Investing.com - O Ibovespa se consolidou no terreno negativo no início da tarde desta quarta-feira, após passar amanhã entre perdas e ganhos. O índice cede 0,4% e volta aos 61,500 pontos, devolvendo parte dos lucros da disparada de ontem.
O cenário externo é positivo com alta em Wall Street e do petróleo no mercado internacional. Dow 30 avança 0,2% e segue na direção do patamar de 20 mil pontos. S&P 500 sobe 0,4% e o Nasdaq ganha 0,5%.
A Europa opera majoritariamente em baixa com perdas de 0,3% no DAX e no CAC 40 e de 0,1% no FTSE 100. Os dados econômicos do continente, contudo, surpreenderam pela manhã. O PMI composto da Zona do Euro está no maior nível em mais de cinco anos com 54,4 pontos em dezembro, enquanto a inflação subiu 1,1%, na comparação anual, acima dos 1% projetados.
No Brasil, a inflação voltou a dar sinais de aceleração em dezembro colocando mais um ponto de dúvida para a reunião do Copom na próxima semana. O IPC-Fipe avançou para 0,72%, contra 0,15% em novembro e projeção máxima de 0,65%. O mercado vai ficar de olho no dado final do IPCA que será divulgado na próxima semana, durante a reunião do BC para definir a taxa de juros. Se o índice indicar alta acima do previsto no último mês de 2016, os investidores poderão rever as expectativas de corte de juros, acreditando em um BC mais cauteloso.
Destaques do Ibovespa
A Petrobras (SA:PETR4) opera com leves perdas nesta quarta-feira após disparar 6% no pregão de ontem. No radar, analistas apostam em uma alta dos combustíveis ainda nesta semana, um mês após a última revisão. A Guide aposta em alta da ordem de 6% na gasolina e de 2% no diesel considerando altas de 4,7% do dólar e de 10% no barril no exterior desde o último ajuste. A companhia marcou assembleias gerais ordinária e extraordinárias para o dia 27 de abril.
A Vale (SA:VALE5) recua 1% devolvendo os ganhos de ontem em um dia de recuo do minério no mercado chinês. A commodity cedeu 2% em Qingdao e fechou negociado a US$ 77,25/t. Em comunicado enviado à CVM, a empresa negou ter recebido autorização para retomada de operação da Samarco e, por isso, não é possível apontar uma data para retorno.
A Usiminas (SA:USIM5) avança quase 4% em dia de recomendação de compra da Citi Corretora e com perspectivas melhores sobre o setor automotivo. Na China, os contratos do vergalhão de aço recuaram 0,7% em Xangai, para 2.914 iuanes por tonelada, menor patamar desde 22 de novembro. A Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) sobe 0,2%, enquanto a Gerdau (SA:GGBR4) recua 0,5% e a CSN (SA:CSNA3) perde 0,2%.
A Braskem (SA:BRKM5) virou para baixa após tocar na máxima histórica pela manhã, aos R$ 36,75. A empresa negou ter decidido levantar US$ 500 milhões com emissões no exterior. Desde o início de dezembro com o acordo de leniência da sua controladora Odebrecht, a ação valorizou 30%.
O dia é misto para o setor financeiro com ganhos da BM&FBovespa (SA:BVMF3) e Cetip (SA:CTIP3) de 0,5%, em meio ao avanço do processo de fusão no Cade. A Cetip é negociada em seu patamar recorde nesta quarta-feira. Itaú (SA:ITUB4) sobe 0,5%, seguido de Itaúsa (SA:ITSA4) com 0,1%. Banco do Brasil (SA:BBAS3) opera estável e o Bradesco (SA:BBDC4) cede 0,5%. O Santander (SA:SANB11) avança 0,2% e também renova sua máxima histórica.
Com nova queda do dólar, as exportadoras de papel e celulose operam no terreno negativo. Fibria (SA:FIBR3) e Suzano (SA:SUZB5) cedem 3%, enquanto a Klabin (SA:KLBN4) perde 2%.
Fora do Ibovespa, o BTG Pactual (SA:BBTG11) opera em alta de 2% no terceiro maior volume da bolsa, atrás somente de Petrobras e Usiminas. De acordo com o Valor Econômico, o banco negocia uma série de ativos da Banif, depois de desistir de comprar 100% da subsidiária brasileira. O Cade aprovou ontem a compra potencial de 36% das ações da incorporadora LDI, do banco. Sobre a carteira do final do dia, na proporção de R$ 0,822052 líquidos por unit, yield de cerca de 5,5%