Liquidação ou Correção de Mercado? Seja como for, aqui está o que fazer em seguidaVejas ações caras

Fique por dentro das principais notícias do mercado desta sexta-feira

Publicado 20.09.2024, 08:02
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Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo

Investing.com -- Os futuros das ações dos EUA apresentaram resultados mistos na sexta-feira, seguindo uma recuperação vigorosa e recorde em Wall Street na sessão anterior.

O interesse por ações de tecnologia e outros ativos de risco intensificou-se com a redução da taxa de juros pelo Federal Reserve nesta semana, enquanto os recentes dados sobre novos pedidos de auxílio-desemprego aumentaram as expectativas de que custos do crédito mais baixos sustentarão a procura por trabalho sem reacender as pressões inflacionárias.

Paralelamente, o Banco do Japão decidiu manter suas taxas de juros inalteradas e a Nike comunicou a iminente partida de seu CEO, John Donahoe.

No Brasil, o governo avalia a possibilidade de reintroduzir o horário de verão.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

1. Queda dos futuros americanos

Os futuros de ações dos EUA operavam mistos na sexta-feira, depois que as ações em Wall Street, impulsionadas por um grande corte na taxa de juros do Federal Reserve, atingiram recordes de alta na sessão anterior.

Às 7h57 (de Brasília), o contrato Dow futures subia 0,08%, o S&P 500 futures havia caído 0,22%, e o Nasdaq 100 futures havia caído 0,45%.

As principais médias de Wall Street se recuperaram na quinta-feira, impulsionadas pela decisão do Fed de lançar um corte incomumente grande de 50 pontos-base nos custos de empréstimos e sinalizar o início de um ciclo de flexibilização. O índice de referência S&P 500 ganhou 95 pontos, ou 1,7%, o índice de alta tecnologia Nasdaq Composite acrescentou 441 pontos, ou 2,5%, e o índice de 30 ações Dow Jones Industrial Average avançou 522 pontos, ou 1,3%.

O sentimento também foi reforçado por dados que mostram que os pedidos semanais de auxílio-desemprego caíram para um mínimo de quatro meses. Os números, que também ficaram abaixo das estimativas dos economistas, alimentaram as esperanças de que a redução das taxas de juros manterá o desemprego sob controle sem provocar um ressurgimento da inflação. A dívida do governo dos EUA foi vendida após os dados, elevando os rendimentos de referência do Tesouro de 10 anos.

"Por enquanto, o fluxo de notícias fundamentais ainda é favorável (desinflação, crescimento resiliente, cortes nas taxas e desempenho corporativo saudável), o que deve manter uma oferta abaixo das ações", disseram os analistas da Vital Knowledge em uma nota aos clientes.

CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street

2. Decisões dos bancos centrais na Ásia

O Banco do Japão deixou as taxas de juros inalteradas, conforme amplamente esperado na sexta-feira, e melhorou sua perspectiva para o consumo, em um sinal de que continua a esperar um crescimento moderado da economia japonesa.

O BOJ manteve sua taxa básica de curto prazo em 0,25%, com todos os nove membros do conselho de fixação de taxas apoiando a manutenção. A decisão estava de acordo com as previsões do mercado, já que o BOJ deveria adotar uma abordagem de "esperar para ver" depois de aumentar os custos dos empréstimos duas vezes este ano.

Porém, o banco central ainda sinalizou "grandes incertezas" em relação à atividade econômica e aos preços japoneses, e disse que a volatilidade nos mercados de câmbio provavelmente afetaria os preços locais mais do que no passado.

Em outros lugares, o Banco Popular da China manteve estável sua taxa básica de juros para empréstimos (LPR), monitorada de perto, mas espera-se que acabe por reduzi-la ainda mais em meio às fracas condições econômicas recentes do país.

O PBOC manteve sua LPR de um ano em 3,35%, enquanto a LPR de cinco anos, que é usada para determinar as taxas de hipoteca, permaneceu inalterada em 3,85%.

3. CEO da Nike deixará o cargo

As ações da Nike (NYSE:NKE) subiram no pregão de horário estendido depois que a empresa de vestuário esportivo anunciou que o CEO John Donahoe deixará o cargo no próximo mês.

