Investing.com – Com a proximidade da temporada de balanços referentes ao terceiro trimestre deste ano, o Itaú BBA elencou quais são suas apostas como destaques do período de empresas relacionadas a commodities/recursos naturais. Em relatório enviado aos clientes e ao mercado nesta quinta-feira, 05, o banco citou Vale e CSN como as companhias em seu universo de cobertura que devem apresentar resultados mais fortes, diante de preços mais elevados do minério de ferro e melhor sazonalidade. Por outro lado, a Usiminas deve reportar um Ebitda negativo, alerta o banco, afetada pelo fraco desempenho da divisão de aço.
De acordo com os analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares e Bárbara Soares, os indicadores também serão mais enfraquecidos para Gerdau, com tendências de esfriamento em todas as divisões. A CBA deve reportar dados fracos, diante da diminuição da cotação do alumínio, enquanto a Suzano sofre com baixas nos preços e volumes de celulose. Na opinião dos analistas, o Ebitda da Klabin deve diminuir na base trimestral devido à divisão de papel e embalagem.
O Itaú BBA projeta que o Ebitda da Vale suba 10% na comparação trimestral, diante de indicadores melhores ne divisão de terrosos, “uma vez que maiores volumes e preços realizados mais do que compensaram custos ligeiramente mais elevados”, segundo o documento. Ainda, para a divisão de metais básicos, a projeção é de uma retração trimestral de 34% no Ebitda.
O outro destaque positivo deve ficar por conta da CSN, cujo Ebitda deve subir 14% na comparação trimestral, pois “resultados mais fortes nas divisões de mineração e outras divisões (como cimento) provavelmente mais do que compensarão os resultados mais fracos na divisão de aço, prejudicada pelos preços mais baixos do aço doméstico e resultados mais fracos nos mercados estrangeiros”.
Para a Gerdau, o relatório aponta uma retração de 17% no Ebitda frente ao trimestre anterior, com pioras em todas as frentes diante de preços do aço mais baixos afetando operações na América do Norte e no Brasil. Enquanto isso, a Usiminas deve apresentar um Ebitda negativo R$ 92 milhões (queda de R$ 458 milhões no trimestre), também prejudicada pelos pelas cotações do aço. A CBA deve amargar uma diminuição trimestral no Ebitda de 60%, diante de pior momento para os preços realizados do alumínio.
A Suzano, por sua vez, também tende a apresentar uma diminuição no Ebitda, em torno de 16%, estima do Itaú BBA, com retração na cotação da celulose e menores volumes. O Ebitda da Klabin deve recuar 6% na comparação trimestral, completam os analistas, com maiores volumes e menores custos, que teriam mais do que compensado a retração nos preços.
Às 15h44 (de Brasília), as ações da Vale (BVMF:VALE3) subiam 0,12%, a R$65,95, enquanto as da CSN (BVMF:CSNA3) recuavam 0,95%, a R$11,45. Os papéis preferenciais da Gerdau (BVMF:GGBR4) estavam em baixa de 1,88%, a R$20,86.
Companhia Brasileira de Alumínio (BVMF:CBAV3) perdia 2,34%, a R$4,14 e Usiminas (BVMF:USIM5) tinha retração de 1,51%, a R$6,53.
As ações da Suzano (BVMF:SUZB3) ganhavam 0,04%, a R$55,02 e as Units da Klabin (BVMF:KLBN11) apresentavam perdas de 1,51%, a R$23,52.