Balanço da Tenda é pressionado por matérias-primas, lockdown; analistas elogiam

Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - Os papéis da Tenda (SA:TEND3) caíam 1,09% nesta quinta-feira (6) após a companhia registrar lucro líquido de R$ 37 milhões no primeiro trimestre, alta de 110% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A construtora também informou ter chego a uma receita líquida de R$ 603 milhões, avanço de 45% na base anual, com margem bruta ajustada de 31,1%, queda de 0,7 ponto percentual, impactada pela revisão orçamentária das obras “refletindo a nova realidade dos custos de materiais”.

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O consumo de caixa operacional da companhia foi de R$ 97 milhões no trimestre, sendo R$ 60 milhões do modelo on-site impactado pelo menor volume de repasses e andamento de obras devido ao agravamento das restrições da pandemia, segundo o comunicado da empresa.

A dívida líquida sobre o patrimônio líquido ficou em 2,6%.

A construtora lançou 10 empreendimentos no trimestre, com venda geral bruta de R$ 610,3 milhões, alta de 269% na base anual, que representa o melhor primeiro trimestre de lançamentos da companhia.

O que dizem os analistas

A XP Investimentos disse que os resultados da Tenda foram sólidos e ligeiramente acima das expectativas por conta do forte desempenho de vendas.

Eles escrevem que apesar da recente pressão de custo de materiais de construção, a margem bruta foi um pouco mais forte do que o esperado, caindo apenas 50 pontos-base trimestre contra trimestre.

Do lado negativo, os analistas apontam para as despesas operacionais acima do esperado e resultados financeiros mais fracos, que foram compensados pelo melhor desempenho na margem bruta.

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Eles reiteraram a recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 37,20 por ação.

Ativa Investimentos

Já os analistas da Ativa Investimentos apontam que a companhia apresentou um resultado “satisfatório”, acima do esperado.

Para eles, ao longo do trimestre alguns percalços surgiram no caminho, como os decretos de paralisação devido à pandemia que atingiram metade das obras em andamento da construtora, e a pressão de custos devido aos sucessivos aumentos no preço das principais matérias-primas, o que levou a companhia a revisar o orçamento das construções.

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Apesar de tais obstáculos, escrevem, a Tenda entregou uma receita líquida 45% maior na comparação anual. Eles também destacaram que o pequeno avanço de 3% nas despesas com vendas quando comparadas com o crescimento de 50% nas vendas brutas confirmam o êxito na sua estratégia de transformação digital.

Os analistas mantiveram a recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 35,80.