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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta sexta-feira

Publicado 05.04.2024, 05:12
Atualizado 05.04.2024, 08:00
© Reuters.
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Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com – Todas as atenções estão voltadas para a divulgação do tão aguardado relatório mensal de empregos (payroll) dos EUA, em busca de pistas sobre quando o Federal Reserve (Fed, banco central americano) começará a cortar as taxas de juros.

No cenário corporativo, a Apple anunciou seus primeiros cortes de empregos desde a pandemia, enquanto a secretária do Tesouro, Janet Yellen, está em visita à China.

Aqui no Brasil, notícias na mídia indicam possível acordo para pagamento de dividendos extraordinários da estatal de petróleo Petrobras, enquanto rondam incertezas sobre manutenção de seu CEO no cargo.

CONFIRA: Calendário econômico do Investing.com

1. Payroll em foco nos EUA

O foco principal da sexta-feira será o relatório mensal da folha de pagamento não-agrícola dos EUA (payroll), com divulgação prevista as 9h30 no horário de Brasília, o que pode ser decisivo para um possível primeiro corte nas taxas do Federal Reserve em junho.

Uma série de autoridades do Fed, incluindo o presidente Jerome Powell, enfatizou a necessidade de o banco central dos EUA continuar a estudar mais dados antes de iniciar um ciclo de corte de taxas.

O crescimento da produção industrial dos EUA no início da semana fez com que os investidores reduzissem as apostas de um ciclo iminente de flexibilização do Fed, mas voltaram atrás depois de uma pesquisa pessimista do setor de serviços dos EUA divulgada dias depois.

As expectativas são de que as folhas de pagamento não agrícolas tenham aumentado 212.000 empregos em março, uma queda em relação aos 275.000 empregos do mês anterior, em meio a sinais preliminares de que as condições do mercado de trabalho na maior economia do mundo estão se atenuando.

Dito isso, "estimamos que as folhas de pagamento não agrícolas aumentaram em 240 mil em março - acima do consenso", disseram analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS), em uma nota. "Nossa previsão reflete um impulso contínuo da imigração acima do normal, uma vez que os novos entrantes na força de trabalho são combinados com as vagas abertas."

Os investidores - e o Federal Reserve - também estarão de olho no crescimento dos salários, com a expectativa de que os ganhos médios por hora tenham aumentado 0,3% em março, acima da alta de 0,1% registrado em fevereiro.

Os futuros das ações dos EUA subiram na sexta-feira, recuperando-se um pouco após a forte venda da sessão anterior, com o foco na divulgação de dados importantes do mercado de trabalho.

Às 7h50 (de Brasília), o contrato Dow futuros estava 0,2% mais alto, o S&P 500 futuros subia 0,3%, e o Nasdaq 100 futuros subiu 0,39%.

Os principais índices de Wall Street fecharam em forte queda na quinta-feira, depois que o presidente do Federal Reserve de Minneapolis, Neel Kashkari, questionou se as taxas de juros deveriam ser reduzidas este ano, já que a inflação permaneceu acima da meta.

O índice de blue-chips Dow Jones Industrial caiu bem mais de 500 pontos, ou 1,4%, sua maior queda diária em mais de um ano, enquanto o S&P 500 index, de base ampla, caiu 1,2% e o Nasdaq Composite, com grande peso de tecnologia, caiu 1,4%.

Todos os três índices estão caminhando para semanas de perdas, com o Dow tendo seu pior desempenho semanal desde março de 2023.

Todas as atenções estão agora voltadas para a divulgação do importantíssimo relatório mensal oficial de empregos no final da sessão [veja acima], que poderá fornecer informações importantes enquanto o Fed procura decidir quando começar a cortar as taxas de juros.

ACOMPANHE: Cotações das ações americanas

2. Apple anuncia demissões na Califórnia

A Apple (NASDAQ:AAPL) anunciou que está demitindo mais de 600 funcionários na Califórnia, sua primeira grande perda de empregos desde a pandemia.

A notícia chega apenas algumas semanas depois que a Apple cancelou um projeto de longa duração para construir um carro elétrico e autônomo em uma equipe chamada Grupo de Projetos Especiais. A gigante da tecnologia teve um ano de 2024 difícil, com o preço de suas ações caindo quase 12% no acumulado do ano.

No mês passado, o Departamento de Justiça dos EUA anunciou planos de processar a fabricante do iPhone por monopolizar o mercado de smartphones, alertando que uma ordem de desmembramento não está excluída como um remédio para restaurar a concorrência.

Além disso, as vendas do iPhone da Apple na China caíram 24% em relação ao ano anterior nas primeiras seis semanas de 2024, de acordo com dados da empresa de pesquisa Counterpoint.

