Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
As bolsas da Europa fecharam sem sinal único, em sessão com grande expectativa pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que manteve os juros. A covid-19 no continente levou alguma cautela aos mercados, que observam dificuldades na vacinação europeia e a adoção de restrições.
A sessão contou ainda com a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) para a zona do euro em fevereiro. Entre os avanços, destaque para a Volkswagen (DE:VOWG), que disparou mais de 11% em meio planos da montadora sobre o desenvolvimento de novas fábricas de baterias. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve baixa de 0,45%, a 424,91 pontos.
Desde o começo da semana havia muita expectativa para o anúncio do Fed. O BC americano divulgou novas projeções econômicas e uma perspectiva para a trajetória de suas taxas de juros.
Diante do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão recém-aprovado no Congresso americano, o Fed poderá elevar sua previsão para o crescimento dos EUA neste ano. A expectativa levou a movimentos de alta nos rendimentos dos Treasuries, o que teve algum impacto nas bolsas de Nova York e repercutiu na Europa.
Em Londres, pesa ainda a expectativa pela decisão monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) nesta semana. Por lá, o FTSE teve baixa de 0,60%, a 6.762,67 pontos.
O setor financeiro teve alguma das principais altas em meio ao movimento. Em Milão, Banco Bpm (MI:BAMI) (+3,82%) e Bper Banca (MI:EMII) (+3,12%) foram os maiores avanços do FTSE MIB, que fechou com ganho de 0,08%, a 24.281,05.
Em Madri o BBVA (MC:BBVA) subiu 2,08%, amenizando as perdas do IBEX 35, que recuou 0,67%, a 8.599,50 pontos.
Na agenda de indicadores, o CPI anual da zona do euro, permaneceu em 0,9% em fevereiro, repetindo a variação do mês anterior. Nesta quarta, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a UE considera impor restrições adicionais à exportação de vacinas contra a covid-19.
A líder também disse que confia no imunizante da AstraZeneca (LON:AZN) (SA:A1ZN34), cujo uso foi suspenso em diversos países por relatos de reações adversas, como a criação de coágulos sanguíneos. Em meio às dificuldades na vacinação, autoridades francesas discutem novas medidas de restrição em Paris. Por lá, o índice CAC 40 teve baixa de 0,01%, a 6.054,62 pontos.
O destaque a sessão foi a Volkswagen, que teve alta de 11,04%. Segundo a Dow Jones Newswires, foi o quinto avanço consecutivo da montadora, que acumula ganhos de 20% no mês, em meio a tratativas com a Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34) pela instalação de novas fábricas de baterias automotivas. O resultado impulsionou o DAX, em Frankfurt, a principal alta das bolsas, com 0,27%, a 14.596,61 pontos. Já o PSI 20 teve baixa de 1,35% em Lisboa, a 4,769,73 pontos, na mínima do dia.