Donahoe será substituído por Elliott Hill, que já passou mais de três décadas na Nike em vários cargos de liderança sênior, incluindo um período como presidente de sua unidade de consumo e mercado de 2018 a 2020. Hill assumirá o comando da empresa em 14 de outubro.

Em um comunicado, Donahoe disse: "Ficou claro que agora era o momento de fazer uma mudança de liderança, e Elliott é a pessoa certa. Estou ansioso para ver os sucessos futuros da Nike e de Elliott".

O anúncio foi feito depois que a Nike viu sua participação no mercado ser corroída por novos concorrentes, como a On e a Hoka. Em junho, o grupo emitiu um aviso de vendas para seus principais produtos, fazendo com que o preço de suas ações caísse 20% na época.

Os analistas de Wall Street se perguntaram se Donahoe, um ex-executivo do setor de tecnologia que dirigiu o eBay (NASDAQ:EBAY) e a ServiceNow (NYSE:NOW), seria a pessoa certa para dirigir uma marca de produtos de consumo.

4. FedEx corta guidance anual

As ações da FedEx (NYSE:FDX) afundaram no pregão de horário estendido depois que o grupo de logística cortou sua orientação para o ano inteiro e divulgou lucros do primeiro trimestre fiscal que ficaram bem aquém das expectativas de Wall Street.

Para o ano fiscal de 2025, a empresa reduziu sua perspectiva de lucro ajustado por ação (LPA) para uma faixa de US$ 20,00 a US$ 21,00, ante US$ 20,00 a US$ 22,00 anteriormente. Esperava-se agora que o crescimento da receita para o ano chegasse a uma porcentagem baixa de um dígito em relação ao ano anterior, em comparação com a previsão anterior de um aumento percentual de um dígito baixo a médio.

A FedEx divulgou lucros ajustados de US$ 3,60 por ação diluída sobre uma receita de US$ 21,6 bilhões. Os analistas consultados pela Capital IQ previram um lucro por ação de US$ 4,86 sobre uma receita de US$ 21,96 bilhões.

A Federal Express, um segmento importante, viu suas margens caírem para 5,2% no primeiro trimestre, em comparação com 7,1% no ano anterior.

CONFIRA: Cotação das principais commodities

5. Petróleo rumo ao segundo ganho semanal consecutivo

Os preços do petróleo caíram na sexta-feira, mas estavam no caminho certo para uma segunda semana consecutiva de alta, depois que o grande corte nas taxas de juros dos EUA ajudou a acalmar alguns temores de desaceleração da demanda.

Às 7h58, o contrato Brent caiu 0,60%, para US$74,43 por barril, enquanto os futuros do petróleo dos EUA (WTI) foram negociados 0,58% mais baixos, a US$70,75 por barril.


Os índices de referência vêm se recuperando depois de terem caído para níveis quase mínimos de três anos em 10 de setembro, e registraram ganhos em cinco das sete sessões desde então, incluindo ganhos de mais de 4% nesta semana.

Os estoques de petróleo bruto nos EUA, o maior produtor mundial, caíram para o nível mais baixo em um ano na semana passada, de acordo com dados oficiais do governo no início desta semana, mas os ganhos maiores foram contidos por preocupações persistentes sobre a desaceleração da demanda, especialmente no principal importador, a China.

LEIA MAIS: Quais ações ganham e quais perdem com juros em alta no Brasil?

5. Horário de verão pode ser retomado no Brasil

Com uma economia em crescimento acima do esperado, o que demanda mais energia, e a pior seca dos últimos 94 anos, afetando reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, o governo estuda a retomada do horário de verão.

Suspensa no governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou a adoção da estratégia que, segundo o órgão, deve levar a uma economia ao consumidor, pelo menor uso de energia das térmicas, mas pode, principalmente, atuar para garantir a confiabilidade do sistema.

A expectativa é de que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sugira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a retomada após o segundo turno das eleições, que ocorre em 27 de outubro, com horário de verão começando em novembro.

Às 7h58 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) recuava 0,23% no pré-mercado.

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