Congestionamento de caminhões cessa em terminal de transbordo da Rumo no MT

Publicado 05.02.2025, 11:34
Atualizado 05.02.2025, 18:57
© Reuters. Colheita de soja em Nova Mutum, Mato Grosso

Por Ana Mano e Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - As operações em uma grande estação de transbordo de grãos que liga o coração agrícola do Brasil ao porto de Santos voltaram ao normal depois que um congestionamento de milhares de caminhões impediu o rápido descarregamento dos cargas, disse uma associação de caminhoneiros à Reuters na quarta-feira.

Filas com até 3,5 mil caminhões se formaram na unidade de Rondonópolis, no Mato Grosso, que é operada pela Rumo (BVMF:RAIL3), segundo uma nota emitida na terça-feira pela Associação Nacional do Transporte de Cargas (ANATC), que representa 2,2 milhões de caminhoneiros.

"A situação é alarmante. O tempo de descarga pode demorar 24 ou até 48 horas", disse Carley Welter, diretor institucional da ANATC, no comunicado de terça.

A Rumo disse nesta quarta-feira que filas de caminhões se formaram em Rondonópolis no final de janeiro, mas destacou que a situação agora está normal, sem gargalos.

“O sistema de descarga rodoviária no terminal funciona por serviço de agendamento e o cumprimento do horário pelos caminhoneiros é fundamental para se evitar fila e minimizar o tempo de espera”, disse a Rumo.

Os problemas logísticos ocorrem em meio a um início lento das exportações de soja do Brasil. De acordo com dados de embarque, os embarques de soja do Brasil em janeiro caíram para 1,3 milhão de toneladas, ante 2,4 milhões de toneladas registradas no mesmo mês do ano passado.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) disse nesta quarta-feira que as chuvas atrapalharam a colheita de soja, o fluxo de caminhões e os tempos de carregamento dos navios, o que poderia reduzir os volumes de exportação de soja do Brasil em fevereiro.

O Brasil, maior produtor e exportador mundial de soja, deverá colher uma safra recorde de soja de cerca de 170 milhões de toneladas em 2025.

A expectativa é embarcar cerca de 7 milhões de toneladas a mais que no ano passado, segundo a associação da indústria de óleos vegetais Abiove. O Brasil compete com os EUA e a Argentina nos mercados globais da soja, enviando a maior parte da sua produção para a China.

Na semana passada, houve um incêndio nas instalações de transbordo da Rumo em Rondonópolis. A empresa reiterou que as operações continuaram após o fogo ser controlado, sem fornecer detalhes sobre o impacto nas atividades.

Mais de oito trens partem diariamente das instalações da Rumo para Santos, cada um carregado com mais de 11.500 toneladas de grãos, disse a empresa.

Mato Grosso, o maior Estado produtor de soja do Brasil, deverá colher cerca de 47 milhões de toneladas este ano.

(Por Ana Mano e Roberto Samora)

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