Investing.com – O mercado futuro de Wall Street apontava para uma abertura em alta nesta segunda-feira, já que bolsas de valores do mundo todo tinham um início positivo da semana com investidores aguardando dados econômicos e a aparição pública de Ben Bernanke, ex-presidente do Federal Reserve (Fed), enquanto ficam de olho nos movimentos do ouro e do petróleo.
O blue chip futuros do Dow ganhava 64 pontos, ou 0,30%, às 6h58 em horário local (7h58 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 subiam 5 pontos, ou 0,22%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 20 pontos ou 0,34%.
Dando início ao calendário econômico da semana, o Departamento do Censo dos EUA divulgará os pedidos de bens duráveis em maio às 09h30 (horário de Brasília).
Com o início do fórum sobre atividades dos bancos centrais do Banco Central Europeu (BCE) nesta segunda-feira, Ben Bernanke, ex-presidente do Fed, fará um discurso intitulado "Quando o crescimento não é suficiente" às 14h30 (horário de Brasília).
De forma distinta, agentes do mercado terão que aguardar até terça-feira para ouvir Janet Yellen, atual presidente do Fed, falar sobre questões econômicas globais, já que mercados esperam quaisquer novas indicações do momento em que o Fed elevará novamente a taxa de juros e/ou começará a reduzir seu balanço patrimonial de US$ 4,5 trilhões.
Após comentários conflitantes de vários decisores do Fed na semana anterior, mercados permanecem céticos de que o banco central eleve, de fato, aumento os juros novamente antes do fim do ano.
Futuros do fundo do Fed apostam que há apenas cerca de 34% de chances de aumento da taxa de juros na reunião de dezembro, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
No início da segunda-feira, John Williams, presidente do Fed de São Francisco, reiterou sua posição de que as taxas de juros devem subir gradualmente em esforço de manter o crescimento econômico sustentável.
Jerome Powell, dirigente do Fed, não fez comentários sobre política monetária ou perspectiva para a economia dos EUA em discurso que foi, em grande parte, uma repetição dos comentários da semana passada em que ele afirmava acreditar haver espaço para mais regulamentação sobre bancos.
Enquanto isso, mesmo com o dólar subindo frente a outros principais rivais nesta segunda-feira, contratos futuros do ouro caíam cerca de 1% pois investidores aguardavam uma semana cheia de dados e aparições de decisores.
O metal precioso chegou a cair 1,7% em segundos nas negociações durante a noite, atingindo US$ 1.236,53, nível não visto desde 16 de maio.
Sem um catalisador claro para o aumento no volume de cerca de US$ 2 bilhões, a especulação estava focada na possibilidade de algum erro humano na negociação.
Em outras commodities, o petróleo se recuperava levemente na segunda-feira após ter encerrado a sexta-feira em baixa de 3,8% na semana em sua quinta semana consecutiva de queda, já que estava sob forte pressão devido ao constante aumento na produção de shale oil nos EUA.
Contratos futuros de petróleo nos EUA ganhavam 0,26%, atingindo US$ 43,12 às 6h59 em horário local (7h59 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha aumento de 0,07%, com o barril negociado a US$ 45,78.
Por outro lado, o mercado de capitais na Europa negociava em alta nesta segunda-feira mesmo com a Itália anunciando que pagaria até 17 bilhões de euros (US$ 19 bilhões) do dinheiro dos contribuintes para resgatar dois bancos regionais.
Ainda nas manchetes do Velho Continente, o fundo de cobertura norte-americano Third Point, dirigido pelo investidor ativista Daniel Loeb, apresentou uma participação de mais de 1% na Nestlé (SIX:NESN) e levou a empresa a melhorar as margens e comprar ações, bem como a vender ativos que não fazem parte de suas atividades principais como a participação de 23% da fabricante de cosméticos francesa L’Oreal (PA:OREP).
Mais cedo, as bolsas asiáticas encerraram majoritariamente em território positivo, com ganhos no setor de tecnologia liderando a tendência.