Por Senad Karaahmetovic
As ações da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) recuavam 0,88% por volta das 14h02 desta sexta-feira, após a empresa controladora do Google reportar resultados para o 4º tri.
A Alphabet apurou um lucro de US$ 1,05 por ação sobre uma receita de US$ 76,05 bilhões, abaixo das expectativas de LPA de US$ 1,18 e faturamento de US$ 76,07 bilhões. Os segmentos de publicidade, serviços e YouTube ficaram abaixo das expectativas, diante de sinais cada vez maiores de fraqueza nos anúncios digitais.
“Ainda temos muito trabalho para melhorar todos os aspectos da nossa estrutura de custos, respaldando nossos investimentos em maiores prioridades de crescimento, a fim de gerar um lucro maior no longo prazo", declarou a companhia.
Como esperado, o CEO do Google, Sundar Pichai, falou sobre as preocupações de que a empresa esteja ficando para trás na corrida da inteligência artificial.
“Nossos investimentos de longo prazo em ciência da computação profunda nos deixa extremamente bem posicionados, no momento em que a inteligência artificial atinge um ponto de inflexão, e estamos empolgados com os saltos nesse aspecto que estamos prestes a revelar em Pesquisa e outros segmentos”, declarou Pichai em um comunicado à imprensa.
A gerência da companhia também falou sobre o tópico da I.A. na teleconferência, dizendo que está otimista com sua posição de liderança no setor. A I.A. também foi um tópico bastante abordado pelos analistas, na medida em que o Google oferece grande exposição a esse mercado, estimado em cerca de US$ 1 trilhão.
“Reiteramos nossa perspectiva otimista para o GOOGL. Continuamos enxergando a Alphabet como um portfólio de negócios movidos pela inteligência artificial e aprendizagem de máquinas em nosso universo de cobertura e consideramos que a companhia tem um posicionamento único para se aproveitar da linha tênue entre publicidade, comércio e consumo de mídia nos próximos anos. A Alphabet continua bem posicionada para se beneficiar da maior utilidade de diversas plataformas de computação, como desktop de consumo, aparelhos móveis e computação na nuvem empresaria”, escreveram os analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) em uma nota aos clientes.
Os analistas da Roth Capital Partners esperam que as ações do GOOGL “continuem em uma consolidação estreita o 1S23”, após os resultados de ontem.
“Esperamos que as ações do GOOGL sigam sob pressão no curto prazo, na medida em que não vislumbramos catalisadores positivos nos próximos meses. Mais iniciativas de corte de custos podem ajudar as ações a superar nosso preço-alvo atual. Tudo o mais permanecendo igual, seríamos compradores agressivos diante de qualquer fraqueza abaixo da mínima dos US$ 90", escreveram os analistas.