Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo
Investing.com – A reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) será o principal foco desta semana, que também terá reuniões de política monetária dos bancos centrais do Japão, Inglaterra e Brasil.
Em Wall Street, a Apple e o Google estariam discutindo um acordo envolvendo inteligência artificial (IA), enquanto a Nvidia realiza sua última conferência para desenvolvedores.
No Brasil, notícias apontam para possível bloqueio de valores do governo em primeira revisão do orçamento deste ano.
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1. A reunião do Fed é foco da semana
Esta semana terá como destaque as reuniões de política monetária do Fed e de outros bancos centrais ao redor do mundo. No caso do Federal Reserve, a reunião de dois dias para definição dos juros começará na terça-feira, com seu anúncio previsto para quarta. A expectativa é que o BC americano mantenha as taxas inalteradas, depois que o presidente da instituição, Jerome Powell, disse no início deste mês que as autoridades querem mais evidências de que a inflação está desacelerando antes de começar a flexibilizar.
Dados acima das expectativas para preços ao produtor e consumidor nos EUA fizeram com que os investidores reduzissem suas apostas em futuros cortes do Fed, e agora buscam mais pistas sobre a perspectiva do banco central para cortes nas taxas, a resiliência da economia americana e a possibilidade de uma recuperação inflacionária.
O Banco do Japão também se reúne na terça-feira, em meio a especulações de que as autoridades devem decidir se encerrarão oito anos de taxas de juros negativas, o que marcaria uma mudança histórica em relação ao seu enorme programa de estímulo. No Brasil, a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) inicia na terça, com decisão na quarta pela noite e expectativa de corte de meio ponto percentual, conforme indicado nas comunicações anteriores do colegiado. Investidores estarão atentos ao forward guidance da autoridade monetária brasileira.
Na quinta-feira, os funcionários do Banco da Inglaterra se reúnem e espera-se que se mantenham firmes em relação às taxas de juros enquanto aguardam maior clareza sobre o crescimento dos salários, que continua mais forte do que nos EUA ou na zona do euro. Atualmente, os mercados esperam que o BoE comece a cortar os custos de empréstimos de 5,25% - o maior valor desde 2008 - em agosto, depois do Fed e do Banco Central Europeu.
Os futuros das ações dos EUA foram negociados em sua maior parte em alta nesta segunda-feira, antes do início da última reunião de definição de políticas do Federal Reserve, que pode oferecer pistas sobre as perspectivas do banco central para cortes nas taxas.
Às 7h53 (de Brasília), o contrato Dow futuros estava praticamente inalterado, enquanto o S&P 500 futuros subia 0,4%, e o Nasdaq 100 futuros ganhava 0,8%.
A reunião do Fed domina a atividade da semana, com os principais índices saindo de uma sequência de duas semanas de perdas, depois que as leituras do núcleo da inflação e da inflação no atacado de fevereiro, mais quentes do que o esperado, levaram os investidores a reduzir as apostas em futuros cortes nas taxas de juros.
A temporada de lucros já terminou em grande parte, mas ainda há resultados da fabricante de chips Micron Technology (NASDAQ:MU) e da gigante do transporte marítimo FedEx (NYSE:FDX) a serem estudados nesta semana.
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2. Apple em negociações com o Google sobre IA em iPhones
A Apple (NASDAQ:AAPL) está em negociações com o Google, da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), para incorporar recursos de IA em seus principais modelos de iPhone, informou a Bloomberg na segunda-feira.
As duas partes estão em negociações ativas para permitir que a Apple licencie o mecanismo de inteligência artificial Gemini do Google para o iPhone, de acordo com a agência de notícias, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
As negociações entre a Apple e o Google ainda estavam em estágios iniciais, e as duas empresas não haviam decidido sobre nenhum acordo ou marca. Atualmente, a Apple tem um acordo com o Google, segundo o qual o mecanismo de busca deste último é o mecanismo de busca padrão do navegador Safari da Apple.
A fabricante do iPhone está um pouco atrasada em relação a seus pares na implementação de recursos de IA para suas principais ofertas - recursos que a rival Samsung Electronics (KS:005930) e o Google já incorporaram nos últimos meses.
3. Conferência de desenvolvedores da Nvidia
A próxima conferência de desenvolvedores GTC da Nvidia (NASDAQ:NVDA) está programada para começar na segunda-feira - o primeiro evento desse tipo a ser realizado de forma presencial após a pandemia.
A expectativa é que a empresa, que está no centro de uma recuperação do mercado impulsionada pela IA no ano passado, revele seus novos chips principais, projetados especificamente para o desenvolvimento de IA.
A Nvidia tem sido uma das empresas mais procuradas no último ano, com seus ganhos no acumulado do ano já tendo acrescentado US$ 1 trilhão à avaliação de mercado da empresa, catapultando-a para uma posição como a ação de melhor desempenho no S&P 500 Index.
As ações apresentaram alguma volatilidade desde o fechamento de um recorde de alta em 7 de março e os investidores, sem dúvida, estarão ansiosos para ouvir qualquer anúncio relacionado à IA que possa desencadear novos ganhos.
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4. Petróleo sobe com fortes dados na China
Os preços do petróleo subiam nesta segunda-feira, ampliando os ganhos da semana passada, com a perspectiva de maior demanda global, antes de uma série de reuniões importantes dos bancos centrais nesta semana, lideradas pelo Federal Reserve.
Às 7h53 (de Brasília), os futuros do petróleo dos EUA eram negociados 0,87% mais altos, a US$ 81,28 por barril, enquanto o contrato do Brent subia 0,74%, para US$ 85,97 por barril.
O mercado petrolífero tocou as máximas de quatro meses na semana passada, após sinais de forte demanda das refinarias dos EUA, ataques à infraestrutura de energia russa e previsões positivas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e da Administração Internacional de Energia.
Esse tom positivo foi ajudado pelos dados chineses que surpreenderam positivamente, já que a produção industrial subiu 7% ao ano em janeiro e fevereiro, enquanto as vendas no varejo cresceram 5,5% em relação ao ano anterior, de acordo com dados divulgados na segunda-feira.
Entretanto, os ganhos foram limitados na segunda-feira, já que os investidores aguardavam uma série de reuniões importantes dos bancos centrais nesta semana, principalmente do Fed.
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5. Possível bloqueio bilionário em foco no Brasil - Folha
O governo federal deve precisar efetuar um bloqueio de R$5 bilhões a R$15 bilhões após a sua primeira revisão do Orçamento, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo. A medida, segundo a Folha, visaria evitar ultrapassar o limite de despesas previsto no novo arcabouço fiscal, mas não se trataria de um contingenciamento.
Segundo a Folha, a equipe econômica deve precisar realizar o bloqueio preventivo devido ao crescimento dos gastos obrigatórios de políticas como Previdência, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária).
O governo estaria em fase de discussão sobre o valor do bloqueio, em meio à preparação do primeiro relatório bimestral de receitas e despesas, que será destinado na sexta ao Congresso.
Às 7h54 (de Brasília), o ETF (NYSE:EWZ) subia 0,87% no pré-mercado.
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