Esse declínio acentuado, que ocorre na maior arena de smartphones do mundo, reflete não apenas uma demanda reduzida pelo dispositivo de destaque da Apple, mas também sinaliza a intensificação da concorrência dos fabricantes locais.

3. Yellen pede que a China resolva o problema do excesso de capacidade

Janet Yellen iniciou uma visita de cinco dias à China, sua segunda como Secretária do Tesouro dos EUA, em uma ação que visa, em parte, tentar aliviar as tensões entre as duas maiores potências econômicas do mundo.

Yellen disse, antes de sua chegada, que sua visita seria uma "continuação do diálogo que temos mantido e aprofundado" desde que o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente chinês, Xi Jinping, se reuniram em 2022 na Indonésia.

Na sexta-feira, ela pediu igualdade de condições para empresas e trabalhadores americanos, ao mesmo tempo em que apontou os problemas que o excesso de capacidade fabril da China e o aumento das exportações estão causando no exterior, alimentando possíveis tensões comerciais. "Acredito que lidar com o excesso de capacidade e, de forma mais geral, considerar reformas baseadas no mercado, é do interesse da China", disse ela.

CONFIRA: Cotação das principais commodities

4. Petróleo sobe com os temores do Oriente Médio

Os preços do petróleo estavam em alta na sexta-feira, depois de terem subido para o nível mais alto em cinco meses, já que o agravamento das tensões geopolíticas no Oriente Médio aumentou as preocupações sobre o aperto da oferta.

Às 7h50, os futuros do petróleo dos EUA eram negociados 0,15% mais altos, a US$86,72 por barril, enquanto o contrato do Brent subia 0,33%, para US$ 90,95 por barril.

Ambos os índices de referência subiram para seus níveis mais altos desde outubro e devem registrar ganhos de mais de 2% esta semana, subindo pela segunda semana consecutiva.

O Irã, terceiro maior produtor da Opep, prometeu vingança contra Israel por um ataque à embaixada do Irã na Síria na segunda-feira, e Israel prometeu se defender.

Um surto mais amplo de guerra no Oriente Médio pode ser o prenúncio de mais interrupções no fornecimento de petróleo, o que pode apertar ainda mais os mercados nos próximos meses.

As expectativas de mercados apertados foram reforçadas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, que mantiveram seu ritmo atual de cortes de produção nesta semana, enquanto os ataques de drones ucranianos contra refinarias na Rússia podem ter interrompido mais de 15% da capacidade russa, disse uma autoridade da OTAN na quinta-feira.

Embora a perspectiva de mercados mais apertados tenha sido um pouco compensada por dados que mostram que a produção dos EUA permaneceu em níveis recordes na semana passada, um aumento maior do que o esperado nos estoques de gasolina dos EUA indicou que a demanda no maior consumidor de combustível do mundo também estava aumentando.

O foco agora está nos principais dados da folha de pagamento não-agrícola, que serão divulgados na sexta-feira, para obter mais informações sobre a economia dos EUA.

5. Petrobras enfrenta dúvidas sobre dividendos e situação de CEO

Investidores da repercutem notícias sobre possível saída do atual presidente da estatal de petróleo Petrobras (BVMF:PETR4) e sobre um acordo de ministros do governo para pagamento de dividendos extraordinários, com distribuição aguardada desde a divulgação do último balanço da empresa. Enquanto isso, a petroleira alega que não tomou nenhuma decisão.

ENTENDA: Petrobras (PETR4): Ministros firmam acordo para pagar dividendo extra, diz O Globo

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, seria um dos nomes cotados para assumir a presidência, de acordo com a CNN, em meio aos conflitos de Jean Paul Prates com ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além disso, coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, afirmou que os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Rui Costa, da Casa Civil, teriam selado um acordo para pagamento de dividendos extras. Já a coluna de Roseann Kennedy, do Estadão, aponta que Lula teria pedido para a companhia fazer contas antes da distribuição.

Em comunicado após a repercussão de coluna do jornal O Globo, a Petrobras alegou que não há decisão quanto à distribuição de dividendos extraordinários. “O Conselho de Administração (CA) da Petrobras propôs à Assembleia Geral Ordinária que o valor de R$ 43,9 bilhões referente ao lucro remanescente do exercício de 2023 seja integralmente destinado para a reserva de remuneração do capital”, destaca a Petrobras, que afirma que a competência para aprovar a destinação destes dividendos, é da Assembleia Geral de Acionistas, marcada para 25 de abril.

Às 7h50 (de Brasília), os ADRs da Petrobras (NYSE:PBR) recuavam 0,39% no pré-mercado, a US$15,46.

O ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 0,03%.

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