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De olho em NY, Bolsa fecha em alta de 0,19%, a 128.406,51 pontos

Publicado 14.07.2021, 15:06
© Reuters.  De olho em NY, Bolsa fecha em alta de 0,19%, a 128.406,51 pontos
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Seguindo a oscilação do humor ao longo do dia em Nova York, o Ibovespa encerrou a sessão desta quarta-feira, 14, com leve variação positiva de 0,19%, aos 128.406,51 pontos, entre mínima de 128.085,04 e máxima de 129.619,81, saindo de abertura aos 128.169,00 pontos. Em dia de vencimento de opções sobre o índice de referência da B3 (SA:B3SA3), o giro financeiro totalizou R$ 42,8 bilhões. Na semana, o Ibovespa avança 2,37%, colocando os ganhos do mês a 1,27% e os do ano a 7,89%. Em NY, o desempenho foi ao final misto, com S&P 500 em alta de 0,12% e o Dow Jones, de 0,13%, enquanto o Nasdaq, após ter chegado a se alinhar a ambos no meio da tarde, fechou o dia em baixa de 0,22%.

Em Wall Street, a atenção se concentrou hoje no testemunho do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Congresso americano, o que resultou em alguma volatilidade. No meio da tarde, a divulgação do Livro Bege, sumário das condições econômicas nos Estados Unidos, contribuiu para dar orientação levemente favorável para os índices de NY.

"A atividade econômica continuou se expandindo, em ritmo moderado, segundo o documento, que servirá como cenário para a próxima reunião de política monetária do Federal Reserve", observa em nota a equipe de research da CM Capital. "A maioria das empresas apresentou crescimento, apesar da preocupação e pessimismo em relação à oferta de matérias-primas. A atividade bancária apresentou crescimento no setor de empréstimos, apesar do arrefecimento do setor residencial, que sofreu bastante com a alta de custos."

Aqui, pela manhã, o IBC-Br, índice de atividade considerado como antecedente do PIB, teve queda de 0,43% em maio ante abril, com leitura de abril revisada para alta de 0,85% - a leitura de maio ficou dentro do intervalo do Projeções Broadcast, entre -0,80% e +1,65%, mas abaixo da mediana projetada, de +1,05%.

Fator de tensão nas relações com a CPI da Covid e a cúpula do Judiciário, pelas apurações sobre irregularidades na compra de vacinas, em um caso, e, no outro, pela militância pessoal por voto impresso em 2022, a remoção do presidente Jair Bolsonaro de Brasília para São Paulo, onde fará exames complementares após a detecção de uma obstrução intestinal, pode contribuir em parte para tirar a política do foco do mercado, ainda que temporariamente. No meio da tarde, ao se confirmar a notícia, o Ibovespa chegou a acentuar pontual e moderadamente os ganhos, embora já bem distantes das máximas do dia naquele momento.

Entre idas e vindas nas últimas semanas, o índice da B3 alcançou hoje o terceiro ganho diário consecutivo, a melhor série desde a renovação de recordes observada até 7 de junho, quando o Ibovespa costurou oito altas em sequência, seis das quais em máximas históricas. Desde ontem, o passo atrás do governo em relação à proposta de reforma do imposto de renda contribuiu para alguma melhora de humor entre os investidores, apesar da incerteza sobre o efeito fiscal do parecer apresentado pelo relator e que passa agora a ser discutido com as bancadas dos partidos na Câmara dos Deputados.

De qualquer forma, a sensação de que a reforma não ficará do jeito inicialmente apresentado pelo Ministério da Economia resulta em alívio. "O bode da reforma do Guedes foi tirado da sala, com as adaptações sinalizadas ontem pelo relator, mas ainda leva algum tempo para ir à votação e para o mercado ver como ficará ao final, tanto pelo lado fiscal como pelo das empresas, o que não coincide necessariamente", diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença.

Na sessão, o desempenho majoritariamente positivo das ações de bancos foi o contraponto às perdas observadas em commodities e mineração, em dia de ajuste para o petróleo, em queda acima de 2% à tarde, enquanto o minério de ferro veio de leve alta de 0,08% nesta quarta-feira em Qingdao (China), a US$ 218,66 por tonelada. Hoje, destaque para alta de 1,27% em Bradesco (SA:BBDC4) ON, por um lado, e para perda de 3,98% em CSN ON (SA:CSNA3), por outro. Petrobras PN (SA:PETR4) fechou em baixa de 0,82%, a ON (SA:PETR3), de 0,67%, e Vale ON (SA:VALE3) cedeu 0,54% no fechamento. Na ponta do Ibovespa, Banco Inter (SA:BIDI11) (+6,08%), à frente de Braskem (SA:BRKM5) (+4,62%) e de Hering (SA:HGTX3) (+3,81%). No lado oposto, CSN (-3,98%), Usiminas (SA:USIM5) (-3,46%) e Hypera (SA:HYPE3) (-2,94%).

"O setor siderúrgico pesou e o mercado devolveu boa parte dos ganhos após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que pretende reduzir as taxas de importação do aço, o que acaba reduzindo o prêmio do produto brasileiro, freando a expansão de margens vista nos últimos resultados", aponta Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

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