Dólar oscila pouco em meio à expectativa por discussões entre EUA e China

Publicado 09.05.2025, 09:06
Atualizado 09.05.2025, 09:31
© Reuters. Notas de dólares em Washingtonn14/11/2014 REUTERS/Gary Cameron

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar à vista oscilava pouco ante o real nesta sexta-feira, a caminho de fechar a semana com pouca variação, à medida que os investidores aguardavam as discussões entre autoridades de Estados Unidos e China no fim de semana enquanto avaliavam dados de inflação no Brasil.

Às 9h12, o dólar à vista caía 0,06%, a R$5,6587 na venda. Na semana, a moeda acumula alta de 0,05%.

Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,04%, a R$5,687.

Os movimentos do real nesta sessão ocorriam em meio à expectativa dos mercados globais pelo encontro entre autoridades dos EUA e da China no fim de semana, que pode reduzir as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, irão se reunir com o czar econômico da China, He Lifeng, na Suíça no sábado.

Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse esperar negociações substanciais com a China e indicou que a tarifa de 145% sobre produtos chineses pode ser reduzida, acrescentando nesta sexta que uma taxa de 80% "parece correta".

Um otimismo cauteloso prevalecia entre os investidores antes das negociações, depois que EUA e Reino Unido anunciaram na quinta o primeiro acordo tarifário desde que Washington embarcou em uma série de negociações com seus parceiros.

Por outro lado, os agentes financeiros fecham a semana decepcionados com a perspectiva sobre cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve, após o chair Jerome Powell reforçar na quarta que o banco central dos EUA não tem pressa para reduzir os juros enquanto analisa o impacto das tarifas na economia.

Operadores projetam agora que o Fed voltará a reduzir os juros em julho, com apenas mais um corte totalmente precificado até o fim do ano e uma probabilidade considerável de uma terceira redução em 2025.

Na cena doméstica, o mercado nacional analisava dados para a inflação brasileira, com o IBGE informando que o IPCA teve alta de 0,43% em abril, desacelerando em relação ao avanço de 0,56% em março.

Em 12 meses, o índice foi a 5,53%, ainda acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central — de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Também nesta semana, o BC elevou a taxa Selic em 0,5 ponto, a 14,75% ao ano, deixando em aberto seu próximo passo no encontro de junho e sinalizando a manutenção dos juros altos por tempo prolongado.

Na curva de juros, operadores estão divididos quanto à próxima ação do BC, com 58% das apostas indicando manutenção da Selic em junho, enquanto 42% preveem uma alta de 0,25 ponto.

"Para hoje, a expectativa é que o dólar se mantenha próximo do patamar visto na sessão de ontem, oscilando entre 5,65 e 5,70. Pode ser que tenhamos algumas variações ao longo do dia, impulsionadas por indicadores econômicos e eventos internacionais que estão por vir", disse Marcio Riauba, head da Mesa De Operações da StoneX Banco de Câmbio.

(Edição de Camila Moreira)

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