenou que cerca de 171 jatos da Boeing permanecessem em solo no sábado. A agência declarou mais tarde que os aviões não voltarão a voar até que tenha certeza da sua segurança.
No entanto, segundo a Reuters, que citou fontes familiarizadas com o assunto, a FAA e a Boeing ainda não concordaram sobre os critérios para as verificações de segurança - um passo crucial antes que as inspeções possam ocorrer e os voos possam ser retomados.
Enquanto isso, a Boeing pretende realizar uma reunião em toda a empresa para discutir o incidente, de acordo com notícias da mídia. A empresa já sofreu investigações por conta de dois acidentes fatais envolvendo seu avião 737 Max 8 em 2018 e 2019.
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3. Acordo bipartidário define teto de gastos federais nos EUA
Os líderes do congresso americano, tanto do partido democrata quanto do republicano, anunciaram que chegaram a um consenso para estabelecer o limite de gastos do governo federal para o ano fiscal de 2024 em cerca de US$ 1,66 trilhão.
O pacto preliminar surge em meio à pressa dos parlamentares em Washington para fechar um acordo que garanta o financiamento do governo antes que vários órgãos federais fiquem sem recursos ainda este mês.
O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, declarou que o acordo inclui "concessões duramente negociadas", enquanto os líderes democratas afirmaram que ele "abre caminho para o Congresso agir".
Um acordo final de orçamento precisaria ser aprovado tanto pela Câmara quanto pelo Senado antes de ser sancionado pelo presidente Joe Biden.
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4. Diretor de divisão de carros elétricos da Evergrande é preso e ações despencam
A unidade de veículos elétricos da Evergrande da China informou que seu vice-presidente, Liu Yongzhuo, foi preso e está sob investigação criminal, provocando uma forte queda nas ações da empresa negociadas em Hong Kong.
Em um comunicado à Bolsa de Valores de Hong Kong, o China Evergrande New Energy Vehicle Group anunciou que Liu foi detido conforme a lei sob suspeita de "crimes ilegais". Não foram dados mais detalhes.
O anúncio ocorre enquanto a Evergrande (HK:3333), empresa controladora da divisão e epicentro de uma crise imobiliária que ameaça abalar a economia chinesa, enfrenta uma audiência ainda este mês sobre as reivindicações de credores internacionais para a liquidação da empresa. Hui Ka Yan, presidente da Evergrande, também está sendo investigado por suspeitas de crimes, mostrou um comunicado separado em setembro.
A Evergrande NEV, que já teve planos de produzir um milhão de carros por ano até 2025, vendeu apenas 760 do seu único modelo de VE no primeiro semestre do ano passado. Ela também registrou um prejuízo líquido de 6,9 bilhões de iuan durante o período.
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5. Petróleo recua após corte de preços da Arábia Saudita
Os preços do petróleo abriram o dia em queda, após a Arábia Saudita reduzir os preços de suas exportações petrolíferas para clientes da Ásia aos níveis mais baixos em mais de dois anos, reforçando a narrativa atual de que a demanda global permanece fraca.
No momento da redação, o barril do West Texas Intermediate (WTI), que serve de referência para os EUA, eram negociados com queda de 2,78%, a US$ 71,76, enquanto o de Brent, referência mundial e para a Petrobras (BVMF:PETR4), caía 2,5%, para US$ 76,79, no mercado futuro.
A Arábia Saudita, grande exportadora do produto, cortou no domingo o preço oficial de venda de fevereiro do seu petróleo Arab Light (BVMF:LIGT3) para a Ásia, para o nível mais baixo em 27 meses.
Ainda assim, apesar das preocupações com a atividade econômica mundial, ambos os referenciais subiram mais de 2% na semana passada, devido às tensões geopolíticas no Oriente Médio, após ataques do grupo rebelde iemenita houthi a navios no mar Vermelho, causando interrupções na atividade de navegação na região.