Por Foo Yun Chee e Nivedita Balu
BRUXELAS/BANGALURU (Reuters) - O Google, da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34), está sendo investigado pelos órgãos reguladores antitruste da União Europeia para saber se ele está forçando fabricantes a usarem o Google Assistent como o assistente de voz padrão em dispositivos Android, segundo a agência de notícias MLex publicou nesta quinta-feira.
A Comissão Europeia afirmou em junho que a sua consulta ao setor de dispositivos conectados à internet levantou preocupações das pessoas que responderam sobre certas práticas de exclusividade relacionadas a assistentes de voz, como produtores de pequenos dispositivos impedidos de instalar um segundo assistente de voz.
Os dispositivos de voz mais populares da Europa são a Alexa, da Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34), a Siri, da Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34), e o Google Assistant. Espera-se que o mercado global dobre para 8,4 bilhões de dispositivos, de 4,2 bilhões, entre 2020 e 2024, segundo a empresa de pesquisa de marketing Statista.
O órgão supervisor de concorrência da UE pediu que fabricantes de dispositivos forneçam qualquer evidência de que estão sendo forçados a pré-instalar o Google Assistant e se o Google quer exclusividade, banindo rivais dos dispositivos Android, disse a MLex.
O Google não tinha um comentário em primeiro momento. A Comissão se recusou a comentar e direcionou as perguntas à entrevista coletiva da principal autoridade antitruste da UE, Margrethe Vestager, em junho, sobre a consulta.
A comissão também quer saber se o Google está usando o processo de certificação para novos dispositivos para assegurar exclusividade de outras maneiras e a importância da Google Play Store para diferentes ecossistemas, afirmou a MLex.
O órgão regulador também está checando se os usuários podem usar pelo menos dois assistentes de voz ao mesmo tempo, informou a agência de notícias.
O Google já foi multado em mais de 8 bilhões de euros pela Comissão na última década em três casos separados.
A Comissão afirmou que emitirá um relatório final sobre a consulta no primeiro semestre de 2022 e, em seguida, pode ou não abrir investigações.