Investing.com – As bolsas europeias caíram hoje, após a divulgação de dados pessimistas sobre a produção industrial da França e uma vez que a reunião mais recente do Banco Central dos EUA (Fed) deu pouca indicação de quando as taxas de juros poderiam começar a subir.
Durante as negociações europeias da tarde, o DJ Euro Stoxx 50 retraiu 1,80%, o CAC 40 da França declinou 1,53%, ao passo o DAX da Alemanha caiu 1,44%.
Dados oficiais divulgados mais cedo mostraram que a produção industrial francesa caiu 1,7% em maio, confundindo as expectativas de um aumento de 0,2%, após um aumento de 0,3% no mês anterior.
Os mercados também ficaram agitados após a ata da reunião de junho do Fed ter revelado poucas informações novas sobre quando o banco poderia começar a aumentar as taxas. O banco central reconheceu que a economia continua melhorando, mas as autoridades permanecem divididas contra as perspectivas para a inflação.
A ata mostrou, porém, que as autoridades concordaram em acabar com o programa de compra de ativos do banco, em outubro.
O setor financeiro apresentou forte queda, com as ações dos bancos franceses Societe Generale (PARIS:SOGN) e BNP Paribas (PARIS:BNPP) caindo 2,95% e 2,42%, ao passo que as do Deutsche Bank (XETRA:DBKGn recuaram 2,01%.
A Reuters informou no início do dia que o Commerzbank (XETRA:CBKG), em queda de 3,33%, poderia pagar de US$ 600 milhões a US$ 800 milhões para resolver uma investigação sobre suas relações com os países sob sanções econômicas dos Estados Unidos.
Entre as ações dos bancos italianos, as do Intesa Sanpaolo (MILAN:ISP) e do Unicredit (MILAN:CRDI) despencaram 2,68% e 3,24% respectivamente, ao passo que as dos bancos espanhóis Banco Santander (MADRID:SAN) e BBVA (MADRID:BBVA) caíram 2,54% e 3,47%.
Em outros lugares, a Skanska (ST:Skab) viu suas ações despencarem 2,24%, após a empresa de construção sueca ter dito que vai diminuir “significativamente” as operações na América Latina, após a reserva de 500 milhões de coroas suecas em baixas e custos de reestruturação no projeto.
Em Londres, o FTSE 100 declinou 0,83%, uma vez que os credores britânicos seguiram a baixa de seus homólogos europeus e após o Banco da Inglaterra anunciar mantido seu programa de facilidade de compra de ativos.
As ações do Lloyds Banking (LONDON:LLOY) caíram 1,02% e as do HSBC Holdings (LONDON:HSBA) despencaram 1,17%, ao passo que as do Royal Bank of Scotland (LONDON:RBS) e as do Barclays (LONDON:BARC) afundaram 1,69% e 2,84%, respectivamente.
No setor de mineração, as ações ficaram mistas. As ações da Bhp Billiton (LONDON:BLT) e da Rio Tinto (LONDON:RIO) despencaram 1,11% e 1.49%, ao passo que as da Fresnillo (LONDON:FRES) subiram 0,69% e as da Randgold Resources (LONDON:RRS) saltaram 1,47%.
Enquanto isso, a Burberry (LONDON:BRBY) continuou liderando os ganhos no índice, com suas ações subindo 2,40%, após a fabricante de produtos de luxo ter registrado a receita do primeiro trimestre que superou as projeções dos analistas.
Também no Reino Unido, o Escritório Nacional de Estatísticas informou que o déficit comercial britânico cresceu para £ 9,2 bilhões em maio, em comparação com as previsões de um déficit de £ 8,81 bilhões em abril. Os economistas esperavam um déficit de £ 8,75 bilhões.
Nos EUA, os mercados acionários apontaram abertura em baixa. Antes da abertura, os futuros do Dow 30 apontaram queda de 0,62%, os futuros do S&P 500 sinalizaram perda de 0,62%, ao passo que os futuros do Nasdaq 100 indicaram declínio de 0,55%.
No final do dia, os EUA devem divulgar dados do governo sobre os pedidos iniciais de auxílio-desemprego.