Bolsas de Nova York voltam a cair por preocupações econômicas nos EUA

Publicado 11.03.2025, 11:28
© Reuters

Investing.com – Os mercados acionários dos Estados Unidos voltaram a recuar nesta terça-feira, após as quedas acentuadas registradas na véspera, devido a preocupações com uma possível recessão no país.

Às 13h20 de Brasília, o índice S&P 500 recuava 0,94%, enquanto o Nasdaq 100 se desvalorizava 0,53% e o Dow Jones Industrial Average caía 1,35%.

Na segunda-feira, o S&P 500 ampliou as perdas da semana anterior, o Nasdaq 100 teve seu pior desempenho diário desde 2022, e o Dow Jones Industrial Average também registrou forte queda.

Trump anunciou nesta terça-feira que dobrará a tarifa planejada sobre todas as importações de aço e alumínio do Canadá para os Estados Unidos, elevando a alíquota total para 50%. A decisão ocorre após a província de Ontário impor uma taxa de 25% sobre a eletricidade exportada para os EUA.

Em sua plataforma Truth Social, Trump afirmou ter instruído seu secretário de comércio a aplicar o aumento tarifário sobre os produtos, com as novas alíquotas entrando em vigor na manhã de quarta-feira.

"Além disso, o Canadá deve eliminar imediatamente sua tarifa antiamericana sobre produtos lácteos dos EUA, que varia entre 250% e 390% e há tempos é considerada inaceitável. Em breve, declararei uma Emergência Nacional no setor de eletricidade dentro da área afetada", declarou Trump.

A apreensão nos mercados aumentou com a incerteza gerada pelos cortes em massa de funcionários federais promovidos por Trump e as negociações em Washington sobre um projeto de lei para evitar a paralisação do governo. Espera-se que os republicanos da Câmara votem nesta terça-feira um pacote orçamentário apoiado por Trump.


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Alerta de lucro da Delta Air Lines

No mercado corporativo, as ações da Delta Air Lines (NYSE:DAL) operavam em queda no início do pregão nos EUA, ampliando as perdas registradas na segunda-feira, após a companhia aérea emitir um alerta de lucro relacionado à incerteza econômica nos EUA.

A empresa agora projeta um lucro por ação entre US$ 0,30 e US$ 0,50 no primeiro trimestre, abaixo da estimativa anterior de US$ 0,70 a US$ 1,00. O crescimento da receita também foi revisado para uma alta entre 3% e 4% na comparação anual, contra a projeção anterior de 7% a 9%.

“O consumidor, especialmente em negócios discricionários, não gosta de incerteza”, afirmou o CEO Ed Bastian à CNBC, destacando que os gastos corporativos estão começando a desacelerar.

Enquanto isso, as ações da Oracle (NYSE:ORCL) registravam leve queda, após a empresa divulgar um resultado fiscal do terceiro trimestre abaixo das expectativas e projeções mais fracas para o trimestre atual.

Apesar disso, a companhia anunciou um aumento expressivo nas reservas de serviços, superando amplamente as previsões de Wall Street. O presidente Larry Ellison destacou “níveis recordes” de demanda por seus produtos. Analistas também observaram que esse crescimento não inclui benefícios da joint venture "Stargate", voltada para a construção da infraestrutura de inteligência artificial nos EUA.

Os executivos da Oracle agora projetam um crescimento de receita de 15% no ano fiscal de 2026 e de 20% em 2027, ambos acima das estimativas do mercado. A perspectiva otimista da CEO Safra Catz foi interpretada como um indicativo de que a demanda por serviços de computação em nuvem com inteligência artificial da Oracle continua sólida.

Petróleo avança com recuo do dólar

Os preços do petróleo subiram, revertendo as perdas registradas mais cedo, com o enfraquecimento do dólar. No entanto, as preocupações com uma desaceleração econômica e uma escalada da guerra comercial limitaram os ganhos.

As cotações do petróleo vinham acumulando quedas expressivas nas últimas três semanas, à medida que as incertezas sobre a política tarifária de Trump aumentavam. O presidente mudou repetidamente sua posição sobre tarifas para Canadá e México, elevando a instabilidade no mercado.

A decisão de Trump de impor tarifas de 20% sobre a China – maior importador global de petróleo – também afetou o sentimento dos investidores. Pequim já respondeu com medidas retaliatórias.

Os contratos futuros do petróleo Brent, com vencimento em maio, subiam 1%, para US$ 70 por barril, enquanto os contratos do West Texas Intermediate avançavam 0,97%, cotados a US$ 66,66 por barril.

Ouro sobe em meio a temores de recessão

Os preços do ouro avançavam, impulsionados pela desvalorização do dólar, que atingiu sua mínima em quatro meses, em meio ao aumento das preocupações com uma possível recessão nos EUA.

Os investidores aguardam com cautela a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA nesta quarta-feira. O dado pode influenciar a próxima decisão de política monetária do Federal Reserve, prevista para a semana que vem. O mercado, de modo geral, espera que o banco central mantenha os juros inalterados enquanto avalia os impactos das tarifas comerciais de Trump.

O ouro à vista subia 0,81%, cotado a US$ 2.922,83 por onça, enquanto os contratos futuros de ouro, para abril, avançavam 1,0%, para US$ 2.927,70 por onça.

CONFIRA: Cotação das princi8pais commodities

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